sábado, 6 de janeiro de 2018

Bem-vindo ao Inferno chamado Bruxelas


Batalhão de choque com apoio de um canhão de água e blindado antiprotesto, tentando afastar
arruaceiros do centro de Bruxelas, Bélgica, em 12 de Novembro. Centenas de «jovens»
de origem estrangeira «comemoravam» a classificação para o Mundial de Futebol
da equipa marroquina promovendo tumultos, nos quais 22 policiais ficaram feridos.
(Imagem: captura de tela de vídeo da Ruptly)

Drieu Godefridi, Gatestone Institute, 31 de Dezembro de 2017


Original em inglês: Welcome to the Hell Hole
that is Brussels

Tradução: Joseph Skilnik


  • No mês passado Bruxelas foi alvo de três ondas de tumultos e saques numa gigantesca escala.
  • Ao penetrarmos na espessa nuvem da indignação profissional, a fim de esmiuçarmos a realidade da «capital da Europa», o que se pode observar em muitos aspectos é na realidade um verdadeiro Inferno, onde o socialismo, islamismo, confusão e saques são o lugar-comum.
Quando o então candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump salientou em Janeiro de 2016 que, graças à imigração em massa, Bruxelas estava a transformar-se num Inferno, políticos belgas e europeus unidos entrincheiraram-se nas barricadas dos media afirmando: como ele ousa dizer uma coisa destas? Bruxelas, capital da União Europeia, quinta-essência do mundo pós-moderno, vanguarda da nova «civilização global», Inferno? Indubitavelmente a assimilação dos recém-chegados nem sempre é tranquila, podendo haver atritos de tempos a tempos. Mas não importa, eles tornam saliente o seguinte: Trump é um fanfarrão e seja lá como for ele tem zero probabilidades de ser eleito. Estas eram as opiniões dos ávidos leitores do The New York Times International Edition e assíduos telespectadores da CNN International.

No entanto, Donald Trump, no seu inconfundível e impetuoso estilo, simplesmente estava certo: Bruxelas está a mergulhar rapidamente no caos e na anarquia. Exactamente dois meses depois deste dramático «trumpismo», Bruxelas foi abalada por um execrável ataque terrorista islâmico que tirou a vida a 32 pessoas. Esta é somente a ponta do monstruoso iceberg que se vem  avolumando há mais de três décadas via imigração em massa e loucura socialista.

No mês passado Bruxelas foi alvo de três ondas de tumultos e saques numa gigantesca escala.

Primeiro, Marrocos classificou-se para o Mundial de Futebol: entre 300 e 500 «jovens» de origem estrangeira tomaram as ruas de Bruxelas para «comemorar» o acontecimento à maneira deles, saqueando dezenas de lojas no centro histórico de Bruxelas, devastando avenidas desertas da «capital da civilização» e, no meio do quebra-quebra feriram 22 policias.

Três dias mais tarde, uma estrela da música rap das redes sociais chamada «Vargasss 92», cidadã francesa de origem estrangeira, resolveu organizar outra «comemoração» não autorizada no centro de Bruxelas, que rapidamente se transformou em mais um quebra-quebra. Lojas foram novamente destruídas e pessoas foram agredidas sem motivo algum a não ser o de estarem no lugar errado na hora errada. Breves videoclipes do acontecimento foram transmitidos pelas redes sociais, mostrando ao mundo (e aos belgas) a verdadeira face de Bruxelas sem a maquilhagem dos políticos. Não é de se admirar que a elite política da Europa odeie do fundo d'alma as redes sociais. Preferem a imprensa tradicional, politicamente correcta, fortemente subsidiada tanto em França quanto na francófona Bélgica.

Por fim, em 25 de Novembro, as autoridades socialistas que administram a cidade de Bruxelas tiveram a brilhante ideia de autorizar a realização de uma manifestação contra a escravidão na Líbia que rapidamente se precipitou em mais uma confusão: lojas destruídas, carros incendiados, 71 pessoas presas.

Este vale-tudo, sem a menor justificação política, é o novo lugar-comum em Bruxelas. Os políticos podem não gostar desta realidade, consequência do seu lamentável fracasso, mas é, no entanto, uma verdade incomensurável além de inevitável. A nova Bruxelas caracteriza-se por tumultos e saques cometidos por pessoas de origem estrangeira, bem como pela ininterrupta presença de militares fortemente armados nas ruas de Bruxelas, paradigma desde 22 de Março de 2016, dia em que islamistas europeus assassinaram 32 pessoas e outras 340 ficaram feridas no pior ataque terrorista na Bélgica.

Desperta curiosidade saber porque é que estes belos soldados belgas que patrulham as ruas não fazem nada para evitar a bagunça. Pelo simples motivo de que está fora da sua alçada. Se um soldado ferir um saqueador, provavelmente será execrado em público, ridicularizado pelos media, julgado e expulso do exército com desonra.

Seria engraçado se não fosse gravíssimo. Depois dos dois primeiros tumultos desta última série, a televisão estatal belga (RTBF) organizou um debate com a participação de políticos e especialistas de Bruxelas. Entre os participantes estava o senador Alain Destexhe, do movimento reformista de centro-direita (partido do primeiro-ministro belga).

Destexhe é uma figura interessante na política belga. Na Bélgica francófona,  tem sido um dos poucos a dizer publicamente que a imigração em massa que os belgas estão impondo a si próprios é insustentável, que o Islão não pode ser considerado uma religião tão pacífica assim e que as escolas nas quais 90% das crianças são de origem estrangeira e que não falam francês nem holandês em casa, não são a receita ideal para o sucesso. Declarações como estas podem até ser o óbvio em grande parte do mundo ocidental, mas na parte francófona da Bélgica, fortemente influenciada pela visão do mundo dos franceses, foi considerado de extrema-direita, extremista até, racista e outras subtilezas que a esquerda aprecia tachar.

No debate, assim que Destexhe tentou provar que existe uma conexão entre a não integração de muitas pessoas de origem estrangeira em Bruxelas e o alto grau de imigração que já dura décadas, o moderador literalmente gritou com ele salientando que «a migração não é o assunto do debate Monsieur Destexhe! MIGRAÇÃO NÃO É O ASSUNTO, PARE COM ISSO!», antes de dar a palavra a um «poeta sem papas na língua», uma jovem que explicou que o problema é que as mulheres que usam o véu islâmico (que ela mesma usa) não se sentem bem-vindas em Bruxelas. A plateia foi logo estimulada a aplaudi-la. Também no estúdio encontrava-se um político do Partido Verde que afirmou: «ninguém sabe qual é a origem dos arruaceiros». Dica: eles «comemoravam», de maneira idiossincrásica a vitória de Marrocos. Um glorioso momento do surrealismo belga? Nada disso, apenas um típico «debate» político na Bélgica de língua francesa, excepto que normalmente Destexhe não é convidado.

O quadro não estaria completo sem mencionar que justamente na noite em que começou o quebra-quebra, 11 de Novembro, uma associação chamada MRAX (Mouvement contre le racisme, l'antisémitisme et la xénophobie) publicou na sua página no Facebook um apelo para que se denunciasse qualquer caso de «provocação policial» ou «violência policial». Resultado da revolta? Número de policias feridos: 22, número de prisões: zero. MRAX não é só um monte de esquerdistas que simpatizam com os islamistas, recebem pesados recursos pagos com dinheiro dos contribuintes. Os movimentos de direita também são financiados pelos contribuintes? Resumindo numa palavra: não. Em Bruxelas a taxa de desemprego é surpreendentemente de 16,9%, é assombroso também que 90% dos que dependem do Estado de bem-estar social tenham origens estrangeiras e, ainda que os impostos estejam entre os mais altos do mundo, os cofres públicos estão, apesar disso, a sangrar. Um breve flash de mais um fracasso socialista.

Mas há esperança. Bruxelas não se resume em Molenbeek e em tumultos, a municipalidade conta com uma robusta tradição de empreendedorismo, o governo federal da Bélgica, em particular o componente flamengo conhece bem os desafios que precisam ser enfrentados. Mas nada vai mudar se não for reconhecido que, em muitos aspectos, Bruxelas se transformou, da opulenta cidade conservadora e «burguesa» que era há 25 anos, num Inferno.

Ironicamente o que Bruxelas obviamente precisa é de um Donald Trump.





sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Alemanha, Áustria: Imãs advertem muçulmanos a não se integrarem

Centro Islâmico de Viena.
(Imagem: Zairon/Wikimedia Commons)

Stefan Frank, Gatestone Institute, 3 de Janeiro de 2018


Original em inglês: Germany, Austria:
Imams Warn Muslims Not to Integrate

Tradução: Joseph Skilnik

  • «Enquanto fora da mesquita se conversa muito sobre integração, dentro dela o contrário é pregado. Somente em casos excepcionais, trechos do sermão, e mais excepcionalmente ainda, todo o sermão, é traduzido para o idioma alemão...» — Constantin Schreiber, autor de Dentro do Islão: O que está a ser pregado nas mesquitas da Alemanha.
  • «Os políticos que enfatizam repetidamente a intenção de cooperarem com as mesquitas, que convidam os seus membros para conferências sobre o Islão, não fazem ideia de quem está a pregar o quê naquelas mesquitas». − Necla Kelek, consagrada activista dos direitos humanos e crítica do Islão, no Allgemeine Zeitung.
Na polémica que gira em torno dos migrantes na Alemanha e na Áustria, nenhum outro termo é usado com mais frequência do que «integração». Contudo, a instituição mais prestigiada por muitos migrantes muçulmanos, via de regra, não colabora muito neste empreendimento e não raramente se opõe a ele, qual seja: a mesquita. Esta é a conclusão de um estudo oficial austríaco, bem como de um levantamento do sector privado realizado por um jornalista alemão.

No final de Setembro, o Austrian Integration Fund (ÖIF), órgão do Ministério das Relações Exteriores, publicou o estudo: «o papel da mesquita no processo de integração». Para efeitos do estudo, funcionários do ÖIF estiveram em dezasseis mesquitas em Viena, participaram em diversos sermões à sexta-feira e conversaram com os imãs em segredo, isto é, quando os imãs se disponibilizavam a conversar, o que amiúde não era o caso. A conclusão, de acordo com o ÖIF, é que apenas duas das associações de mesquitas fomentam a integração dos seus membros. O estudo aplaude uma associação de mesquitas da Bósnia que também dirige um clube de futebol. Durante a conversa, o imã salientou: «qualquer país, como a Áustria por exemplo, tem as suas leis e os seus costumes e não me canso de dizer, é nosso dever religioso respeitar as normas e integrar-se como manda o modelo».

No tocante aos papéis de género, em todas as mesquitas em que estiveram, os autores foram surpreendidos pela quase total ausência de mulheres nas rezas à sexta-feira:

«Apenas três das mesquitas percorridas... proporcionam espaço reservado para as mulheres, reservado e ocupado por elas. Caso haja este tipo de acomodação, a maioria das mesquitas também transforma estes espaços à sexta-feira em lugares para os homens».

Separação por etnia

Salvo raríssimas excepções, as mesquitas de Viena são divididas de acordo com a etnia:

«Há mesquitas turcas, albanesas, bósnias, árabes, paquistanesas e outras, nas quais os sermões são, via de regra, proferidos exclusivamente no respectivo idioma da terra natal. Somente em casos excepcionais, trechos do sermão, e mais excepcionalmente ainda, todo o sermão, é traduzido para o idioma alemão».

Portanto as associações de mesquitas são «espaços fechados em termos de etnia e idioma». Esta diferenciação estimula a «integração social num ambiente étnico próprio e, consequentemente, a segmentação étnica». Em oito das dezasseis mesquitas avaliadas, esta propensão é ainda mais reforçada pelo «nacionalismo predominante, flagrantemente difundido».

A mesquita gerida pelo movimento turco Milli Görüs destacou-se pelo alto grau de radicalismo. Milli Görüs é uma das organizações islâmicas da Europa mais influentes e está intimamente ligada ideologicamente ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan. De acordo com o estudo, o imã da mesquita de Milli Görüs «defende abertamente o estabelecimento de uma Ummah (nação muçulmana) politicamente unida regida por um califado». Atribui a instabilidade no Islão à fitna («revolta») trazida para a comunidade islâmica de fora para dentro. Segundo os autores do estudo, o imã «vê-se cercado em todo o lado pelos inimigos do Islão que querem impedir a comunidade islâmica de dominar o mundo conforme previsto nas profecias». Nos três serviços religiosos nos quais participámos, o tema crucial era a unidade dos muçulmanos: muçulmanos de um lado, «infiéis» do outro. De acordo com o estudo, algumas das declarações do imã indicaram uma «pesada visão do mundo impulsionada por teorias da conspiração», como por exemplo: «as forças que estão fora da Ummah fizeram tudo o que estava ao seu alcance para minar a percepção da Ummah pela própria Ummah».

A conclusão do estudo assinala:

«Em síntese, poder-se-ia dizer que das dezasseis associações de mesquitas avaliadas neste estudo, com excepção das mesquitas D01 (uma das poucas mesquitas de língua alemã) e B02 (a mesquita da Bósnia mencionada acima), que não promovem diligentemente a integração social dos seus membros. Na melhor das hipóteses não impedem que isso ocorra. Na maioria das vezes têm em si um efeito inibitório no processo de integração».

Conforme a matéria, seis das dezasseis mesquitas avaliadas (37,5%) cortejam «uma política que impede diligentemente a integração dos muçulmanos na sociedade e, até certo ponto, manifestam propensões fundamentalistas». Metade das dezasseis mesquitas examinadas «pregam uma visão do mundo dicotómica, cujo princípio central é a divisão do mundo em muçulmanos de um lado e o restante do outro». Constatou-se que seis das mesquitas praticavam o «enxovalhamento explícito da sociedade ocidental».

Recriminação ao estilo de vida na Alemanha

Observações parecidas foram feitas pelo jornalista alemão Constantin Schreiber que em 2016 passou mais de oito meses a assistir a serviços religiosos à sexta-feira em mesquitas alemãs. Schreiber, fluente em árabe, é conhecido como moderador de programas de televisão em árabe, nos quais explica como funciona a vida na Alemanha aos imigrantes. Publicou as suas experiências nestas mesquitas num livro que esteve na lista dos best sellers na Alemanha durante meses a fio: Dentro do Islão: O que está a ser pregado nas mesquitas da Alemanha.

Schreiber apresentou-se às associações das mesquitas como jornalista, revelando que pretendia escrever um livro de não ficção sobre as mesquitas na Alemanha. Pouquíssimos imãs se dispuseram em aceitar conceder uma entrevista. Numa ocasião, foi informado de que era «proibido» falar com ele. Normalmente os imãs com os quais era permitido conversar não falavam praticamente nada de alemão. «Ao que tudo indica, é possível viver na Alemanha durante anos a fio, com esposa e filhos e sequer ser capaz de falar alemão ao comprar pão», salienta Schreiber.

Um assunto habitual nos sermões que Schreiber assistiu nas mesquitas consistia em recriminações ao estilo de vida na Alemanha.

«Vira e mexe, como acontece na mesquita Al-Furqan (mesquita árabe sunita em Berlim), os muçulmanos parecem estar comprometidos com a ideia de que são uma espécie de comunidade com um destino em comum: 'vocês são a diáspora! Nós somos a diáspora! Eles (alemães) assemelham-se a uma torrente que vos aniquila, que vos destrói e tira de vos os valores e substitui-os pelos valores deles'».

Na mesquita sunita/turca Mehmed Zahid Kotku Tekkesi em Berlim, no sermão à sexta-feira, no dia anterior à véspera de Natal, o imã alertou para a ameaça do «maior de todos os perigos», o «perigo do Natal»: «todo aquele que imita outra tribo torna-se membro dela. É a nossa passagem do Ano Novo? As árvores de Natal têm algo a ver com a gente? Não, nada a ver com a gente!»

O imã da mesquita de Al-Rahman em Magdeburg comparou a vida na Alemanha com um caminho através de uma floresta sedutora, realça Schreiber. Os seus encantos têm o poder de desviar os muçulmanos, de afastá-los do caminho da virtude, de perderem o caminho na «mata densa» até serem «devorados pelos animais selvagens que vivem na floresta».

O Estado não tem uma panorâmica clara

O que chamou a atenção de Schreiber, ainda no estágio de planeamento das visitas às mesquitas, foi a falta de transparência envolvendo as mesquitas na Alemanha. Para começar, não existe um directório oficial de mesquitas. Ninguém sabe quantas mesquitas existem na Alemanha. O Website Moscheesuche.de, mantido pela iniciativa privada, é o único cadastro desta natureza. «De modo que as autoridades alemãs», salienta Schreiber, «dependem de cadastros compilados por um particular, que obviamente é caracterizado por um determinado posicionamento ideológico». Além disso, como a inserção de dados no cadastro é voluntária, é incerto se as mesquitas que desejam permanecer à socapa estejam lá cadastradas. Schreiber considera improvável que o cadastro esteja perto de ser concluído ou actualizado:

«Deparei-me com mesquitas que constam do cadastro, mas já não existem, pelo menos por enquanto. Ou então mesquitas recém inauguradas que não estão registadas em nenhum lugar, nem os serviços de inteligência nem as autoridades regionais sabem da sua existência».

Além disso, o pedido de Schreiber à prefeitura de Hanover revelou que as autoridades alemãs sentem-se constrangidas no tocante ao fornecimento de informações sobre as mesquitas da sua própria cidade. Um funcionário da administração local escreveu num e-mail: «por gentileza, forneça informações mais detalhadas sobre a finalidade do cadastro. Não queremos que estas instituições estejam sob suspeição generalizada».

Medo e silêncio

Schreiber ficou surpreendido com a reacção defensiva daqueles cujas profissões exigem transparência e cooperação. Como Schreiber queria certificar-se de que, na tradução dos sermões, não haveria nenhuma interpretação errada, contactou o que afirma ser uma das agências de tradução mais conceituadas da Alemanha:

«A agência solicitou o envio da transcrição de um dos sermões para análise e estimativa de precificação. A agência recusou o trabalho. O texto foi considerado 'fora da alçada habitual de trabalho' dos tradutores, uma vez que não havia ninguém suficientemente seguro para traduzir correctamente este tipo de texto».

Achar um tradutor dos sermões proferidos no idioma turco também foi difícil: «o simples facto de estar interessado neste assunto resultava na imediata acusação de que o que eu realmente queria era instigar «atacar o Islão».

Schreiber também se viu diante de forte resistência ao procurar estudiosos alemães especializados no Islão para conversar com eles sobre o conteúdo dos sermões. Professores universitários, cujos salários são pagos pelos contribuintes alemães, recusaram-se em providenciar informações sobre matéria relacionada com a sua própria especialidade.

«Durante meses a fio, enviei consultas a diversas faculdades de estudos islâmicos com as quais trocávamos ideias na nossa função de editores. Uma universidade ficou a enrolar-me durante meses com a desculpa de que ainda estavam a procurar a pessoa certa. Em 16 de Dezembro, isto é, três meses depois do meu primeiro pedido, o professor de estudos islâmicos escreveu-me que já não havia tempo suficiente para marcar uma reunião. Quando respondi que, se necessário fosse, poderíamos marcar outra reunião no início de Janeiro, não recebi mais nenhuma resposta. Vários professores da universidade pediram-me para que lhes enviasse os sermões, o que eu fiz de imediato. Após enviá-los não recebi mais nenhum e-mail, sequer uma confirmação do recebimento».

Segundo Schreiber, todo este trabalho mostrou ser uma «experiência interessante», a despeito do facto de estudiosos de estudos islâmicos e especialistas em Islão «serem por demais prestativos em se disponibilizarem em conceder entrevistas sobre questões de política actual». Entretanto, esta abertura não existe, quando se trata de sermões em mesquitas alemãs: «inúmeros especialistas evitam-me após receberem as minhas perguntas, sem responderem, de forma consistente, aos meus e-mails». Um estudioso do Islão  aconselhou-me, indirectamente, a abandonar o projecto, porque isso poderia, «hipoteticamente», «aumentar ainda mais o abismo». Porquê isto? Porque, segundo este estudioso de estudos islâmicos, «mesmo leitores liberais e tolerantes poderiam facilmente achar estes textos extremamente incompreensíveis e estranhos, bem como grosseiros».

Políticos ingénuos

A conclusão de Schreiber sobre os sermões que presenciou:

«Após 8 meses de pesquisa devo dizer que as mesquitas são espaços políticos. A maioria dos sermões em que participei visava resistir à integração dos muçulmanos na sociedade alemã. Quando o assunto se voltava para o estilo de vida na Alemanha, isto acontecia primordialmente em contexto negativo. Normalmente os imãs retratavam a vida quotidiana na Alemanha como ameaça e exortavam as suas comunidades a resistirem. A característica comum de quase todos os sermões é o apelo aos fiéis para se fecharem e não compartilharem».

Em «todas as mesquitas praticamente», Schreiber notou a presença de «dezenas de refugiados que não estavam há muito tempo na Alemanha». Eles também tinham sido alertados para o perigo da integração: «fora da mesquita há muita conversa sobre integração, o contrário é pregado dentro dela».

O perigo desta abordagem fica evidente pelo assassinato de Farina S., uma afegã que foi assassinada na cidade bávara de Prien. Há oito anos ela abandonou o Islão, converteu-se ao cristianismo e, dois anos depois, fugiu para a Alemanha. Em 29 de Abril, foi assassinada por um muçulmano afegão em plena luz do dia. Inúmeros muçulmanos que moram na cidade foram ao funeral, ao passo que as associações de mesquitas faziam de conta que o assassinato não lhes dizia respeito. Karl-Friedrich Wackerbarth, pastor da igreja evangélica de Prien, onde Farima S. era filiada, pediu às associações que condenassem o crime. Em Outubro, meio ano após o assassinato, respondeu a um pedido do Gatestone Institute: «lamentavelmente, até hoje», salientou, «ninguém se manifestou».

Wackerbarth acha que as associações islâmicas não querem emitir um comunicado contra as fatwas emitidas pela Universidade Al-Azhar do Cairo e de outras, segundo as quais os «apóstatas» (aqueles que abandonam o Islão) devem ser mortos.

Este quadro levanta a questão da razão do governo alemão acreditar que as associações de mesquitas o ajude a resolver os problemas. Não faz muito tempo, a consagrada activista dos direitos humanos e crítica do Islão, Necla Kelek salientou:

«Os políticos que enfatizam repetidamente a intenção de cooperarem com as mesquitas, que convidam os seus membros para conferências sobre o Islão, não fazem ideia de quem está pregando o quê naquelas mesquitas».





terça-feira, 12 de setembro de 2017

Petição dirigida à: População portuguesa e entidades governativas


Petição contra a ofensiva e ditadura homossexualista na sociedade civil

através da chamada «Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género»


Ex.mo Senhor Presidente da República,

Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República,

Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro,

Ex.mo Senhor Presidente do Tribunal Constitucional,

1 — Diversos sectores do Estado português e certas instituições privadas beneficiando de apoios e protecções do Estado têm vindo a ser infiltrados pelo lóbi que se opõe à família natural e promove a ideologia homossexualista «do género», a qual, como é sabido, pretende que o sexo de cada pessoa é uma opção de cada um e não aquele com que nasce, condição que o lóbi qualifica simplesmente de género.

2 — Esses sectores do Estado e essas instituições tornaram-se assim instrumentos desse lóbi, que os utiliza para influenciar as pessoas através dos mais variados canais e exercer uma ditadura do seu pensamento sobre a esmagadora maioria dos Portugueses.

3 — A chamada «Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género» é o principal instrumento do lóbi homossexualista no Estado. Através dos seus próprios conceitos homossexualistas, pareceres homossexualistas e pressões homossexualistas, exerce uma ditadura homossexualista sobre a sociedade civil, as empresas, os meios de comunicação, os professores, as crianças, as famílias, as pessoas, os candidatos a cargos políticos e até sobre o próprio legislador. Toda esta ditadura homossexualista procura destruir a família natural e afecta a harmonia familiar, a educação, a saúde mental das crianças, jovens e adultos, a economia e até põe em causa a defesa nacional.

4 — Recentemente, esta chamada «Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género» exerceu pressão sobre uma empresa editorial para retirar do mercado dois livros, um destinado a meninos e outro destinado a meninas. Para além do já referido aspecto de destruição da identidade sexual das crianças e consequentemente do tecido social e nacional, trata-se de um grave atentado à liberdade das pessoas e à liberdade de educação, um acto apenas qualificável como homonazi.

5 — O Ministro Adjunto Eduardo Cabrita prontificou-se a dar imediata cobertura política a esta chamada «Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género», confirmando assim a sua adesão à política do homonazismo e a comunhão de interesses que une todos os do lóbi.

6 — Esta ditadura homossexualista viola a liberdade das pessoas, direitos expressos na Constituição da República Portuguesa, que os membros do lóbi tanto proclamam prezar mas que afinal pretendem violar. Especificamente, os ditadores homonazis violam o número 5 do Artigo 36.º, os números 1 e 2 do Artigo 37.º, os números 1 e 2 do Artigo 41.º  e o número 2 do Artigo 43.º  da Constituição da República Portuguesa.

7 — Acresce que esta manobra ditatorial para uniformizar a educação das crianças segundo os conceitos homossexualistas viola também o direito natural, inalienável e inegociável das famílias a escolherem a educação a dar aos seus próprios filhos, direito aliás expressamente proibido ao Estado no já referido número 2 do Artigo 43.º da Constituição da República Portuguesa.

8 — Acresce ainda que o direito dos pais a escolherem a educação para os seus filhos é um direito acima de quaisquer  normas estabelecidas por mentes doentes de quaisquer burocratas de uma qualquer comissão ou administração.

9 — Perante tais violações dos direitos das pessoas e das famílias e atentados à saúde física e mental das crianças, jovens e adultos, à Constituição e à defesa nacional, a União das Famílias Portuguesas vem reclamar:

a) a demissão imediata do Ministro Adjunto Eduardo Cabrita;

b) a extinção imediata da chamada «Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género»;

c) a suspensão de todos os projectos do Estado baseados na ideologia homossexualista do «género»;

d) a proibição de qualquer órgão do Estado exercer a ditadura homossexualista do «género»;

e) o fim dos apoios e protecções do Estado a quaisquer instituições privadas promotoras da ideologia homossexualista do «género».


Lisboa, 25 de Agosto de 2017
                                                  
A União das Famílias Portuguesas
Atenciosamente,

Acabei de assinar a Petição contra a ofensiva e ditadura homossexualista na sociedade civil através da chamada «Comissão para a Cidadania e a Igualdade em CitizenGO , endereçada à População portuguesa e entidades governativas.

Penso que se trata de um tema importante e ficaria grato se você também assinasse a petição.

Aqui está o link:



Muito obrigado!





terça-feira, 22 de agosto de 2017

Alemanha: Disseminação de doenças infecciosas à medida que migrantes se instalam


Joachim Gauck, o então presidente da Alemanha, conversa com médicos na enfermaria de um centro de acolhimento de imigrantes em 26 de Agosto de 2015 em Berlim-Wilmersdorf, Alemanha.
(Foto de Jesco Denzel/Bundesregierung da Getty Images)

Soeren Kern, Gatestoneinstitute, 3 de Agosto de 2017


Tradução: Joseph Skilnik

  • Um novo estudo que acaba de ser divulgado pelo Instituto Robert Koch (IRK), principal instituição do governo federal para o monitoramento e prevenção de doenças, confirma que houve um aumento generalizado de doenças desde 2015, quando a Alemanha acolheu um número jamais visto de migrantes.
  • Os médicos afirmam que o número de casos de tuberculose é muito maior do que indicam os números oficiais e acusam o IRK de minimizar a ameaça com o intuito de evitar deitar mais lenha na fogueira nos sentimentos anti-imigração.
  • «Foram enviados de 700 mil a 800 mil pedidos de asilo e 300 mil refugiados desapareceram. Eles foram verificados? Eles são de países de alto risco?» — Carsten Boos, cirurgião ortopedista, entrevistado pela revista Focus.
A um candidato a asilo do Iémen, que teve o visto negado, foi cedido abrigo numa igreja no norte da Alemanha para evitar que fosse deportado, ao que tudo indica, por ter infectado mais de 50 crianças alemãs com uma substância altamente contagiosa de tuberculose.

O homem, a quem foi dado abrigo numa igreja em Bünsdorf, entre Janeiro e Maio de 2017, tinha frequente contacto com as crianças, algumas com menos de três anos de idade, que frequentavam uma creche nas dependências do abrigo. Ele deu entrada num hospital em Rendsburg em Junho e posteriormente diagnosticado com tuberculose – uma doença que só recentemente chamou a atenção dos alemães.

As autoridades sanitárias locais dizem que, além das crianças, pais e professores, bem como paroquianos também estão a passar por exames para o diagnóstico da doença, que pode aparecer meses ou mesmo anos após a exposição. Ainda não está claro se o homem passou pelos devidos exames médicos assim que chegou à Alemanha ou se ele é uma das centenas de milhares de migrantes que entraram sorrateiramente.

A ameaça de um surto de tuberculose dirigiu mais uma vez o holofote sobre a intensificação do risco de doenças infecciosas na Alemanha, desde que a chanceler Angela Merkel permitiu a entrada de cerca de dois milhões de migrantes de África, Ásia e Médio Oriente.

Um novo estudo que acaba de ser divulgado pelo Instituto Robert Koch (IRK), principal instituição do governo federal para o monitoramento e prevenção de doenças, confirma que houve um aumento generalizado da doença desde 2015, quando a Alemanha acolheu um número jamais visto de migrantes.

Relatório Epidemiológico Anual de Doenças Infecciosas – publicado em 12 de Julho de 2017 apresenta dados sobre a situação das mais de 50 doenças infecciosas existentes na Alemanha em 2016 – proporciona o primeiro vislumbre sobre as consequências na saúde pública do gigantesco influxo de migrantes ocorrido no final de 2015.

O estudo revela uma alta na incidência da conjuntivite adenoviral, botulismo, varíola, cólera, criptosporidiose, dengue, equinococose, Escherichia coli enterohemorrágica, giardíase, hemofilia, influenza, hantavírus, hepatite, febre hemorrágica, HIV/AIDS, hanseníase, febre recorrente, malária, sarampo, doença meningocócica, meningoencefalite, caxumba, paratifoide, rubéola, disenteria bacteriana, sífilis, toxoplasmose, triquinose, tuberculose, tularemia, tifo e coqueluche.

A Alemanha − pelo menos até agora − desvencilhou-se do pior dos mundos: a maioria das doenças tropicais e exóticas trazidas para o país pelos migrantes foram contidas, não há registo de pandemias. As doenças mais comuns, no entanto, muitas das quais estão directamente ou indirectamente ligadas à migração em massa estão aumentando, de acordo com o estudo.

A incidência da hepatite B, por exemplo, saltou 300% nos últimos três anos, segundo o IRK. O número de casos registados na Alemanha foi de 3 006 em 2016, um salto dos 755 casos ocorridos em 2014. A maioria dos casos, segundo consta, limita-se a migrantes não vacinados do Afeganistão, do Iraque e da Síria. A incidência de sarampo na Alemanha saltou em mais de 450% entre 2014 e 2015, o número de casos de varíola, meningite, caxumba, rubéola e coqueluche também aumentou. Os migrantes também representaram pelo menos 40% dos novos casos de HIV/AIDS identificados na Alemanha desde 2015, de acordo com outro relatório do IRK.

É possível que as estatísticas do IRK revelem apenas a ponta do iceberg. O número de casos registados de tuberculose, por exemplo, foi de 5 915 em 2016, um salto dos 4 488 casos em relação a 2014, um aumento de mais de 30% naquele período. Há médicos, no entanto, que acreditam que o número de casos de tuberculose é muito maior e acusam o IRK de minimizar a ameaça, com o intuito de evitar deitar mais lenha na fogueira nos sentimentos anti-imigração.

Em entrevista concedida à revista Focus, Carsten Boos, cirurgião ortopedista, alertou que as autoridades alemãs desconhecem o paradeiro de centenas de milhares de migrantes que podem estar infectados. Acrescentou que 40% de todos os agentes patogénicos da tuberculose são resistentes a múltiplos fármacos e, portanto, inerentemente perigosos para a população em geral:

«Quando os candidatos a asilo vêm de países com alto risco de infecção pela tuberculose, o IRK, sendo o mais alto órgão alemão de protecção contra infecções, não deveria minimizar o perigo. Um instituto federal usa de correcção política para encobrir a desagradável realidade?

«Os média denunciam que em 2015 a polícia federal registou a entrada de cerca de 1,1 milhões de refugiados. Foram enviados de 700 mil a 800 mil pedidos de asilo e 300 mil refugiados desapareceram. Eles foram verificados? Eles são de países de alto risco?

«A impressão que se tem no IRK é que não há comunicação entre os departamentos».

Os jornais alemães publicaram uma série de artigos sobre a dimensão na crise da saúde pública em relação aos migrantes. Os artigos frequentemente citam profissionais da saúde com experiência em primeira mão no tratamento de migrantes. Muitos admitem que a migração em massa aumentou o risco de surgimento de doenças infecciosas na Alemanha. Algumas manchetes:

«Refugiados Muitas Vezes Trazem Doenças Desconhecidas ao País Anfitrião», «Refugiados Trazem Doenças Raras a Berlim», «Refugiados em Hesse: Volta de Doenças Raras», «Refugiados Muitas Vezes Trazem Doenças Desconhecidas para a Alemanha», «Especialistas: Refugiados Trazem Doenças 'Esquecidas'» «Triplica o Número de Casos de Hepatite B na Baviera», «Casos de Solitária na Alemanha Aumentam Mais de 30%», «Doenças Infecciosas: Refugiados Trazem Tuberculose», «Tuberculose na Alemanha em Ascensão Novamente, Principalmente nas Grandes Cidades: Causadas pela Migração e pela Pobreza», «Refugiados Trazem Tuberculose», «Mais Doenças na Alemanha: Tuberculose está de Volta», «Profissional da Saúde Teme Volta da Tuberculose Devido à Onda de Refugiados», «Acentuado Aumento de Tuberculose em Baden-Württemberg: Migrantes Frequentemente Afectados», «Especialista: Política de Refugiados Responsável pelo Surto de Sarampo», «Sarna em Alta na Região do Reno, Norte da Westphalia», «Doenças Quase Esquecidas como a Sarna Voltam à Bielefeld», «Você Entra em Contacto com Refugiados? Fique atento» e «Refugiados: Ampla Gama de Doenças». 

No auge da crise dos migrantes em Outubro de 2015, Michael Melter, médico-chefe do Hospital Universitário de Regensburg, relatou que estavam a chegar migrantes ao hospital com doenças que quase nunca foram vistas na Alemanha. «Algumas delas eu não via há 20 ou 25 anos», destacou, «muitos dos meus colegas mais novos nunca as viram».

Marc Schreiner, director de relações internacionais da Federação Alemã de Hospitais (Deutschen Krankenhausgesellschaft), repercutiu
 a inquietação de Melter:

«Nos postos de saúde é cada vez mais comum ver pacientes com doenças consideradas erradicadas na Alemanha, como por exemplo a sarna. Essas doenças devem ser diagnosticadas de forma confiável, o que é um desafio».

Christoph Lange, especialista em tuberculose do Centro de Pesquisa Borstel, afirmou que os médicos alemães não estavam familiarizados com inúmeras das doenças importadas pelos migrantes: «seria positivo se as doenças tropicais e outras doenças raras no nosso meio tivessem um papel mais importante na aprendizagem dos médicos».

A Sociedade Alemã de Gastroenterologia, Doenças Digestivas e Metabólicas realizou recentemente um congresso de cinco dias em Hamburgo para ajudar profissionais da saúde a diagnosticarem doenças raramente vistas na Alemanha. 
Entre elas encontram-se:
  • Febre Recorrente: no decorrer dos últimos dois anos, pelo menos 48 pessoas foram diagnosticadas com febre recorrente na Alemanha, doença desconhecida no país antes da crise migratória de 2015 de acordo com o relatório do IRK. A doença, que é transmitida por piolhos alojados no vestuário, é lugar comum nos migrantes da África Oriental que estavam a caminho há meses para aportarem na Alemanha com a mesma roupa no corpo. «Já tínhamos esquecido a febre recorrente», assinalou Hans Jäger, médico que trabalha em Munique. «A doença leva a óbito até 40% dos enfermos se não for diagnosticada e não for tratada com antibióticos. Os sintomas são parecidos com os da malária: febre, dor de cabeça, erupção cutânea».
  • Febre de Lassa: em Fevereiro de 2016 um paciente que a havia contraído no Togo, África Ocidental, foi tratado e faleceu na Alemanha. Após a sua morte, uma infecção pelo vírus de Lassa foi confirmada noutra pessoa que teve contacto profissional com o corpo do falecido. O paciente ficou de quarentena e sobreviveu. Esta foi a primeira transmissão documentada do vírus de Lassa na Alemanha.
  • Dengue: Quase mil pessoas foram diagnosticadas com dengue, doença tropical transmitida por um mosquito, na Alemanha em 2016. Isto constitui um salto de 25% desde 2014, quando 755 pessoas foram diagnosticadas com a doença.
  • Malária: o número de pessoas diagnosticadas com a malária subiu dramaticamente em 2014 (1 007) e 2015 (1 063), caindo ligeiramente em 2016 (970). A maioria dos infectados contraiu a doença em África, principalmente na República dos Camarões, Gana, Nigéria e no Togo.
  • Equinococose: entre 2014 e 2016, mais de 200 pessoas na Alemanha foram diagnosticadas com a Equinococose, uma verminose. Isso representa uma subida de cerca de 30%. Os enfermos contraíram a doença no Afeganistão, Bulgária, Grécia, Kosovo, Iraque, Macedónia, Marrocos, Síria ou Turquia.
  • Difteria: entre 2014 e 2016 mais de 30 pessoas foram diagnosticadas com difteria na Alemanha. Os infectados contraíram a doença na Etiópia, Eritreia, Líbia, Sri Lanka ou Tailândia.
  • Sarna: entre 2013 e 2016 o número de pessoas diagnosticadas com sarna na região do Reno, Norte da Westphalia subiu quase 3 000%.
Enquanto isso, a Alemanha está diante de um surto de sarampo que as autoridades sanitárias ligaram à imigração da Roménia. Cerca de 700 pessoas foram diagnosticadas com sarampo na Alemanha nos primeiros seis meses de 2017, em comparação com 323 casos em 2016, de acordo com o Instituto Robert Koch. O surto de sarampo espalhou-se em todos os 16 estados da federação alemã excepto em Mecklenburg-Vorpommern, este estado com uma população migrante extremamente reduzida.

O epicentro da crise de sarampo encontra-se na região do Reno, Norte da Westphalia (NRW sigla em inglês), estado mais populoso da Alemanha e também o estado com o maior número de migrantes. Cerca de 500 pessoas foram diagnosticadas com sarampo na NRW nos primeiros seis meses de 2017. A maioria dos casos foi registada em Duisburg e Essen, onde uma mãe de 37 anos de idade, com três filhos faleceu em Maio, em consequência da doença. Surtos de sarampo também foram registados em Berlim, Colónia, Dresden, Hamburgo, Leipzig, Munique e Frankfurt, onde um bebé de nove meses foi diagnosticado com a doença.

No dia 1 de Junho de 2017, o Parlamento Alemão aprovou uma nova lei, polémica, exigindo que jardins de infância informem as autoridades alemãs caso os pais não apresentem provas que consultaram um médico acerca da vacinação dos seus filhos. Os pais que se recusarem a cumprir a lei estarão sujeitos a pagar uma multa de US$2 850. «Não podemos ser indiferentes ao facto das pessoas ainda estarem a morrer de sarampo» destacou o ministro da Saúde da Alemanha Hermann Gröhe. «É por isso que estamos a endurecer a regulamentação no tocante à vacinação».

Há quem diga que a nova lei não é suficientemente rigorosa. Há quem defenda que as vacinas devam ser obrigatórias para todos na Alemanha. Outros dizem que a lei está a ir longe demais e que infringe a privacidade garantida pela constituição alemã. Acrescentam que os pais, não o governo, devem decidir o que é melhor para os seus filhos. Persistem as consequências da política de portas abertas para a imigração da chanceler Merkel.





quarta-feira, 26 de julho de 2017

«Casamento» entre pessoas do mesmo sexo perante a ciência e a ideologia



(Resumo adaptado de um texto de António Justo
  
Um biólogo aponta para o possível problema de padrastos 

O parlamento alemão aprovou o «casamento para todos» independentemente de os pares serem heterossexuais ou homossexuais. Em reacção ao facto, o Prof. Dr. Ulrich Kutschera, focou três aspectos:

1 — o contexto do novo casamento universal com a ideologia do «género»;

2 — a base biológica do ser humano;

3 — e a pedofilia.

Kutschera receia «a pedofilia subvencionada pelo Estado
e grave abuso infantil no futuro».

Segundo ele, no chamado «casamento gay» agrava-se «o problema dos padrastos», o que constitui um risco acrescido para as crianças: um padrasto que vive em casa com uma filha adoptiva, sem ligações genéticas, poderá ter uma maior possibilidade de abuso, embora haja muitos padrastos bons.

Para o biólogo, no chamado «casamentos gay» com filhos adoptivos não existe a herança genética de imunização contra o incesto. Em casamentos, heterossexuais, pai e mãe são em 50% parentes genéticos de seus filhos, e a consanguinidade produz um efeito inibidor do incesto.

A probabilidade de inclinação para pedofilia  é 10 vezes maior em casos de padrastos e de madrastas (estudo de Regnerus M 2012).

Filhos sem pais biológicos sofrem mais de depressões e tornam-se mais frequentemente criminosos e dependentes da assistência social.

Argumenta ainda biologicamente o seguinte:

— «As crianças são moldadas inteiramente pela voz da mãe biológica durante o desenvolvimento pré-natal».

— É «inaceitável uma troca voluntária desta importante pessoa de referência por pessoas estranhas.»

— Na biologia, «sexo» corresponde à reprodução bisssexual (fertilização) enquanto para a ideologia do «género», sexo significa «o desenvolvimento de animais sexualmente maduros».

— A erotização infantil precoce, implementada nos programas das escolas, é inadequada.

O lóbi homossexualista no Estado utiliza o poder
para exercer a sua ditadura.

O Ministro da Ciência do Hesse (Boris Rhein) insurgiu-se contra o professor biólogo Kutschera por este defender que o «casamento para todos» aumenta o perigo de abuso de crianças e pressionou a reitoria da universidade para criticar o professor.

A universidade retorquiu ao ministro com o argumento da liberdade académica e da liberdade de opinião do professor mas, ao mesmo tempo, estando dependente da atribuição de fundos do Estado, distanciou-se de Kutschera.