sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Foto de família
A Minha Foto De Família.
À esquerda é a minha esposa, no meio é a minha mãe, que está ao lado da minha irmã e à direita é a minha sogra.
Não.. Creio que no meio é a minha esposa ao lado da minha irmã, e à direita dela é a minha mãe e da direita para a esquerda é a minha sogra ...
A minha memória já não é a mesma e eu não sei se a minha filha foi com a gente nesse dia.
Creio que ela poderia ser a do lado direito, mas estou certo que não. A única coisa que tenho a certeza é que a minha esposa está no meio ...
Ou talvez não?
Porra ... isto é complicado!
Mandatária para a Juventude pelo PS
Afinal quem é Carolina Patrocínio, Mandatária para a Juventude pelo Partido Socialista de José Sócrates???
Carolina Patrocínio é uma jovem com uns olhos espertos que gostam de andar sempre muito juntos, uma cara patusca, um sorriso simpático e fácil. É rica, famosa e aparece em tudo o que é programa de televisão e revista cor de rosa. Ninguém sabe se aparece por ser famosa, ou se é famosa porque aparece.
Os portugueses devem gostar muito de a ver em fato de banho, atendendo a que é quase impossível arranjar na net uma fotografia da moça, vestida com outra indumentária. Muitos desses portugueses devem ter, para além disso, um especial prazer em vê-la a "ausentar-se", tal é a quantidade dessas fotografias em que aparece de costas.
Até há pouco tempo, não se lhe conhecia uma ideia sobre coisa nenhuma. Uma entrevista recente, e onde fala exaustivamente do que gosta e não gosta, embora mantendo o suspense quanto às suas ideias sobre a situação sócio/política nacional e internacional, as eleições que temos aí à porta e a sua importância para a juventude portuguesa, as saídas profissionais (ou a falta delas) para essa mesma juventude, etc, etc, etc... mesmo assim, deu-nos a conhecer outras características da jovem "apresentatriz". Ficamos a saber que trabalha apenas para se divertir, pois "felizmente não precisa de trabalhar", que "detesta frutas que tenham que ser descascadas" e a frase que anda toda a gente a discutir, "só como cerejas se a minha empregada lhes tirar os caroços", aplicando-se o mesmo princípio às grainhas das uvas, que, segundo ela, "são uma grande trabalheira".
Foi escolhida para Mandatária para a Juventude pelo Partido Socialista de José Sócrates.
Para além de, como quase toda a gente, também não vislumbrar o que é que Sócrates acha que a juventude portuguesa com idade para votar deve ver na jovem e mediática Carolina Patrocínio, que lhe sirva como modelo ou exemplo a seguir, gostaria de chamar a atenção para uma pequena frase da Mandatária, logo a seguir à tal das cerejas e que parece ter escapado aos espectadores, que terão, muito compreensivelmente, ficado apardalados com a problemática dos caroços e grainhas. Diz a Mandatária da Juventude:
"Sou muito competitiva. Detesto perder! Prefiro fazer batota, a ter que perder!"
Ora aí está! Quase que aposto ter sido esta a "qualidade" (para Sócrates um verdadeiro programa eleitoral...) que cativou o Primeiro Ministro e fez de Carolina uma incontornável Mandatária.
samuel-cantigueiro
Carolina Patrocínio é uma jovem com uns olhos espertos que gostam de andar sempre muito juntos, uma cara patusca, um sorriso simpático e fácil. É rica, famosa e aparece em tudo o que é programa de televisão e revista cor de rosa. Ninguém sabe se aparece por ser famosa, ou se é famosa porque aparece.
Os portugueses devem gostar muito de a ver em fato de banho, atendendo a que é quase impossível arranjar na net uma fotografia da moça, vestida com outra indumentária. Muitos desses portugueses devem ter, para além disso, um especial prazer em vê-la a "ausentar-se", tal é a quantidade dessas fotografias em que aparece de costas.
Até há pouco tempo, não se lhe conhecia uma ideia sobre coisa nenhuma. Uma entrevista recente, e onde fala exaustivamente do que gosta e não gosta, embora mantendo o suspense quanto às suas ideias sobre a situação sócio/política nacional e internacional, as eleições que temos aí à porta e a sua importância para a juventude portuguesa, as saídas profissionais (ou a falta delas) para essa mesma juventude, etc, etc, etc... mesmo assim, deu-nos a conhecer outras características da jovem "apresentatriz". Ficamos a saber que trabalha apenas para se divertir, pois "felizmente não precisa de trabalhar", que "detesta frutas que tenham que ser descascadas" e a frase que anda toda a gente a discutir, "só como cerejas se a minha empregada lhes tirar os caroços", aplicando-se o mesmo princípio às grainhas das uvas, que, segundo ela, "são uma grande trabalheira".
Foi escolhida para Mandatária para a Juventude pelo Partido Socialista de José Sócrates.
Para além de, como quase toda a gente, também não vislumbrar o que é que Sócrates acha que a juventude portuguesa com idade para votar deve ver na jovem e mediática Carolina Patrocínio, que lhe sirva como modelo ou exemplo a seguir, gostaria de chamar a atenção para uma pequena frase da Mandatária, logo a seguir à tal das cerejas e que parece ter escapado aos espectadores, que terão, muito compreensivelmente, ficado apardalados com a problemática dos caroços e grainhas. Diz a Mandatária da Juventude:
"Sou muito competitiva. Detesto perder! Prefiro fazer batota, a ter que perder!"
Ora aí está! Quase que aposto ter sido esta a "qualidade" (para Sócrates um verdadeiro programa eleitoral...) que cativou o Primeiro Ministro e fez de Carolina uma incontornável Mandatária.
samuel-cantigueiro
«Portugal não é uma província espanhola!»
A presidente do PSD acusou o PS de, conjuntamente com autarcas de Espanha, estar envolvido em manifestações e pressões contra si por causa do TGV e afirmou não gostar "dos espanhóis metidos na política portuguesa".
A presidente do PSD alegou que Espanha está interessada em que a rede ferroviária de alta-velocidade (TGV) chegue a Portugal para captar "mais fundos comunitários".
"Eu não estou aqui para defender os interesses espanhóis, eu estou aqui para defender os interesses portugueses. Portugal não é uma província espanhola. Peça aos seus camaradas da fronteira que deixem de fazer manifestações e petições e pressões sobre mim própria juntamente com os espanhóis por causa do TGV", disse a José Sócrates, que observou não perceber do que é Ferreira Leite estava a falar.
"Camaradas seus portugueses, juntos com autarcas espanhóis, em conjunto, têm feito manifestações e têm feito pressões contra a minha pessoa", respondeu a presidente do PSD.
"Não gosto dos espanhóis metidos na política portuguesa. Eu não tenciono resolver os problemas de Portugal em função dos interesses espanhóis".
(SIC, 12-09-09)
A presidente do PSD alegou que Espanha está interessada em que a rede ferroviária de alta-velocidade (TGV) chegue a Portugal para captar "mais fundos comunitários".
"Eu não estou aqui para defender os interesses espanhóis, eu estou aqui para defender os interesses portugueses. Portugal não é uma província espanhola. Peça aos seus camaradas da fronteira que deixem de fazer manifestações e petições e pressões sobre mim própria juntamente com os espanhóis por causa do TGV", disse a José Sócrates, que observou não perceber do que é Ferreira Leite estava a falar.
"Camaradas seus portugueses, juntos com autarcas espanhóis, em conjunto, têm feito manifestações e têm feito pressões contra a minha pessoa", respondeu a presidente do PSD.
"Não gosto dos espanhóis metidos na política portuguesa. Eu não tenciono resolver os problemas de Portugal em função dos interesses espanhóis".
(SIC, 12-09-09)
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
A HISTÓRIA DOS COMBOIOS LUSO-ESPANHÓIS
A VINGANÇA DE MANUELA FERREIRA LEITE
No princípio, o Reino de Portugal começou por construir o caminho-se-ferro de Lisboa a Elvas, numa linha onde algures num ponto chamado Entroncamento partiria um ramal para o Porto. E assim foi. O comboio chegou primeiro a Badajoz em 1863, mas de Lisboa ao Porto só viria a haver comboios directos em 1877 com a inauguração da Ponte de Maria Pia.
A prioridade foi sempre a de ligar os portos a Espanha e por isso tudo se fez para romper as linhas em direcção à fronteira. Enquanto a Linha do Norte foi construída aos soluços, a da Beira Alta (1882), que ligaria Figueira da Foz a Vilar Formoso, foi feita em quatro anos (um tempo recorde para a época) e pôs o Porto em polvorosa a clamar por uma linha directa a Espanha pelo vale do Douro. Fez-se então a linha do Porto a Barca de Alva (1887), após um investimento brutal que levaria a praça financeira da Invicta à falência, ficando os seus bancos impedidos de cunhar moeda - um caso que ficou para a História como a "Salamancada".
Mais a sul, em 1880 era inaugurado o ramal de Cáceres (Torre das Vargens a Beirã/Marvão), que constituía um bom atalho para Madrid. O objectivo era chegar aos fosfatos da zona de Cáceres, que seriam escoados para o porto de Lisboa, mas a nova linha revelou-se outro fiasco porque o filão esgotou-se rapidamente. Além das amortizações de um investimento inútil, a Real Companhia dos Caminhos de Ferro (portuguesa) assumiu então encargos que a obrigaram a pagar as obras de conservação da estação madrilena de Delícias.
Enquanto isso, Espanha construía um eixo ferroviário desde Vigo até Ayamonte que contornava a fronteira portuguesa. Era a "cintura de ferro", como ficou conhecida. De resto, em Badajoz e em Vilar Formoso, durante vários anos, havia linha desde Lisboa, mas não havia continuação para Madrid porque os espanhóis tardaram em ligar-se às fronteiras. Portugal construíu, pois, a sua rede ao sabor dos interesses espanhóis. E também foram eles os primeiros a fechar as poucas ligações à fronteira quando nos finais do século XX se tornou moda encerrar linhas de caminha-de-ferro: desmantelaram a linha de Huelva a Ayamonte e foram os primeiros a fechar La Fregeneda quando o comboio ainda apitava em Barca de Alva.
Mais recentemente, em 1998, a Refer inaugura a electrificação da Linha da Beira Alta até Vilar Formoso. Mas a Espanha, apesar dos compromissos assumidos na Cimeira da Figueira da Foz em 2003 e de já ter um projecto terminado, nunca avançou com as obras de electrificação até à fronteira lusa. E quando nos alvores do século XXI se começa a falar no TGV, Portugal começou por querer fazer uma linha Lisboa-Porto-Madrid ("T" deitado) para se opor ao centralismo do país vizinho. Mas acbaria por se conformar com uma linha directa de Lisboa a Madrid. Com prioridade para a primeira, claro. Tal como no século XIX.
Ferreira Leite, se for eleita, diz que "não senhor". Explica que as motivações são financeiras. Mas sabe-se lá se não quererá acertar contas com a História.
Carlos Cipriano, Público, 15 de Setembro de 2009
No princípio, o Reino de Portugal começou por construir o caminho-se-ferro de Lisboa a Elvas, numa linha onde algures num ponto chamado Entroncamento partiria um ramal para o Porto. E assim foi. O comboio chegou primeiro a Badajoz em 1863, mas de Lisboa ao Porto só viria a haver comboios directos em 1877 com a inauguração da Ponte de Maria Pia.
A prioridade foi sempre a de ligar os portos a Espanha e por isso tudo se fez para romper as linhas em direcção à fronteira. Enquanto a Linha do Norte foi construída aos soluços, a da Beira Alta (1882), que ligaria Figueira da Foz a Vilar Formoso, foi feita em quatro anos (um tempo recorde para a época) e pôs o Porto em polvorosa a clamar por uma linha directa a Espanha pelo vale do Douro. Fez-se então a linha do Porto a Barca de Alva (1887), após um investimento brutal que levaria a praça financeira da Invicta à falência, ficando os seus bancos impedidos de cunhar moeda - um caso que ficou para a História como a "Salamancada".
Mais a sul, em 1880 era inaugurado o ramal de Cáceres (Torre das Vargens a Beirã/Marvão), que constituía um bom atalho para Madrid. O objectivo era chegar aos fosfatos da zona de Cáceres, que seriam escoados para o porto de Lisboa, mas a nova linha revelou-se outro fiasco porque o filão esgotou-se rapidamente. Além das amortizações de um investimento inútil, a Real Companhia dos Caminhos de Ferro (portuguesa) assumiu então encargos que a obrigaram a pagar as obras de conservação da estação madrilena de Delícias.
Enquanto isso, Espanha construía um eixo ferroviário desde Vigo até Ayamonte que contornava a fronteira portuguesa. Era a "cintura de ferro", como ficou conhecida. De resto, em Badajoz e em Vilar Formoso, durante vários anos, havia linha desde Lisboa, mas não havia continuação para Madrid porque os espanhóis tardaram em ligar-se às fronteiras. Portugal construíu, pois, a sua rede ao sabor dos interesses espanhóis. E também foram eles os primeiros a fechar as poucas ligações à fronteira quando nos finais do século XX se tornou moda encerrar linhas de caminha-de-ferro: desmantelaram a linha de Huelva a Ayamonte e foram os primeiros a fechar La Fregeneda quando o comboio ainda apitava em Barca de Alva.
Mais recentemente, em 1998, a Refer inaugura a electrificação da Linha da Beira Alta até Vilar Formoso. Mas a Espanha, apesar dos compromissos assumidos na Cimeira da Figueira da Foz em 2003 e de já ter um projecto terminado, nunca avançou com as obras de electrificação até à fronteira lusa. E quando nos alvores do século XXI se começa a falar no TGV, Portugal começou por querer fazer uma linha Lisboa-Porto-Madrid ("T" deitado) para se opor ao centralismo do país vizinho. Mas acbaria por se conformar com uma linha directa de Lisboa a Madrid. Com prioridade para a primeira, claro. Tal como no século XIX.
Ferreira Leite, se for eleita, diz que "não senhor". Explica que as motivações são financeiras. Mas sabe-se lá se não quererá acertar contas com a História.
Carlos Cipriano, Público, 15 de Setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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