sábado, 9 de março de 2013

Passos Coelho confessa-se criminoso

(da net)

Ao deixar derrapar a execução orçamental, ao afundar a economia nacional e ao não cumprir os objectivos que se propôs, designadamente não atingindo a meta do défice (4,5%) com que se comprometeu, o Governo incorreu em responsabilidade criminal.

Quem o disse não fui eu. Foi o próprio Passos Coelho, num discurso de que o Correio da Manhã de 6.11.2010 publicou os seguintes excertos:

«Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções».

«Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objectivos e não os cumpram.

Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que mais pessoas vão para o desemprego e a economia afunda-se».

«Não se pode permitir que os responsáveis pelos maus resultados andem sempre de espinha direita, como se não fosse nada com eles».

«Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos»?

Proféticas palavras! Pois se assim é, aguarda-se que Passos Coelho seja, por uma vez, coerente e vá entregar-se no posto da G.N.R. de Massamá.



Faria de Oliveira ganha mais na CGD
do que Christine Lagarde no FMI !


(da net)

A Agencia da Caixa Geral de Depósitos encerrou na Ilha da Madeira (acabou o Paraíso Fiscal) e abriu dependência nas Ilhas Caimão ... não é só o PINGO DOCE que foge...

Em média os trabalhadores portugueses ganham menos de 50% em relação aos dos restantes 27 países da EU.

Isto ajuda a explicar a grave crise económica, financeira e social que Portugal está a viver.

Para que conste, e para que os futuros Faria de Oliveira e outros possam ser respeitados, repasso o presente e-mail esperando com o mesmo contribuir para a moralização da política em Portugal.

Retirado do site da CGD, referente a 2009 (ainda não divulgaram os valores de 2010):

Presidente - remuneração base: 371.000,00 ?
Prémio de gestão: 155.184,00 ?
Gastos de utilização de telefone: 1.652,47 ?
Renda de viatura: 26.555,23 ?
Combustível: 2.803,02 ?
Subsídio de refeições: 2.714,10 ?
Subsídio de deslocação diário: 104,00 ?

Despesas de representação: não quantificado (cartão de crédito onde «apenas» são consideradas despesas decorrentes da actividade devidamente documentadas com facturas e comprovativos de movimento)

Christine Lagarde receberá do FMI mais 10% do que Dominique Strauss-Kahn, mas mesmo assim menos do que o presidente da Caixa Geral de Depósitos, entre outros gestores portugueses, pelo que a senhora ainda está mal paga pelo padrão de Portugal.

Palavras para quê?

Isto só se resolverá quando a Troika, obrigada a justificar como é que o dinheiro dos contribuintes dos países da EU se gasta na ajuda a Portugal, for obrigada a tomar posição.

É imperioso reduzir a despesa do Estado abrangendo também os Institutos e empresas do Estado e municipais (provavelmente a ultrapassar o milhar).

Não esquecer que na maioria são empresas que duplicam funções do Estado ou do poder local (autarquias) e todas elas com gestores com vencimentos e regalias muito superiores ao vencimento dos Deputados e do Presidente da República (PR), até Outubro de 2005 com direito a reforma antecipada, podendo acumular com outros vencimentos ou reformas. Até o PR Cavaco Silva tem pelo menos mais duas reformas.

Se José Sócrates não tivesse tido o desplante de acabar com as reformas antecipadas dos políticos e dos gestores públicos em Outubro de 2005, os processos do Freeport, do diploma de Engenheiro e outros nunca teriam tido o eco que tiveram.

É preciso que se saiba que:

«... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os nossos gestores recebem, em média:

· mais 32% do que os americanos;
· mais 22,5% do que os franceses;
· mais 55 % do que os finlandeses;
· mais 56,5% do que os suecos».

(Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)

E têm a lata de chamar a nossa atenção afirmando que «os portugueses devem trabalhar mais e gastam acima das suas possibilidades.»

Com um abraço de cidadão preocupado com o futuro de Portugal, incluindo sobretudo os jovens, desempregados e os empregados pobres (vencimentos na média dos 500 ?).



Catalunha quer entrar no espaço
lusófono através de Portugal

Agência Lusa

A região espanhola da Catalunha quer entrar na comunidade lusófona, sobretudo nos países africanos, e considera que «será mais fácil» fazê-lo através de Portugal, noticia hoje a EFE.

A Catalunha está especialmente interessada nos países africanos de língua portuguesa, a que, até agora, «se tem prestado pouca atenção», disse à agência espanhola Ramón Font, novo director do governo catalão para a promoção externa junto de Portugal e Brasil.

As possibilidades de cooperação económica e comercial entre a comunidade catalã e Portugal foram o tema central de um seminário realizado hoje, em Lisboa, intitulado «Oportunidades de negócio e investimento na Catalunha».

Ramón Font destacou as instituições financeiras de origem catalã que já estão presentes em Portugal e com negócios nos países lusófonos, como o Banco Português de Investimento (BPI), cujo principal acionista é a Caixabank, ou o Banco Comercial Português (BCP), com participação da Sabadell.

A ideia é «seguir o caminho que eles apontaram», resumiu o director de promoção externa.

Também presente no seminário, o secretário para as empresas e a competitividade do governo regional, Pere Torre i Grau, vincou que «a salvação da Catalunha está no exterior».

«Se coincidirmos com Portugal nesta tendência para o exterior, conseguiremos grandes intercâmbios entre as nossas empresas», frisou, destacando o papel das empresas catalãs de serviços, como a Abertis, em Portugal.

Portugal é o décimo país com maior número de empresas na Catalunha (mais de 120), entre elas o grupo Amorim, líder mundial na indústria de cortiça, a Cafés Delta ou a Vista Alegre.



quinta-feira, 7 de março de 2013

Pinhel, os indignados e eu

V. Figueira

Diz-se que Maria Antonieta, perante o povo de Paris que reclamava não ter pão, lhes recomendou que comessem brioches. A história não é bem assim, mas é ilustrativa de como a falta de consciência social pode levar à revolta do povo e à decapitação de alguns.

Sinceramente esta história ocorre-me a propósito da indignação do ex-presidente do BCP Filipe Pinhal e do movimento que lidera, os reformados indignados. Pinhal terá motivos para se indignar? Sem dúvida! Parece que a sua reforma de 70 mil euros ficou em 14 mil euros, sendo o resto «comido» pelo Estado. Pode o dr. Pinhal fazer da sua indignação uma bandeira e um movimento? Não! Porque essa é a demonstração da maior insensibilidade social. É ridiculamente absurdo.

Posso falar por mim. Ganho hoje menos do que há 20 anos, não estou reformado e trabalho talvez mais. Porque os impostos me atacaram, porque abdiquei de parte do meu salário, e porque a vida me trouxe até aqui. Isso cria-me problemas? Naturalmente. Cada um tem a sua vida mais ou menos organizada para o que ganha e é expectável ganhar. Posso indignar-me? É ridículo! Ganho mais que a larga maioria das pessoas, sou um privilegiado. E no fim disto, tomara eu ganhar metade dos 14 mil euros de que o dr Pinhal se queixa agora.

Estou muito longe de defender que o trabalho tem todo o mesmo valor ou de que todos deviam receber o mesmo. Mas estou também muito longe de achar que, em momentos de enorme crise, o esforço não deve ser – mais do que proporcional – exigido sobretudo aos que mais podem. E como última nota biográfica, direi que sou daqueles que nunca foi em cantigas de facilidade, pelo que não tenho uma única dívida a um banco.

Se politicamente posso responsabilizar muita gente pelo que me aconteceu, a mim e a tantos outros, sentir-me-ia mal por actuar apenas e no momento em que as consequências de décadas me chegam ao bolso! E é isso que este senhor e outros fazem. Foram patrões, líderes, altos quadros para ganhar dinheiro e viver à grande. São ratos quando chega a tempestade, não só não resistem como pensam nada ter a ver com o nosso passado colectivo.

O dr. Pinhal (e todos os magistrados, generais e quadros superiores que o acompanham numa acção indignada pela defesa de direitos adquiridos) é igual a um maquinista da CP, mas em versão rica! Daqueles que pensa que a política não é uma arte de compromisso entre a sociedade, mas uma dádiva da sociedade ao que cada um pensa ser o seu valor. Ou seja, que a política tem de estar ao serviço da prevalência do eu. Que o indivíduo, perante uma catástrofe, não pode perder direitos, nem regalias. Que mesmo olhando à volta e vendo legiões de desempregados, de famílias a perder as casas, de miseráveis sem comida, é incapaz de abdicar do muito que tem. É outro Jardim Gonçalves! E dizem-se católicos!

Quando estes senhores viviam à sombra do Estado e das offshores, indignei-me eu muitas vezes. Mas nunca lhes cobicei, nem cobiço a riqueza. Prefiro as noites tranquilas e a liberdade de lhes dizer na cara que são dos piores exemplos que uma sociedade que quer ser justa pode ter. Tenham vergonha (ou se preferirem uma expressão mais elegante, porque em inglês, shame on you)!



quarta-feira, 6 de março de 2013

Interessante sequência de notícias

(da net)

Caros Amigos,

Ontem ouvi que a filha do Presidente de Angola era a primeira mulher milionária africana (mil milhões de dólares)...

Hoje ouvi a UNICEF dizer que precisa de... 4 milhões de dólares para ajudar as crianças angolanas sub-nutridas.

Achei interessante esta sequência de notícias.