quinta-feira, 13 de junho de 2013

Papa Francisco:
É dever do cristão envolver-se na política
embora ela seja «muito suja»

O Papa Francisco, ao responder a uma das perguntas feitas por um dos jovens que recebeu na Sala Paulo VI, no encontro com alunos e ex-alunos dos colégios jesuítas da Itália e Albânia (7 de Junho), explicou que é um dever, uma obrigação do cristão, envolver-se na política embora ela seja «muito suja», porque aí se pode trabalhar pelo bem comum. «Nós não podemos fazer como Pilatos e lavar as mãos, não podemos».

«Devemos participar na vida política porque a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum. E os leigos cristãos devem trabalhar na política.»

«Alguém me dirá: ‘mas não é fácil’. Também não é fácil ser sacerdote. Não são coisas fáceis porque a vida não é fácil. A política é muito suja, mas eu pergunto-me: Porque será suja? Porque os cristãos não estão imbuídos do espírito evangélico».

O Santo Padre assinalou também que «é fácil dizer ‘a culpa é dos outros’... e eu, o que faço? É um dever! Trabalhar pelo bem comum é dever de um cristão! E, muitas vezes, para trabalhar, o caminho a seguir é a política».





quarta-feira, 12 de junho de 2013

A política de terra queimada sobre a família


Marta Gaspar

A aprovação da lei da co-adopção com votos a favor, abstenções e até ausência de inúmeros deputados da maioria PSD-CDS na Assembleia demonstra que, ao serviço de interesses que pugnam pela destruição da célula familiar (pai, mãe e filhos), foi dado mais um passo na instituição de uma pseudo-ética resultante dos caprichos e das vontades de políticos ao serviço de lobbies da minoria e não ao respeito pelo voto e pela consciência dos Portugueses.

Tal como havia já resultado da aprovação da lei de despenalização do aborto (cujas consequências são conhecidas e inclusive denunciadas pelos especialistas intervenientes na sua execução), a perigosa relativização dos valores e da essência da pessoa humana, também nesta matéria, teve um avanço capital.

A formatação das consciências é a principal arma dos políticos do sistema, procurando tornar aceitáveis e dignas de crédito todas as medidas, leis e critérios que desejam instituir nas sociedades, à luz de um projecto e de uma nova ordem maquiavélica de estruturas que transcendem o território nacional.

A Assembleia da República não está mandatada para votar matérias de consciência e definir os valores essenciais da sociedade. Em matéria política fundamental, rege a lei constitucional, boa ou má; em matéria de valores fundamentais sobre os quais assenta e se organiza a sociedade, rege a lei natural.

Aqui regista-se a primeira subversão de todo este processo, consistindo na captura da sociedade e do pensamento colectivo segundo o qual a matéria agora sujeita a legislação é matéria ordinária que visa eliminar uma fonte de discriminação. Não é! É a defesa de um interesse minoritário, com prejuízo de direitos que não constam de lei nem têm de constar, porque neles se funda a ordem jurídica e os direitos constitucionais ou legalmente consagrados, porque do domínio da ordem natural, isto é, direitos inalienáveis das crianças e do ser humano.

A despenalização do aborto e uma política totalmente alienada quanto a incentivos económicos e sociais às famílias para poderem ter mais filhos, aliadas ao apoio a uma cultura hedonista, são, para já, uma achega ao problema demográfico, que regista uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo. A aprovação do chamado «casamento» entre pessoas do mesmo sexo e da lei da co-adopção é a cereja no bolo.

Chocante e inaceitável é o reflexo destas irresponsabilidades, egoísmos  e espírito de destruição nos mais inocentes: as crianças. Não só as que tentam sobreviver nos ventres das mães, bem como aquelas que são vítimas de um Estado que, não resolvendo os problemas do bem comum, também no campo da família, quer legislar e usurpar o papel desta instituição natural. A adopção não é um direito dos pais nem um dever do Estado. A adopção é apenas a possibilidade de encontrar para a criança uma resposta que a ajude a superar o seu eventual infortúnio de orfandade, algo que naturalmente só é possível no quadro de uma referência que inclua o pai e a mãe.





Ameaça coreana







segunda-feira, 10 de junho de 2013

Amor ao sindicalismo!


Rui Dias Costa

Lendo, ouvindo e vendo as posições, as atitudes e os termos desrespeitosos com que as centrais sindicais e muito particularmente os seus principais dirigentes vêm defendendo aquilo que consideram a defesa dos legítimos interesses dos «trabalhadores», tenho-me questionado sobre o seguinte:

1 – Porque será que os dirigentes sindicais se eternizam nesses lugares? Será por altruísmo e por puro e desinteressado interesse à causa?

2 – Seria bom conhecer quanto tempo útil de trabalho tiveram esses dirigentes nas suas profissões de origem se é que alguma vez as tiveram.

3 – Seria também interessante saber quantos deles estão com salários em atraso ou «desempregados»?