quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Mulheres na Infantaria

João Brandão Ferreira

Vieram a público algumas notícias sobre eventuais «exageros» ou «abusos» físicos e psicológicos sobre uma aspirante de infantaria, durante o  seu tirocínio em Mafra, que a teriam obrigado a abandonar o curso.

Deixando para trás a controversa decisão de se permitir a entrada de cidadãos do sexo feminino para as Forças Armadas, de modo indiscriminado, mandaria o bom senso e a equitatividade, que da porta de armas para dentro não houvesse «machos» e «fêmeas», mas apenas um ser militar. Isto, sem embargo da salvaguarda de especificidades incontornáveis que distinguem homens e mulheres e que muitos «istas» da nossa praça pretendem aplainar querendo fazer igual aquilo que, naturalmente, é diferente.

Como se já não fosse suficiente deixar invadir uma instituição que foi sempre cumprindo bem a sua missão, durante séculos, sem precisar de incorporar mulheres, ainda as foram admitir em Armas e especialidades directamente expostas ao combate, quando não são mesmo o esteio desse combate – o que parece de todo contrário à compleição e natureza feminina.

É o caso da Infantaria.

A senhora aspirante era a primeira a aventurar-se a assumir tal desiderato como oficial do quadro permanente. A pressão psicológica era grande, como se deve compreender e como transparece numa entrevista que deu ao «Jornal do Exercito» em Janeiro deste ano.

Mas para que haja sucesso os candidatos ao curso têm que ultrapassar as provas curriculares. Lá estão os instrutores – que não pertencem propriamente a uma associação de malfeitores, note-se – para o aferirem. É campo onde não nos metemos.

Acontece que a militar em questão, logo no início da instrução baixou à enfermaria e veio a ter que abandonar o curso por faltas.

Durante um fim-de-semana em que foi a casa, sentindo-se mal, foi ao hospital. O médico que a assistiu entendeu que o que observou poderia derivar de alguma «agressão» física e, ou, psicológica e como parece ser de lei, reportou o facto às autoridades competentes.

O assunto caiu nos jornais e logo se relacionou as eventuais «lesões» com o ocorrido em Mafra.

No «processo» relativo à futura oficial existente na Escola Prática de Infantaria, nada constará passível de censura relativamente ao treino a que foi submetida.

Somos sempre pelo apuramento da verdade dos factos e pela prevalência da Justiça. No entanto:

Não parece bem, fazer-se chicana nos «média» com coisas sérias; ou haver aproveitamento jornalístico, ou não, para ataques infundados, ou em prol de interesses pessoais;

Deve ter-se em conta que como me disse um instrutor em tempos idos «a Infantaria não é nenhuma pêra doce», e que parece não haver nenhum infante no mundo que tenha chegado ao fim dos treinos sem um conjunto alargado de nódoas negras.

A Infantaria destina-se ao combate puro e duro e, para tal, tão importante é a preparação física como uma forte componente moral e psicológica.

Nem toda a gente que se propõe atingir um objectivo na vida, tem capacidade para o levar a cabo. As coisas são como são e não podem ser de outra maneira.

Ainda uma última achega: a chegada dos tirocinantes à EPI e respectivo curso envolve uma série de «praxes» e tradições antigas, que longe de estarem deslocadas, são fundamentais à vivência dos Exércitos, não só porque endurecem o corpo e a mente como, sobretudo, por criarem laços afectivos e deontológicos para todo o sempre: espírito de corpo; camaradagem e outros laços morais fundamentais à Instituição Militar e sem os quais esta não se sustenta.

Falar do que não se sabe, ainda por cima podendo afectar negativamente um dos pilares da Nação Portuguesa, não parece ser o mais avisado.


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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Entre «casamentos» de invertidos e eleições.
Poderá o Papa confiar em Andrea Riccardi?


O fundador da Comunidade de Santo Egídio agita-se no centro da cena política italiana, aparentemente com a bênção do Papa. Mas detrás das aparências encontramos factos perturbadores.

Cada vez que Bento XVI se exprime contra o casamento homossexual, é sistematicamente assaltado com críticas. Mas da última vez que o fez – no discurso dirigido à Cúria antes do Natal, como em cada ano – não aconteceu isso. Todos se mantiveram em silêncio.

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domingo, 27 de janeiro de 2013

Opinião de Margareth Thatcher
sobre mulheres nas FFAA


João Brandão Ferreira
Curiosa opinião!
Será interessante, passadas duas décadas, conhecer a visão e opinião de uma grande líder da Europa sobre o assunto de mulheres
 nas Forças Armadas.



Não foi ouvida, e talvez seja tempo de fazer uma análise das consequências e alterações resultantes.

…Mas os militares também são diferentes, porque a vida da caserna é distinta da vida do civil. As virtudes que precisam ser cultivadas por aqueles que são chamados a colocar em risco as suas vidas no cumprimento do seu dever simplesmente não são as mesmas exigidas a um homem de negócios, a um funcionário civil ou, sem sombra de dúvida, a um político. É vital, acima de tudo, ter coragem — coragem física.

Os militares precisam desenvolver a camaradagem com os seus companheiros em muito maior grau. Devem ser capazes, implicitamente, de confiar uns nos outros. Soldados, marinheiros e aviadores também são indivíduos e basta ler as suas biografias para compreender isso. Mas não podem ser individualistas. Para aqueles que vivem em regime disciplinar, são os deveres e não os direitos que balizam suas vidas. Eis por que a vida militar é justamente considerada uma nobre vocação e por que, através dos anos, muitos dos que abandonam a carreira militar para ingressar na vida civil sentem dificuldade para se adaptar.

Como regra, os militares necessitam ser fisicamente fortes. Não é suficiente ser talentoso, embora a habilidade certamente ajude. Nenhuma força combatente pode se permitir abrigar, mesmo em pequena proporção, pessoal que não esteja apto a cumprir missões que lhe possam vir a ser atribuídas.

Assim, sou contra as actuais tentativas de empregar conceitos liberais e institucionais da vida civil nas nossas forças armadas. Programas visando introduzir sistemas jurídicos segundo o modelo civil, promover direitos homossexuais e franquear novas actividades para mulheres são, no mínimo, irrelevantes para as funções que se espera sejam desempenhadas pelos militares. Sob um enfoque pessimista, contudo, ameaçam a capacidade militar de forma realmente perigosa.

O militarismo feminista nas forças armadas talvez seja o mais pernicioso desses agentes «reformadores». O facto de a maioria dos homens ser mais forte do que a maior parte das mulheres significa ou que as mulheres devem ser excluídas das missões fisicamente mais exigentes, ou que precisa ser reduzida a exigência de tais missões, algo evidentemente mais fácil em treino do que em combate. Porém, obviamente, é essa segunda alternativa que as feministas procuram ver adoptada e, com muita frequência, as suas pretensões são aceitas.

Quando se constatou que as mulheres não são capazes de lançar granadas comuns à distância desejável, para que não sejam atingidas pela explosão, a solução foi não deixar a tarefa só para homens, mas construir granadas mais leves (e menos letais). Quando se descobriu que mulheres a bordo de navios de guerra precisam de instalações não exigidas pelos homens, A Marinha dos Estados Unidos teve que «reconfigurar» as suas belonaves para proporcioná-las — apenas no USS Eisenhower, ao custo de US$ 1 milhão.

Quando a maioria das mulheres (correctamente, em minha opinião) opta por não assumir funções de combatente, a resposta, de acordo com um professor da universidade de Duke, é fazer com que os militares abdiquem de atributos como «autocontrole, autoconfiança, agressividade, independência, auto-suficiência e determinação» para assumir riscos. As mulheres dispõem de inúmeras tarefas em que podem servir com destaque. Algumas de nós até dirigimos nações. Mas, em geral, somos melhores lidando com bolsas do que com baionetas.

Guerra sempre envolverá o emprego de baionetas ou equivalentes. É irrealista pensar que as guerras possam vir a ser travadas sem jamais ocorrer contacto físico e confronto directo com o inimigo.

Tendo em mente essas considerações, penso que os nossos líderes políticos e militares devem:

· Revelar mais firmeza, resistindo aos lobies de pressão «politicamente correctos» que contribuem para subverter a ordem e a disciplina em nossas forças armadas.

· Deixar claro que a vida na caserna não pode tomar como modelo os procedimentos, a moldura legal ou as peculiaridades da vida civil.

· Recusar-se a colocar a doutrina liberal adiante da eficácia militar.

· Demonstrar um pouco de bom senso.


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Parlamento europeu em sessão.
Verdadeiramente vergonhoso...