Se quer ter uma pequena ideia do que está por detrás dos «nobres sentimentos» dos pederastas, cheios de «amor» uns pelos outros, e que sociedade eles pretendem preparar para os seus filhos e netos, leia o texto de Nuno Serras Pereira em
http://osabortofilos.blogspot.com/?zx=ecdea3507b14296
É impressionante e porco mas é bom sabermos com quem lidamos.
sábado, 21 de novembro de 2009
Não permita que os pederastas manipulem as crianças!
Vídeo apresentado pela Plataforma Cidadania e Casamento
Se você deixar, os pederastas vão tentar arrastar os seu filhos e netos para a homossexualidade!
Vídeo apresentado pela Plataforma Cidadania e Casamento.
Adopção por «casais» homossexuais: Não é a mesma coisa...
Luís Botelho Ribeiro
Estudos realizados em diferentes países, indicam que as crianças criadas por "casais" homossexuais estão mais sujeitas do que a média da população às seguintes consequências [1]:
- stress;
- insegurança a respeito da sua vida futura em casal e paternidade;
- perturbações de identidade sexual;
- rejeição do companheiro(a) homossexual do progenitor como figura materna ou paterna e preferência por viver com o outro progenitor biológico.
- disfunções alimentares;
- insucesso escolar: piores qualificações e mau comportamento em sala de aula.
Podemos nós abrir a porta ao casamento homossexual sabendo que, em geral, as crianças que vierem a poder ser adoptadas por estes "pares" acabam por ficar gravemente prejudicadas nas suas perspectivas de felicidade futura?
Não estamos a falar de crianças em abstracto. Falamos dos nossos próprios filhos, dos seus filhos, caro leitor, dos filhos de cada um de nós se algum dia, por infelicidade, vierem a ficar órfãos ou nos forem roubados pelo Estado - por um Estado que cada vez mostra mais hostilidade à dissidência ou oposição política, aos cristãos, aos objectores de consciência contra a onda de laicismo totalitário que ameaça tomar conta da coisa pública.
As associações LGBT repetem o canto da sereia, a canção da igualdade... mas sabem, como todos nós sabemos, que a Verdade é só uma - para as crianças a adoptar «dois "pais"», «duas "mães"» ou "o pai e a mãe"... NÃO É A MESMA COISA!
Todo este barulho, toda esta polémica acabam por distrair o governo que, pior ou melhor, os portugueses escolheram da sua obrigação primeira que não é desgovernar mas governar-nos. E todos percebem que visa sobremaneira desviar as atenções do caso de corrupção e tráfico de influências ao mais alto nível, conhecido pelo nome de código de "Face Oculta".
Gays e lésbicas querem "casar"? Querem adoptar crianças? Têm uma solução muito simples - inscrevam-se no "Second-Life"!
[1] «NO ES IGUAL - informe sobre el desarrollo infantil en parejas del mismo sexo», Maio 2005, Mónica Fontana, Patricia Martínez, Pablo Romeu, Ed. HazteOir.org,
disponível em http://www.noesigual.org/manifestacion/documentos/noesigual3.pdf (em língua castelhana).
De http://uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.com
Estudos realizados em diferentes países, indicam que as crianças criadas por "casais" homossexuais estão mais sujeitas do que a média da população às seguintes consequências [1]:
- Problemas psicológicos:
- stress;
- insegurança a respeito da sua vida futura em casal e paternidade;
- perturbações de identidade sexual;
- rejeição do companheiro(a) homossexual do progenitor como figura materna ou paterna e preferência por viver com o outro progenitor biológico.
- Transtornos de conduta:
- disfunções alimentares;
- insucesso escolar: piores qualificações e mau comportamento em sala de aula.
Podemos nós abrir a porta ao casamento homossexual sabendo que, em geral, as crianças que vierem a poder ser adoptadas por estes "pares" acabam por ficar gravemente prejudicadas nas suas perspectivas de felicidade futura?
Não estamos a falar de crianças em abstracto. Falamos dos nossos próprios filhos, dos seus filhos, caro leitor, dos filhos de cada um de nós se algum dia, por infelicidade, vierem a ficar órfãos ou nos forem roubados pelo Estado - por um Estado que cada vez mostra mais hostilidade à dissidência ou oposição política, aos cristãos, aos objectores de consciência contra a onda de laicismo totalitário que ameaça tomar conta da coisa pública.
As associações LGBT repetem o canto da sereia, a canção da igualdade... mas sabem, como todos nós sabemos, que a Verdade é só uma - para as crianças a adoptar «dois "pais"», «duas "mães"» ou "o pai e a mãe"... NÃO É A MESMA COISA!
Todo este barulho, toda esta polémica acabam por distrair o governo que, pior ou melhor, os portugueses escolheram da sua obrigação primeira que não é desgovernar mas governar-nos. E todos percebem que visa sobremaneira desviar as atenções do caso de corrupção e tráfico de influências ao mais alto nível, conhecido pelo nome de código de "Face Oculta".
Gays e lésbicas querem "casar"? Querem adoptar crianças? Têm uma solução muito simples - inscrevam-se no "Second-Life"!
[1] «NO ES IGUAL - informe sobre el desarrollo infantil en parejas del mismo sexo», Maio 2005, Mónica Fontana, Patricia Martínez, Pablo Romeu, Ed. HazteOir.org,
disponível em http://www.noesigual.org/manifestacion/documentos/noesigual3.pdf (em língua castelhana).
De http://uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.com
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Ó Saramago, o que é que está a dar?
Tempo houve em que o que estava a dar era o PCP. Não só o PCP como tudo o que estava por detrás dele. Eram os rublos antes, durante e depois do PREC, convertidos em dólares, para erguer e olear a máquina. Eram os empregos e promoções no Estado e meios de comunicação dependentes do PCP. Era a carreira de sindicalista, isto é, de defensor-especialista da classe operária. Era a promoção matraqueadora das cançonetas de Abril e dos escritos marxistas (ou seus subprodutos) e o respectivo mercado fiel. E, a uma escala maior, era todo o mercado editorial da União Soviética e dos seus satélites, do chamado «campo socialista».
Saramago viu isso. Portanto o comissário Saramago era mais cunhalista do que Cunhal e mais sovietista do que a União Soviética.
Com a implosão do comunismo acabou para o Saramago a boleia que o aparelho lhe dava no mercado de Leste. O PCP já não podia meter cunhas às knigas do Leste para lhe editarem os livros.
Entretanto, o mercado do Leste, tal como o de cá, tinha ficado no papo e continuaria por efeito de inércia (por esta razão continuam hoje as reedições saramagais do tempo soviético e as edições dos livros pos-soviéticos). Assim, o PCP já não lhe servia para grande coisa.
Tornava-se conveniente encontrar novo mercado. Então acabou a fidelidade saramagal «aos ideais» de Outubro de lá e de Abril de cá. Arranjou umas tantas «divergências» com o PCP. Ciao, ciao, e nem obrigado. Até parece que o PCP é que lhe deveria estar agradecido por contar com semelhante génio entre os seus filiados. Quando afinal, feitas bem as contas, se tratou de uma desequilibrada simbiose. Saramago não foi o único.
O que é que está a dar?
Sem qualquer pudor, Saramago vira-se para o mercado dependente dos «revisionistas bernseinistas», ou seja, dos xuxialistas, para utilizar a designação que o bando de Saramago aplicava em 1974-1975 aos actuais parceiros do Partido Socialista. Mas a luta continua... Se antes fazia a propaganda ateísta materialista dialéctica da central soviética (que deve ter aprendido no primário Politzer), passou a fazer a propaganda ateísta jacobina da central maçónica. Se tosco era de pensamento, tosco continuou. Mas com a operação cosmética - por dentro é o mesmo bárbaro - conseguiu o Nobel e o mercado ocidental, que era o que lhe interessava.
Eis então que o Nobel da treta, neste seu transfúgio, recentemente apoiou a candidatura de António Costa nas eleições para a Câmara de Lisboa. «Espero que seja Presidente por muitos anos mais.» - exclama Saramago ao outrora traidor à classe operária! Saramago elogiou ainda o «magnífico trabalho» de António Costa à frente da Câmara de Lisboa durante a assinatura do protocolo para a produção de um filme sobre os amores entre ele e a castelhana Pilar del Rio, que tem como título provisório o significativo «União Ibérica».
Pudera! A Câmara de Lisboa, que já lhe tinha disponibilizado a Casa dos Bicos, vai apoiar a produção do documentário (que irá ficar para a história da cultura!) com 30 mil euros. Ora pois...
Ó Saramagos, Pinas Mouras, Josés Magalhães... o que é que está a dar?
E já que a Espanha está tanto a vir à baila através de Saramago e outros, não resisto a citar o republicano Unamuno, enojado com a sua II República, em 1936, a falar a um grupo de estudantes da Universidade de Salamanca que partia para a frente na Guerra Civil: «Derrubem essa República de putas».
Exactamente o mesmo, esta lusa III República.
Heduíno Gomes
De http://maislusitania.blogspot.com
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Obviamente, publique-se
João Pereira Coutinho
Correio da Manhã, 15 de Novembro de 2009
O presidente do Supremo Tribunal anulou e mandou destruir as escutas entre Sócrates e Vara. Infelizmente, Noronha Nascimento não anulou nem destruiu as dúvidas do país sobre o conteúdo dessas escutas.
O problema, longe de ser legal, é agora político: pode um primeiro-ministro sobreviver ao clima de desconfiança que paira sobre ele? Um clima onde `tráfico de influências' e `conspiração contra o Estado de Direito' fazem parte da suspeição? A pergunta responde-se a ela própria: se Sócrates não esclarece coisa alguma; e se o Presidente junto do PGR, não parece interessado em avaliar a insanidade do regime, pondero seriamente se os jornalistas não deviam fazer serviço público e, caso as tivessem, que publicassem as conversas em falta. Seria um crime? Ainda que fosse, a história ensina que há crimes necessários para evitar crimes maiores.
Correio da Manhã, 15 de Novembro de 2009
O presidente do Supremo Tribunal anulou e mandou destruir as escutas entre Sócrates e Vara. Infelizmente, Noronha Nascimento não anulou nem destruiu as dúvidas do país sobre o conteúdo dessas escutas.
O problema, longe de ser legal, é agora político: pode um primeiro-ministro sobreviver ao clima de desconfiança que paira sobre ele? Um clima onde `tráfico de influências' e `conspiração contra o Estado de Direito' fazem parte da suspeição? A pergunta responde-se a ela própria: se Sócrates não esclarece coisa alguma; e se o Presidente junto do PGR, não parece interessado em avaliar a insanidade do regime, pondero seriamente se os jornalistas não deviam fazer serviço público e, caso as tivessem, que publicassem as conversas em falta. Seria um crime? Ainda que fosse, a história ensina que há crimes necessários para evitar crimes maiores.
domingo, 15 de novembro de 2009
A nova ministra da deseducação nacional
A nova ministra da deseducação nacional estreia-se como tal nos meios de comunicação.
E dá show.
Nem com saco de água quente na cabeça as «novas pedagogias» conduzem ao êxito escolar.
RTP1, 12 de Novembro de 2009. Calculo que a nova ministra da deseducação tenha causado boa impressão àquelas pessoas que nada percebem de educação e apreciam a questão pela rama. A senhora tem bom aspecto, veste-se bem, fala bem, parece dialogante... É uma senhora... Tenho esperanças...
De facto a senhora tem boa imagem (não precisava era de tanta maquillage que até lhe escondeu as feições), sorri (sorriso de hospedeira Air France, certo, coisa que a outra nem sabia esboçar), tem desenvoltura no falar (pois, qualidade de político) e até se veste bem (não me refiro à estética, realmente impecável, mas à decência, dado que não se apresentou com um decote indecente como era hábito da anterior ministra - da educação!!!; espero que assim continue, apesar de estar num governo debochado que quer legalizar os chamados «casamentos» de pederastas e fufas).
Mas o essencial da educação não consta no aspecto da senhora. E a preparação da entrevistadora, a crónica Judite, também não ajudou muito a atingir a profundidade na matéria.
Isabel Alçada é um produto das chamadas «novas pedagogias» e delas se tornou industriosa industrial. Isabel Alçada opõe-se ao sistema de ensino clássico, simplesmente clássico mas apelidado de «fascista» pelos comunistas, sendo depois este epíteto papagueado pelos demais «progressistas». No sistema de ensino clássico, como é do senso comum - excepto desses «progressistas» iluminados -, os que tinham mais capacidade aprendiam mais e havia saídas profissionais para todos. Mas Isabel Alçada comunga das teses do cancro pedagógico instalado por Veiga Simão durante o marcelismo e continuado pelo PCP e seus idiotas úteis do PS, PPD e CDS depois do 25A. E assim foi destruído o sistema de ensino clássico, «fascista», e se instalou o vigente, o sistema de ensino «democrático», onde todos aprendem de útil muito pouco e de mau bastante, em desordem e imoralidade e vendendo diplomas para o desemprego.
Perigoso livro fascista de matemática, que pretende impor o conhecimento de cima para baixo, de forma autoritária, sem diálogo com o aluno, criando sérios traumatismos emocionais e cognitivos nas crianças. Autonomeia-se «compêndio», forma repressiva de transmitir o conhecimento.
O sistema de ensino vigente alimenta um complexo pedagogico-industrial, que no futuro esmiuçarei, no qual Isabel Alçada se integra. A industriosa industrial senhora atingiu agora o vértice da pirâmide em termos de carreiras. Parabéns.
De assinalar que, além da indústria das carreiras políticas e «pedagógicas», existe ainda no complexo pedagogico-industrial a indústria académica da «ciência» da «pedagogia», com estudos e mais estudos, experimentações e mais experimentações, inovações e mais inovações, doutoramentos e mais doutoramentos, que credenciam «autoridades» em pedagogia, que por sua vez elaboram a nova «reforma» em cima da «reforma» anterior. E existem ainda as indústrias das ASA, Texto, etc. e a de quem recebe direitos de autor de manuais escolares idiotas do tipo de banda desenhada e cheios de erros científicos e de português.
E assim, aquele ministério da Av. 5 de Outubro, que deveria ser da educação nacional, é um ministério da deseducação e dos arranjinhos de carreiras e negócios, de face às claras, não oculta nem culta (se também tem face oculta nas adjudicações de escolas, isso já não sei).
Livro democrático de matemática, que ajuda o aluno a, ele próprio, construir a matemática, libertando assim toda a capacidade criativa da criança. Desta maneira explode o Tales de Mileto ou o Einstein que existe em cada criança reprimida pela sociedade.
Isabel Alçada apresentou-se na entrevista com a lição bem estudada. Aparente vontade de resolver o irresolúvel dentro do sistema, generalidades, palavras ocas, conceitos e retórica das chamadas «novas pedagogias», a milhas das realidades escolar, literária, científica, profissional, cultural e cívica deste país que se chama Portugal. O tempo vai mostrar que a nova montanha pariu o mesmo rato.
E também vai mostrar que os iguais a ela (comungando dos mesmos princípios pedagógicos) que se vestem de laranja ou azul, percebendo tanto como ela onde está o busílis da questão do ensino, lhe vão dar uma ferroadas parlamentares sobre aspectos de gestão escolar e gestão do sistema irreformável (coitados, não passam daí) para fazerem figura de oposição e constarem no Diário das Sessões.
A este propósito, referindo o passado, alguém poderá explicar quais as diferenças na essência - isto é, na filosofia da educação e em tudo o que daí decorre -, entre Veiga Simão, Vítor Crespo, Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Marçal Grilo, David Justino e qualquer destes dois últimos exemplares de ministras? Ou entre os primeiros Mário Soares, Sá Carneiro, Cavaco, Guterres, Barroso ou Sócrates?
É por isso que Cavaco, para agora meter o nariz na educação, a dar lições de cátedra e supostamente inocente, deveria começar por uma autocrítica. Longa. Muito longa e profunda. Porque, em sede própria, foi alertado para essa sua lacuna cultural e política. Mas nada aprendeu, pois que toda a sabedoria do mundo brotava do Poço de Boliqueime.
Enquanto o PPD e o PP não tiverem gente que entenda o problema da educação na sua profundidade filosófica - como Carlos da Mota Pinto o entendeu -, podem alternar o partido e respectivos figurões no poder mas não alterna o sistema de ensino medíocre e comprometedor do futuro de Portugal.
Heduíno Gomes
E dá show.
Nem com saco de água quente na cabeça as «novas pedagogias» conduzem ao êxito escolar.
RTP1, 12 de Novembro de 2009. Calculo que a nova ministra da deseducação tenha causado boa impressão àquelas pessoas que nada percebem de educação e apreciam a questão pela rama. A senhora tem bom aspecto, veste-se bem, fala bem, parece dialogante... É uma senhora... Tenho esperanças...
De facto a senhora tem boa imagem (não precisava era de tanta maquillage que até lhe escondeu as feições), sorri (sorriso de hospedeira Air France, certo, coisa que a outra nem sabia esboçar), tem desenvoltura no falar (pois, qualidade de político) e até se veste bem (não me refiro à estética, realmente impecável, mas à decência, dado que não se apresentou com um decote indecente como era hábito da anterior ministra - da educação!!!; espero que assim continue, apesar de estar num governo debochado que quer legalizar os chamados «casamentos» de pederastas e fufas).
Mas o essencial da educação não consta no aspecto da senhora. E a preparação da entrevistadora, a crónica Judite, também não ajudou muito a atingir a profundidade na matéria.
Isabel Alçada é um produto das chamadas «novas pedagogias» e delas se tornou industriosa industrial. Isabel Alçada opõe-se ao sistema de ensino clássico, simplesmente clássico mas apelidado de «fascista» pelos comunistas, sendo depois este epíteto papagueado pelos demais «progressistas». No sistema de ensino clássico, como é do senso comum - excepto desses «progressistas» iluminados -, os que tinham mais capacidade aprendiam mais e havia saídas profissionais para todos. Mas Isabel Alçada comunga das teses do cancro pedagógico instalado por Veiga Simão durante o marcelismo e continuado pelo PCP e seus idiotas úteis do PS, PPD e CDS depois do 25A. E assim foi destruído o sistema de ensino clássico, «fascista», e se instalou o vigente, o sistema de ensino «democrático», onde todos aprendem de útil muito pouco e de mau bastante, em desordem e imoralidade e vendendo diplomas para o desemprego.
Perigoso livro fascista de matemática, que pretende impor o conhecimento de cima para baixo, de forma autoritária, sem diálogo com o aluno, criando sérios traumatismos emocionais e cognitivos nas crianças. Autonomeia-se «compêndio», forma repressiva de transmitir o conhecimento.
O sistema de ensino vigente alimenta um complexo pedagogico-industrial, que no futuro esmiuçarei, no qual Isabel Alçada se integra. A industriosa industrial senhora atingiu agora o vértice da pirâmide em termos de carreiras. Parabéns.
De assinalar que, além da indústria das carreiras políticas e «pedagógicas», existe ainda no complexo pedagogico-industrial a indústria académica da «ciência» da «pedagogia», com estudos e mais estudos, experimentações e mais experimentações, inovações e mais inovações, doutoramentos e mais doutoramentos, que credenciam «autoridades» em pedagogia, que por sua vez elaboram a nova «reforma» em cima da «reforma» anterior. E existem ainda as indústrias das ASA, Texto, etc. e a de quem recebe direitos de autor de manuais escolares idiotas do tipo de banda desenhada e cheios de erros científicos e de português.
E assim, aquele ministério da Av. 5 de Outubro, que deveria ser da educação nacional, é um ministério da deseducação e dos arranjinhos de carreiras e negócios, de face às claras, não oculta nem culta (se também tem face oculta nas adjudicações de escolas, isso já não sei).
Livro democrático de matemática, que ajuda o aluno a, ele próprio, construir a matemática, libertando assim toda a capacidade criativa da criança. Desta maneira explode o Tales de Mileto ou o Einstein que existe em cada criança reprimida pela sociedade.
Isabel Alçada apresentou-se na entrevista com a lição bem estudada. Aparente vontade de resolver o irresolúvel dentro do sistema, generalidades, palavras ocas, conceitos e retórica das chamadas «novas pedagogias», a milhas das realidades escolar, literária, científica, profissional, cultural e cívica deste país que se chama Portugal. O tempo vai mostrar que a nova montanha pariu o mesmo rato.
E também vai mostrar que os iguais a ela (comungando dos mesmos princípios pedagógicos) que se vestem de laranja ou azul, percebendo tanto como ela onde está o busílis da questão do ensino, lhe vão dar uma ferroadas parlamentares sobre aspectos de gestão escolar e gestão do sistema irreformável (coitados, não passam daí) para fazerem figura de oposição e constarem no Diário das Sessões.
A este propósito, referindo o passado, alguém poderá explicar quais as diferenças na essência - isto é, na filosofia da educação e em tudo o que daí decorre -, entre Veiga Simão, Vítor Crespo, Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Marçal Grilo, David Justino e qualquer destes dois últimos exemplares de ministras? Ou entre os primeiros Mário Soares, Sá Carneiro, Cavaco, Guterres, Barroso ou Sócrates?
É por isso que Cavaco, para agora meter o nariz na educação, a dar lições de cátedra e supostamente inocente, deveria começar por uma autocrítica. Longa. Muito longa e profunda. Porque, em sede própria, foi alertado para essa sua lacuna cultural e política. Mas nada aprendeu, pois que toda a sabedoria do mundo brotava do Poço de Boliqueime.
Enquanto o PPD e o PP não tiverem gente que entenda o problema da educação na sua profundidade filosófica - como Carlos da Mota Pinto o entendeu -, podem alternar o partido e respectivos figurões no poder mas não alterna o sistema de ensino medíocre e comprometedor do futuro de Portugal.
Heduíno Gomes
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