A Associação Americana de Psiquiatria (APA), publicou recentemente um comunicado assegurando que considera a pedofilia como uma «orientação sexual» dentro da quinta edição do seu Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais (DSM-5) foi um «erro», que será corrigido na edição digital do livro, assim como nas próximas impressões.
No seu comunicado, com o
título «erro no texto de desordem pedofílica será corrigido», a APA referiu que
«a ‘orientação sexual’ não é um termo usado no critério de diagnóstico para a
desordem pedofílica, e o seu uso na discussão do texto do DSM-5 é um erro e
deve ler-se como ‘interesse sexual’. De facto, a APA considera a desordem
pedofílica como uma ‘parafilia’ (uma separação sexual), não uma ‘orientação
sexual’».
«Este erro será corrigido
na versão electrónica do DSM-5 e na
próxima impressão do manual», acrescentou a associação de psiquiatras
americanos.
Entretanto, Mat Staver, presidente e fundador do Liberty Counsel dos Estados Unidos, uma
organização defensora da liberdade religiosa, da santidade da vida e da
família, expressou a sua desconfiança relativamente ao facto de se tratar de um
erro.
Staver
recordou que a APA, ao apresentar o seu manual assegurou que este marcava «o fim
de uma viagem de mais de uma década revisando os
critérios para o diagnóstico e classificação das desordens mentais».
«Claramente, reclassificar-se
a pedofilia foi um mero ‘erro’, teria sido detectado na ‘viagem da década’»,
advertiu o líder pró-família.
Mat
Staver advertiu que «quer se classifique como uma
‘orientação sexual’ ou como um ‘interesse sexual’, qualquer esforço para tornar
a pedofilia legítima dará aos pederastas todos os argumentos que precisam para
remover as leis da idade de consentimento, e assim as
crianças irão sofrer».
O Liberty Counsel qualificou de «não científicas» as mudanças
realizadas nas diversas edições do Manual de Diagnóstico e Estatística das
Desordens Mentais (DSM).
«Na terceira edição do DSM,
a APA disse que aquele que actua segundo a própria atracção sexual pelas
crianças é um pedófilo», recordou a organização defensora da família, referindo
que para a quarta edição do manual psiquiátrico mudou «o critério, dizendo que
a pedofilia era uma desordem só ‘se causasse um mal-estar clinicamente
significativo ou deterioração nas áreas sociais, ocupacionais ou outras
importantes do funcionamento’».
Para o Liberty Counsel, depois dos dez anos que levou a desenvolver este
novo manual psiquiátrico «é difícil aceitar que a sua publicação tenha sido um
equívoco ou um engano».
«É mais provável que o
protesto público tenha ocasionado o recente comunicado de imprensa da APA», acrescentou
a organização.
Mat
Staver advertiu que a Associação Americana de Psiquiatria «perdeu
a credibilidade com este último disparate sobre a classificação para a
pedofilia. A APA viu-se associada a uma agenda política. É difícil ver a APA de
outra forma».
«As implicações de
reclassificar a lei natural, seja para o matrimónio invertido ou para as
relações adulto-crianças, são de longo alcance», indicou.