segunda-feira, 19 de julho de 2010
A poesia e a economia
Fernando Sobral, Jornal de Negócios
A economia não é um predador inclemente. Só o é quando não a entendemos e quando fazemos dela um tubarão digno de um filme de Steven Spielberg.
Há alguns dias Manuel Alegre agarrou na lira e declamou: "Eu não sou economista e sei muito pouco de finanças, mas tenho uma outra visão da economia e não quero na Presidência da República alguém que tenha a superstição dos mercados, que aceite uma posição de subserviência em relação aos mercados, que não diga uma palavra quando o Governo toma uma atitude justa que é a de vetar um negócio que punha em causa grandes interesses nacionais".
É um poema moderno, sem rima, mas que errou no meio e no fim. No fim porque o alvo, Cavaco, já falou para apoiar o veto governamental ao negócio Vivo. E no meio porque, ao afastar do seu mundo lírico a economia, Alegre encerrou a prosa numa jaula, como se fosse um animal feroz.
A economia não é um predador inclemente. Só o é quando não a entendemos e quando fazemos dela um tubarão digno de um filme de Steven Spielberg. Alegre demonstra que não percebe o mundo: este sempre foi feito de créditos e débitos e a própria poesia está cheia desta economia de emoções.
Fazer da sua campanha uma marcha libertadora contra a economia não o levará a lado nenhum. Se olhar para a biblioteca básica da história verá como, de Marx a António Sérgio, a economia foi a poesia das consciências. A cultura nunca viveu num mundo separado da economia: lembre Alegre a Florença dos Médicis ou a Flandres da pintura. Só mais recentemente se achou que eram mundos que viviam de costas voltadas. Fernando Pessoa tinha razão quando dizia: "o poeta é um fingidor". Mas, seguindo a lógica, Alegre é um ficcionista sem noção da realidade.
Companhias apoiantes dos grupos de invertidos
Peter and Paul Ministries
As seguintes conhecidas companhias e organizações apoiam e promovem a perversão da homossexualidade e sodomia ao darem ajuda e financiarem as organizações que promovem a homossexualidade.
Estes grupos e empresas têm uma visão depravada do casamento e da sexualidade.
Esta lista foi elaborada a partir da The Human Rights Campaign, uma organização que promove a homossexualidade.
Apresentamos destacados os que mais operam em Portugal e que merecem o boicote das famílias. Ver em:
Deixem-me ver se entendo...
- Se atravessares a fronteira da Coreia do Norte ilegalmente, és condenado a 12 anos de trabalhos forçados.
- Se atravessares a fronteira iraniana ilegalmente, és detido sem limite de prazo.
- Se atravessares a fronteira afegã ilegalmente, és alvejado.
- Se atravessares a fronteira da Arábia Saudita ilegalmente, serás preso.
- Se atravessares a fronteira chinesa ilegalmente, nunca mais ninguém ouvirá falar de ti.
- Se atravessares a fronteira venezuelana, serás considerado um espião e o teu destino está traçado.
- Se atravessares a fronteira cubana ilegalmente, serás atirado para dentro de um navio para os E.U.A.
Mas, se entrares por alguma fronteira da União Europeia ilegalmente, terás:
- Um abrigo ...
- Um trabalho ...
- Carta de Condução...
- Cartão Europeu de Saúde...
- Segurança Social ...
- Crédito Familiar ...
- Cartões de Crédito ...
- Renda de casa subsidiada ou empréstimo bancário para a sua compra ...
- Escolariedade gratuita ...
- Serviço Nacional de Saúde gratuito ...
- Um representante no Parlamento e no Governo...
- Podes votar, e mesmo concorrer a um cargo público ...
- Ou mesmo fundares o teu próprio partido político !
E por último, mas não menos importante:
- Podes manifestar-te nas ruas e até queimar a nossa bandeira!
E... SE EU TE QUISER IMPEDIR, SEREI CONSIDERADO RACISTA!
SEM DÚVIDA QUE PARECE IRREAL, MAS É A MAIS PURA DAS VERDADES!
- Se atravessares a fronteira iraniana ilegalmente, és detido sem limite de prazo.
- Se atravessares a fronteira afegã ilegalmente, és alvejado.
- Se atravessares a fronteira da Arábia Saudita ilegalmente, serás preso.
- Se atravessares a fronteira chinesa ilegalmente, nunca mais ninguém ouvirá falar de ti.
- Se atravessares a fronteira venezuelana, serás considerado um espião e o teu destino está traçado.
- Se atravessares a fronteira cubana ilegalmente, serás atirado para dentro de um navio para os E.U.A.
Mas, se entrares por alguma fronteira da União Europeia ilegalmente, terás:
- Um abrigo ...
- Um trabalho ...
- Carta de Condução...
- Cartão Europeu de Saúde...
- Segurança Social ...
- Crédito Familiar ...
- Cartões de Crédito ...
- Renda de casa subsidiada ou empréstimo bancário para a sua compra ...
- Escolariedade gratuita ...
- Serviço Nacional de Saúde gratuito ...
- Um representante no Parlamento e no Governo...
- Podes votar, e mesmo concorrer a um cargo público ...
- Ou mesmo fundares o teu próprio partido político !
E por último, mas não menos importante:
- Podes manifestar-te nas ruas e até queimar a nossa bandeira!
E... SE EU TE QUISER IMPEDIR, SEREI CONSIDERADO RACISTA!
SEM DÚVIDA QUE PARECE IRREAL, MAS É A MAIS PURA DAS VERDADES!
O Duque de Bragança ao DN:
«Tornar obrigatório a educação sexual
resume-se a dizer: forniquem à vontade»
No dia em que comemora o seu 65.° aniversário, a cinco dias de celebrar sessenta anos do fim do banimento da família real do território nacional, por decreto de Salazar, e em ano de centenário da implantação da República, o herdeiro dos reis de Portugal comenta a situação do País.
Convidado a falar sobre Educação e questionado sobre se «o País está mais preocupado com as causas fracturantes do que com a realidade», o Duque não tem dúvidas.
«Claro ! Tornar obrigatório o ensino da educação sexual resume-se a dizer: forniquem à vontade, divirtam-se, façam o que quiserem mas com higiene. Praticamente é só isso, em vez de dar referências éticas e morais em relação ao desenvolvimento de uma sexualidade saudável. Ao mesmo tempo, desencorajam-se as aulas de educação moral e estamos a dizer que a moral não tem importância, que só a sexualidade livre é fundamental para a felicidade dos portugueses».
Passos Coelho: o verniz eleitoralista
e as fantásticas histórias da Carochinha
Heduíno Gomes
PPC abre a boca e sai mais uma história eleitoralista. O seu objectivo é sempre agradar a todos.
Ora vejam bem.
PPC quer que a Caixa Geral de Depósitos seja um banco de desenvolvimento. E assim ele agrada aos empresários que necessitam de apoio financeiro. Mas, agradando aos seus patrões que querem dela tomar posse, quer privatizá-la. Que autoridade tem um governo para ditar a missão a um banco privado? Fantástica história da Carochinha!
PPC, concordando com o consenso geral dos economistas, diz que é preciso reduzir a despesa do Estado. Mas diz que não vai reduzir o funcionalismo público – o que não seria eleitoralista em relação ao monstro criado por Cavaco; diz então que conseguiria essa proeza fazendo reduções em itens que pouco contam para o totobola, como apoios a falsos carenciados, comunicações e outras ridicularias. Fantástica história da Carochinha!
PPC, concordando com o consenso geral dos economistas, diz que é preciso reduzir rapidamente a despesa do Estado. Mas diz que o seu plano é de passá-la de 52% do PIB para 42% em duas legislaturas, isto é, 8 anos (aliás, ele falou primeiro em 10 anos e depois precisou para duas legislaturas). Fantástica história da Carochinha!
PPC diz qualquer coisa ao sabor das circunstâncias e das plateias.
Confiem nele e depois digam que não vos avisaram!
domingo, 18 de julho de 2010
O livro da Sinistra
Santana Castilho, Público
No livro que acaba de lançar, Maria de Lurdes Rodrigues cita Max Weber para justificar a sua acção política, movida, diz ela, pela “ética das convicções”. Atentem, generosas leitoras e leitores, ao naco de prosa que a ex-ministra escolhe para caracterizar quem tem vocação para a política (no caso, ela própria):
“… Só quem está certo de não desanimar quando … o mundo se mostra demasiado estúpido ou demasiado abjecto para o que … tem a oferecer … tem vocação para a política …”
(in “A Escola Pública Pode Fazer A Diferença”, p. 18)
Freud ensinou-nos que nenhuma palavra ou pensamento acontecem por acidente. Uma coisa são os erros comuns, outra, os actos falhados. É falhado o acto que leva Maria de Lurdes Rodrigues a citar, assim, Weber, para justificar a sua acção política. E fez tudo o que fez, confessou-nos no circo do lançamento, com grande alegria, qual pirómana que se baba de prazer ante as cinzas da escola pública que deixou.
Eis as entranhas de uma coisa que não é pessoa, que não tem alma, e que não aguenta mais que 18 páginas para dizer, de modo obsceno, o que pensa dos que esmagou com sofrimento.
O livro é híbrido e frio, como a autora. É um relatório factual e burocrático sobre as suas tenebrosas medidas de política educativa. A excepção a este registo está na introdução, um arremedo ensaísta de alguém que chegou a ministra sem nunca ter percebido o que é uma escola e para que serve um sistema de ensino. Permitam-me duas notas factuais a este propósito e a mero título ilustrativo:
1. A autora introduz, como grande tema de debate sobre políticas educativas, o nível de conhecimentos adquiridos na escola. Interroga-nos assim: “… Os adultos que fizeram a quarta classe da instrução primária no tempo dos nossos avós sabiam mais do que os jovens que hoje concluem o 9º ano? …” (obra citada, p. 11). A questão é intelectualmente pouco honesta. Porque compara 4 anos de escolaridade com 9. Porque é formulada por alguém que contribuiu definitivamente para que não se possam hoje comparar resultados escolares, coisa que, apesar das dificuldades, se podia fazer na época a que alude.
2. A ex-ministra diz que não fez uma reforma da educação, que tão-só concebeu e aplicou medidas. Se é surpreendente o conceito (“reforma” foi palavra-chave citada até à exaustão na vigência do Governo que integrou), entra em delírio surrealista quando escreve (p.15): “… Não se pode considerar que o conjunto das medidas configurem uma reforma da educação, porque de facto não foi introduzida uma mudança nos princípios de funcionamento do sistema educativo, ou uma mudança na sua estrutura e organização …”. Não mudou princípios de funcionamento do sistema educativo, nem mudou a sua estrutura e organização? E os estúpidos somos nós? Enxergue-se e tenha decoro.
Segue-se o Diário da República narrado aos papalvos por 20 euros e 19 cêntimos. Registam-se apoios, listam-se colaboradoras e colaboradores e referem-se reuniões. Nenhuma dúvida, nenhum apreço pelo contraditório que lhe foi oposto, muito menos qualquer riqueza dialéctica. Um deserto, numa imensa auto-estrada de propaganda.
Ao longo dos últimos 5 anos, fundamentei nesta coluna de opinião a oposição a cada uma das 24 medidas que o livro distingue, pelo que tão-só recordo as mais emblemáticas das que a autora refere: a aberração pedagógica e social, que nacionalizou crianças e legitimou a escravização dos pais, baptizada como “escola a tempo inteiro”; o logro do ensino profissional (Maria de Lurdes fala de 28 000 alunos em 2005, para dizer que os quadruplicou em 2009. Mas conta mal. No ano- lectivo de 2004-05 tinha 92 102 alunos no conjunto dos cursos que ofereciam formação profissional); a demagogia de prolongar para 12 anos o ensino obrigatório (na Europa a 27 só 5 países foram por aí) sub-repticiamente sustentada pela grosseira manipulação estatística que lhe permite afirmar que no ensino secundário temos um professor para cada 8,4 alunos (p.90), pasmem quantos conhecem a realidade; a insistência no criminoso abandono de milhares de crianças com necessidades educativas especiais, por via da decantada aplicação da Classificação Internacional de Funcionalidade; a engenharia financeira e administrativa (depois veremos onde nos conduzirá), que está a transferir para a propriedade de uma empresa privada, por enquanto detida pelo Estado, todo o património edificado; e, “the last, but not the least”, a fraude pedagógica imensa que dá pelo nome de Novas Oportunidades, forma de diplomar a ignorância na hora, gerando injustiça e semeando ilusões.
Na cerimónia do lançamento do livro que acabo, sumariamente, de analisar, Sobrinho Simões, um cientista de grande gabarito e um homem de muitos méritos, referiu-o como “o mais sólido”que leu até hoje. Quem dedicou a vida a combater o cancro com o rigor da ciência, não podia, estou seguro, afirmar o que afirmou, se tivesse analisado a produção técnica e legislativa que sustenta a racionalidade do livro que elogiou. Mas a vida actual é assim. Muitos sucumbem, adaptando-se a esta sociedade doente. Continuo felizmente de saúde. Por isso choro quando vejo cair os melhores.
Só me faltava esta:
Ração de Combate «Made in Spain»!...
Enviado por A. R.
Ajuda das Forças Armadas Portuguesas à economia Espanhola. Realmente, esta é de bradar aos céus. A Manutenção Militar é para extinguir, não é?
A ração de combate das Forças Armadas Portuguesas é fornecida por uma empresa espanhola. E é de uma pobreza franciscana. Sem qualidade.
Um roubo e uma afronta aos militares portugueses.
O Governo Português deixa na mão de uma empresa espanhola até a "ração de combate individual do militar português".
Quem serviu as Forças Armadas sabe que na semana de campo todos os militares comem a "ração de combate".
O que é a ração de combate?
A ração de combate é uma embalagem na qual estão contidos os alimentos para um dia de cada soldado: o pequeno almoço, o almoço, o jantar.
A ração de combate agora, "NATO APROVED", é composta por leite em pó, sardinhas em conserva, chocolate, gomas para o stress, café em comprimidos ou em pó, fósforos, doces, marmelada, uma lata de carne – por exemplo jardineira - uma lata de feijoada, açúcar, pastilhas para purificar água, lenços de papel, dispositivo para aquecer os alimentos, saco de plástico para juntar os resíduos, sumo de laranja, sumo de ananás, bolachas sem sal, sal.
Na guerra do Ultramar, cada militar tinha por dia uma ração de combate.
Hoje os soldados portugueses no Afeganistão, na Bósnia, e noutros teatros de operações militares, têm uma ração de combate por dia.
Pois bem, as rações de combate dos militares portugueses são fornecidas pela empresa espanhola JOMIPSA-Partida del Salt S/N- San Juan de Alicante - 03550 Alicante - Espanha!!!
Na ração de combate temos os seguintes alimentos:
1 - Jardineira de vaca .- das Conservas Huertas S C/Cervantes Malagan (C.Real) España - que nem carne tem, mas antes ervilhas feijão verde ou harricot, bocadinhos de cenoura e dois , no máximo, bocados de carne:
2 - Leite "demi-écrémé" para dissolução instantânea com 15 gr de PL, fabricado em França;
3 - Dois pacotes de açucar da Mama Inés; um pacote de sumo de ananás da Mama Inés; um pacote de sumo de laranja da Mamá Inés, tudo farbricado pela JOMIPSAA (Espanha);
4 - Uma lata de sardinhas em conserva produzida pela JOMIPSA;
5 - Um conjunto de pastilhas para fazer fogo, fabricado pela Minigrip que parece ser francesa;
6 - Um pacote de doce de morango fabricado pela empresa Memarillo el Quijote ,SA (Espanha);
7 - Três pacotes de bolachas sem sal, Sweet Biscuit, fabricado pela empresa José Miguel Pontevedra SA (JOMIPSA) (Espanha);
8- Guardanapos de papel fabricados por B-60837192 Campello (Alicante - Espanha);
9 - Dois pacotes de café instantâneo fabricados pela Mama Inés (JOMIPSA - Espanha);
10 - Dois pacotes de sal fabricados pela JOMIPSA - Espanha;
11 - Uma lata de paté de fígado fabricado pela empresa Alimentos Preparados Naturales, SA, de Los Yebenes - Toledo - Espanha;
12 - Uma lata de "Rancho Viseu" fabricado pela empresa Conservas Huertas SA, C/Cervantes (C. Real) Espanha.
A ração de combate é miserável em termos de conteúdo e qualidade.
E não há um único alimento português!
Mas mais miserável é as forças armadas portuguesas estarem nas mãos de Espanha, até na questão das rações de combate.
Isto é um nojo!
Em, primeiro lugar se houver guerra ela será com Espanha, como sempre foi.
Franco tinha estudos para a invasão de Portugal;
Depois do 25 de Abril Espanha propôs aos EUA invadir Portugal;
O nosso inimigo potencial é sempre Espanha.
Menos para Sócrates que não deve saber História ou então está a fazer o frete à Maçonaria Internacional que quer anexar Portugal à Espanha.
Esta questão das rações de combate prova bem a porcaria onde os portugueses estão metidos.
Cavaco Silva sabe isto?
Então as Forças Armadas Portuguesas dependem de Espanha nas rações de combate?
A Manutenção Militar já não é capaz de produzir rações de combate com comida portuguesa, saborosa?
Vamos imaginar que amanhã Espanha voltava a invadir Portugal.
Os soldados portugueses dependiam de Espanha para comer!
Isto é um nojo!
Não me venham com contratos internacionais e liberdade de contratação na União Europeia.
Há matérias em que não pode haver liberdade de negociação, antes reservas estratégicas de soberania, que os tratados da União Europeia permitem.
Porque Portugal nestas questões estratégicas, de defesa nacional, de dignidade nacional, nunca pode ficar na mão de Espanha, nem de ninguém.
Uma vergonha!!!
Até as Forças Amadas Portuguesas estão na mãos de Espanha para efeitos de intendência!?
Que porcaria de políticos temos?
E qual o controlo que faz Cavaco Silva?
O que faz José Sócrates?
Nunca devemos dizer: Espanha-Espanha-Espanha!
D. Afonso Henriques; Nuno Álvares Pereira, D. João I; D. João II, D. João IV, roem as unhas nos túmulos ao ver tanta trampa que cresce em Portugal!
Fora com esta gente!
Quem foram os responsáveis militares que aceitaram isto? Quem foram os políticos que permitiram este avilte?
Algum general viu o conteúdo da jardineira de vaca da ração de combate, ou fui eu que tive azar e me calhou - pedi uma ração de combate para analisar - só ervilhas?
Tal sogro, tal genro...
Extraordinário o argumento do «amor»!!!
Excerto de entrevista ao Expresso de Luís Montez, genro de Cavaco Silva e co-responsável na rádio pela abundante promoção da contracultura relativista e decadente. Que grande coincidência!
Ficou espantado por Cavaco Silva ter promulgado a lei do casamento dos homossexuais? Tinham falado sobre isso?
A lei iria ser aprovada de qualquer maneira. Não discuto essas decisões com ele. O Parlamento decidiu, e acho que tem de se respeitar essa decisão. Não fiquei espantado, contava com isso. Ele é um democrata.
E o que pensa disso?
Eu sou pelo amor. O mais importante é que as pessoas que se amam estejam juntas, e já agora legalmente, se lhes interessar.
Um país agarrado ao Estado
Camilo Lourenço, Jornal de Negócios
Rui Horta, coreógrafo de nomeada, criticou ontem violentamente (na Antena Aberta da RTP N) os cortes de verbas no Ministério da Cultura.
Horta considerou os cortes não democráticos por não terem sido discutidos previamente com as forças vivas do sector. E, para que não restassem dúvidas quanto ao papel da Cultura na Economia, lembrou que se trata de actividades prosseguidas pelo sector privado, não pelo Estado. A esta altura da conversa, eu, entusiasmado, dei por mim a comentar: "Querem ver que o modelo de negócio da Cultura mudou?" Mas a esperança foi sol de pouca dura. Porque de seguida Horta meteu a pata na poça, ao admitir que os subsídios (ou será financiamentos? Ou apoios? Ou ajudas...?) valem "apenas" 40% do sector. Apenas...!
Rui Horta é uma belíssima imagem do Portugal que somos: não há sector que viva sem a ajuda do Estado. Uns de forma explícita, outros mais discretos. Mas todos contam, na boa tradição salazarista, com a sua mão providencial.
Mas não é apenas na subsídio-dependência que Horta se revela o espelho do País. A sua ideia de que o Estado devia ter negociado os cortes, antes de os anunciar, mostra bem porque não saímos da cepa torta. Imagine, caro leitor, se a ministra tivesse ouvido cada "parceiro" da Cultura para saber onde cortar. "Not in my backyard" teria sido a resposta.
É provável que Horta não saiba que é o "complexo de negociação" (leia-se cedência às corporações) que explica a extraordinária engorda do Estado nos últimos 25 anos; e que é essa gordura que explica os (elevados) impostos que pagamos. Mas alguém lhe devia explicar, caramba.
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