sábado, 26 de maio de 2012

As rendas excessivas do ministro «iluminado»

António CostaDirector do Diário Económico
Álvaro Santos Pereira revelou-se «iluminado». No dia em que anunciou cortes de 1.800 milhões de euros até 2020 nas rendas excessivas pagas às produtoras de electricidade, sentenciou, ao jeito de Manuel Pinho, que «o apagão durou décadas. Agora é que se fez luz».

O dossier das rendas excessivas era (e é) explosivo, por razões políticas e económicas. É bom recordar que a primeira baixa no Governo de Pedro Passos Coelho foi precisamente por causa dos apoios e subsídios diversos de que beneficiam as eléctricas, e não só a EDP, como nos quis fazer crer Henrique Gomes. Paradoxalmente, a sua demissão contribuiu mais para a mediatização do tema do que a sua acção política, dominada por um objectivo (leia-se talvez obsessão), a de pôr António Mexia na ordem, o que quer que isto signifique. Não o conseguiu, mas deixou um legado ao Governo, e ao seu sucessor, Artur Trindade. E, implicitamente, duas perguntas, que são uma espécie de exame ao acordo ontem relevado.

A factura de electricidade vai baixar a partir de 2013? O ministro dá uma meia-resposta, a que pode tendo em conta a informação que tem à data de hoje. O aumento das tarifas seria exponencial se nada fosse feito, 5% ao ano até 2020, e o défice tarifário que é hoje de três mil milhões de euros, atingiria os cinco mil milhões.

No entanto, Álvaro Santos Pereira omite uma informação relevante para analisar o pacote de medidas ontem anunciadas, suspeito porque fazia parte da narrativa do Governo, incluindo do próprio primeiro-ministro. A partir de 2013, quem ditará a evolução das tarifas será o mercado, isto é, desde logo a evolução dos preços do petróleo, como sucede hoje na factura que pagamos de gasolina. A que se somarão os sobrecustos das chamadas rendas excessivas.

Segundo Passos Coelho, os aumentos das tarifas por causa das rendas excessivas estariam limitados a 2% ao ano e o défice tarifário ficaria a zeros em 2020. A nenhuma o ministro respondeu.

O Governo conseguiu ‘dobrar' a EDP, António Mexia e os novos accionistas chineses? A companhia foi obrigada a comunicar ao mercado e aos seus accionistas os efeitos deste plano nas suas contas. E, do que foi anunciado, as medidas com impacto no balanço da EDP limitam-se a 1% do EBITDA e a 2,5% dos lucros por acção por ano. Sabe a pouco. Talvez por isso mesmo, a China Three Gorges, que já tinha prometido esperar pelo pacote energético antes de pagar a totalidade dos 21,35% do capital da EDP, assinou o cheque na passada sexta-feira.

Ainda assim, os valores revelados pela própria EDP ao mercado revelam que Álvaro Santos Pereira conseguiu o equilíbrio possível, tendo em conta que no caso dos CMEC, que regulam o acordo com a empresa de Mexia, existe um contrato que teria necessariamente de ser negociado. E foi, à meia-luz.

Tudo somado, o Governo fez o que nenhum outro tinha feito. Cortar 1.800 milhões de euros de apoios às produtoras eléctricas até 2020 corresponde a poupar às famílias e às empresas o pagamento de 1.800 milhões de euros na factura de electricidade. Revela a participação das empresas neste esforço. E tem também a virtude de tornar previsível, para os consumidores e para as empresas, o quadro regulatório e tarifário nos próximos oito anos. Todos ganhamos.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O absurdo de um mundo às avessas


maternidade
Médico que falha aborto é condenado a ajudar no sustento da criança até chegar aos 25 anos

Tudo começou, em Abril de 2010, quando uma mulher decidiu fazer um aborto numa clínica de Palma de Mallorca. Tudo indicava que a cirurgia tinha corrido bem. Inclusive, durante um exame ginecológico, feito duas semanas mais tarde, o médico assegurou-lhe que já não estava grávida.

Este facto foi desmentido três semanas mais tarde, quando a mulher voltou à mesma clínica por achar que estava de esperanças outra vez. Por surpresa, a jovem de 22 anos não só soube que estava à espera de bebé, como descobriu que se tratava do mesmo bebé que pensava ter tirado.

Entretanto, já se tinham passado 22 semanas e já não podia interromper a gravidez, uma vez que a lei espanhola só permite o aborto até à sétima semana de gestação. Resultado: o bebé acabou mesmo por nascer e tem, neste momento, pouco mais de ano e meio.

A mãe processou o médico e, numa sentença inédita, o tribunal de Palma de Mallorca condenou-o, assim como ao hospital e às seguradoras envolvidas, a indemnizar a jovem em 150 mil euros, por danos morais, e ainda a cuidar financeiramente da criança até que cumpra 25 anos de idade.

Com tudo isto, a mulher vai receber uma mensalidade de 978 euros para ter meios de cuidar do filho, durante um quarto de século.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

TDT - A vergonha nacional... sabiam disto?



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«TDT é um imposto disfarçado para ver televisão».
Ontem, num debate proposto pelo PCP sobre a TDT (Televisão Digital Terrestre) ficou provado, mais uma vez, que podíamos ter muitos mais canais gratuitos e não uns míseros 4 canais.

Esta operação foi um tremendo negócio para a PT.

Curiosidade: Alemanha tem 20 canais gratuitos; França tem 29 canais gratuitos; Espanha tem 20 canais gratuitos; Itália 27 tem canais gratuitos; Reino Unido tem 38 canais gratuitos.
O Governo podia ter incluído mais canais, mas não o fez para manter o negócio de alguns «tubarões»...
ESTAMOS A SER ROUBADOS. PARTILHEM!

Manifesto assinado por Álvaro Araújo Pereira


Não sou Funcionário Público, mas o Estado trata-me como se eu o fosse, enquanto REFORMADO.

Dizem que os Reformados não têm poder de contestação, que de nada lhes serve tomar uma atitude contestatária (uma GREVE deles é inconsequente por não afectar nada nem ninguém).

Eu não estou de acordo! E como tal, decidi tomar uma posição que traduzo no seguinte:

MANIFESTO

Considerando:

1. Que me foram retirados o 13º e 14º mês até 2018;

2. Que me reduziram a Reforma para a qual fiz descontos milionários durante uma vida de trabalho;

3. Que me foram aumentados os descontos para o IRS, o IMI, no Consumo de Electricidade, da Água e do Gás, para a “Compensação aos Operadores” respectivos (EDP, Tejo Energia e Turbo Gás) , para o Investimento das Energias Renováveis, para os custos da Autoridade da Concorrência e da ERSE, na Alimentação, na taxa de Esgotos, para a Utilização do Subsolo, para a Rádio, para a Televisão, para a TNT, para a Harmonização Tarifária dos Açores e Madeira, Rendas de Passagem pelas Autarquias e Munícipes, para o auxílio social aos calões que recebem indevida e impunemente o RSI (Rendimento para a Inserção Social), para pagamento dos cartões de crédito de políticos, para as portagens nas SCUTS e aumento nas auto-estradas, para a recuperação de BPNs, para que os Dias Loureiros, os Duartes Limas, os Isaltinos de Morais e quejandos depositem as minhas economias em nome deles em offshores, para as novas taxas de Apoio Social, para as remodeladas Taxas de Urgência nos Hospitais Civis, para as asneiras provocadas pelas ideias megalómanas de políticos incompetentes que criaram auto-estradas sem trânsito, para as Contrapartidas e Compensações a Concessionários de diferentes estruturas, para pagamento das dívidas às Parcerias Público-Privadas durante 50 anos ou mais, etc., etc., etc., tudo recheado com 23% de IVA (por enquanto);

4. Que, cada voto que um cidadão deposita na urna eleitoral, para além de pôr no poleiro os espertalhões que os (se) governam, representa um óbolo igual a 1/135 do salário mínimo nacional (actualmente em €485,00) a reverter para os seus cofres (1 voto = €3,60), a que acrescem as subvenções às campanhas e verbas para os grupos parlamentares.

(Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais: Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro (Declaração de Rectificação n.º 4/2004, de 9 de Janeiro), Lei n.º 64‐A/2008, de 31 de Dezembro1 e Lei n.º 55/2010, de 24 de Dezembro).

5. Que esse valor é atribuído pelos quatro anos de legislatura, o que significa entregar aos partidos votados o quadruplo dessa importância (€14,40), atingindo uma despesa superior a 70 milhões de euros;


6. Que, no caso dos votos em branco ou nulos, essa valia é distribuída por todos os partidos concorrentes às eleições;

7. E que, se eu me abstiver de votar, não há montante a ser distribuído pelos partidos concorrentes às eleições,

Eu, ARTUR ÁLVARO NEVES DE ALMEIDA PEREIRA, cidadão de pleno direito, com o BI 1158208 e o NIF 21934322, com todos os impostos pagos e ainda credor do Estado por taxação indevida e não devolvida em sede de IRS, embora prescindindo de uma liberdade coarctada durante quase 40 anos e restituída em 25 de Abril de 1974, decido que, dependendo do cenário político-económico, meu e do meu país, entrarei em GREVE DE ELEITORADO, e

SUSPENDO O MEU DIREITO DE VOTO ATÉ 2018!

A transparência do liberal Carlos Moedas



Os arautos da transparência, têm como adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, que se veio agora a saber ter 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação, tendo tido como sócios, Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.

Como clientes tem a REN, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros entre outros.

Nada obsceno para quem é adjunto de PPC !!!

E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para «oferecer»o bolo inteiro à mulher???!!!! Diz ele à Sábado.

Não esquecer ainda que o Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.

Também o António Borges é outro ex- dirigente do Goldman e que agora está a «orientar» as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.

Adoro estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios.

...e que negócios...

Escândalo na solidariedade

É triste, mas é bom saber...

Porque é que os madeirenses receberam 2 milhões de Euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado era de 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880 mil € ?

POIS É.... EM PORTUGAL ATÉ A SOLIDARIEDADE DOS PORTUGUESES SERVE PARA FAZER NEGOCIATAS...

A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.

Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 + IVA. São 0,72 no total.

O que por má-fé não se diz é que o donativo que deverá chegar (?) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50.

Assim oferecemos 0,50 a quem carece,   mas cobram-nos 0,72, mais 0,22 ou seja 30 %.

Quem fica com esta diferença?

1º - a PT com 0,10 (17 %) isto é a diferença dos 50 para os 60.

2º - o Estado 0,12 (20 %) referente ao IVA sobre 0,60.

Numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.

A RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado já atingiu os 2.000.000 de euros.

Esqueceu-se de dizer que os generosos pagaram mais 44 % ou seja mais 880.000 euros divididos entre a PT (400 mil para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480 mil para ajuda ao reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas que por lá andam).

A PT cobra comissão de quase  20 % num acto de solidariedade!!!

O Estado faz incidir IVA sobre um produto da mais pura generosidade!!!

ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA DE ALGUNS CANALHAS QUE ROUBAM O POVO SOB A CAPA DA SOLIDARIEDADE. É BOM QUE O POVO SAIBA QUE ATÉ NA CONFIANÇA SOMOS ROUBADOS. QUANDO QUEREMOS AJUDAR OS OUTROS, SOMOS ROUBADOS!!!

ISTO É UM ASQUEROSO ESBULHO À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE DO POVO PORTUGUÊS!!!

NÃO COLABORE NESTAS CAMPANHAS, CASO NÃO SEJA ESCLARECIDO CABALMENTE QUE OS"DONATIVOS" ESTÃO ISENTOS DE IMPOSTOS E DE TAXAS OU COMISSÕES, BEM COMO NÃO CONTRIBUEM (SEM RETORNO SOLIDÁRIO) PARA O AUMENTO DOS NEGÓCIOS DOS GANANCIOSOS GESTORES...