sábado, 31 de outubro de 2009

O «patriota» e «historiador» esperto Madail

Na apresentação da candidatura iberista da bola, pretendendo realçar uma suposta grande proximidade entre Portugal e Castela (que protagoniza o Estado espanhol), exclama o parolo (pensando que é esperto) Gilberto Madail, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol: os nossos dois países estão «entrelaçados pela história».

A que laços que nos «entrelaçam» se referirá este historiador de meia-bola?
A Aljubarrota?
À ocupação filipina de 60 anos?
À Guerra da Restauração de 28 anos que deveriam envergonhar os abrilistas cansados de 14 anos de guerra suave?
À Guerra das laranjas do Godoy e da rainha espanhola sua amante?
À ocupação de Olivença desde 1801 e que recusam devolver apesar do Tratado de Viena de 1815?
À Guerra Peninsular ao lado de Napoleão visando esquartejar Portugal?
Ao apoio de Afonso XIII aos arruaceiros republicanos para desestabilizar Portugal?
Ao plano de Franco nos anos 20 do séc. XX para ocupar Lisboa?
Aos planos quer falangistas quer republicanos para anexarem Portugal, aqui pertinho no tempo, em 1936-1939, plano que Salazar sabiamente soube furar?
Ao desejo traumático de anexação que perdura nos castelhanos?

Madail só tem uma atenuante: é ignorante destas coisas, como, aliás, a maioria dos Portugueses o são. Por isso faz diplomacia paralela irresponsável e repete frases feitas, idiotas, que ouve a outros como ele.

Heduíno Gomes
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Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Peninsular e outros episódios da História de Portugal em Wikipédia.

Guerra Peninsular














Monumento aos heróis da Guerra Peninsular.

A chamada Guerra Peninsular sucedeu no início do século XIX, na Península Ibérica, integrando o evento mais amplo das Guerras Napoleónicas. Envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França, com repercussões além da Europa, na independência da América Latina.

A Guerra Peninsular entre 1807 e 1814, tem uma sequência de eventos envolvendo a península que remontam à Campanha do Rossilhão (1793-95), quando tropas de Portugal reforçam as da Espanha, integrando a primeira aliança liderada pela Inglaterra contra a França revolucionária.

A partir da ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder (1799), a Espanha alia-se à França para, por meio da invasão e da divisão de Portugal entre estes, atingir indirectamente os interesses comerciais do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda (Guerra das Laranjas, 1801).

Em Julho de 1807, com os acordos secretos de Tilsit, vai no entanto abrir-se um novo capítulo na guerra europeia. Em Agosto, enquanto Napoleão faz concentrar tropas em Baiona para a invasão de Portugal, os representantes da França e de Espanha em Lisboa entregaram ao príncipe regente de Portugal, dom João, os seus "pedidos": Portugal teria que se juntar no bloqueio continental que a França decretara contra a Inglaterra; fechar os seus portos à navegação britânica; declarar a guerra aos ingleses; sequestrar os seus bens em Portugal, e prender todos os ingleses residentes.

Em 5 de Setembro de 1807, o general Andoche Junot está já em Baiona a cuidar dos últimos preparativos das tropas que irão invadir Portugal[1], antes de obter uma resposta definitiva do príncipe regente de Portugal, e antes mesmo de Napoleão assinar o Tratado de Fontainebleau com a Espanha (27 de outubro de 1807), no que parecia ser o projecto de uma repartição do território português em três novas unidades políticas:

Lusitânia Setentrional - território entre o rio Minho e o rio Douro, um principado a ser governado pelo soberano do extinto reino da Etrúria (então Maria Luísa, filha de Carlos IV de Espanha);

Algarves - região compreendida ao sul do Tejo, a ser governada por Manuel de Godoy, o Príncipe da Paz, primeiro-ministro de Carlos IV, com o título de rei; e

Resto de Portugal - território circunscrito entre o rio Douro e o rio Tejo, região estratégica pelos seus portos, a ser administrada directamente pela França até à paz geral.

Tornando aparente à Espanha querer cumprir o Tratado de Fontainebleau, Napoleão ordena a invasão de Portugal, iniciando o que se denomina por Guerra Peninsular (1807-1814), cuja primeira parte é conhecida como invasões francesas a Portugal.

Sem complexos nem preconceitos

CARTA DO CANADÁ SOBRE A PESSOA SARAMAGO

Sem complexos nem preconceitos



Fernanda Leitão

Seguramente, foi em 1959 que assentei arraiais na Brasileira do Chiado, no grupo pontificado por Tomaz de Figueiredo, Jorge Barradas, Abel Manta e Almada-Negreiros, onde fui dar pela mão de artistas plásticos cujo vasto atelier passou a ser, também, meu poiso habitual. Meu E de muitas outras pessoas.

Em tardes de Inverno, com a lareira acesa e tomando chá, por ali passava a dizer poemas Vasco Lima Couto e, a inundar o espaço com a sua voz inesquecível, Eunice Muñoz. Gente do teatro, do cinema, da música, das artes plásticas, do jornalismo, das letras, ali conviviam com serenidade e gosto.

A escritora Isabel da Nóbrega começou a ser habitual e depressa se tornou uma amiga dos donos do atelier. Senhora de bom berço e fino trato, inteligente e culta, bem instalada na vida, caiu numa cilada do demónio. Apaixonou-se por um zé-ninguém, nem sequer bonito, muito menos simpático e bem educado, que olhava tudo e todos de nariz empinado, numa pseudo-superioridade de quem tem contas a ajustar com a vida, quezilento e muito chato. Falava como um pregador de feira e era intragável. Mas, em atenção à Isabel, lá íamos aturando o José Saramago.

Para mim, que sou péssima, foi ponto assente: aquele não a ia fazer limpa, era um depósito de ódio recalcado. Foi por isso que não me admirei nada quando o vi director do Diário de Notícias, a mando do Partido Comunista, onde, da noite para o dia, lançou ao desemprego 24 jornalistas, dos da velha escola, dos que escrevem com pontos e vírgulas, deixando-os, e às famílias, sem pão. Também não fiquei minimamente surpreendida quando soube que abandonou Isabel da Nóbrega, que tanto fez por ele, para alvoroçadamente casar com uma espanhola que foi freira e tem vastos conhecimentos no mundo da política e das letras. Para mim, estava tudo a condizer com a figura.

Cá de longe soube que publicava livros e vendia muito. Não me aqueceu nem arrefeceu, porque nunca li nada escrito por ele nem tenciono perder tempo com isso. Não me apetece, e está tudo dito. Nem o Nobel que lhe deram me impressionou, porque já vi o Nobel ser dado sem critério algumas vezes. Acho mesmo que o prémio está a ficar muito por baixo.

E agora, o homenzinho da Golegã a chamar nomes a Deus, a insultar a Bíblia nuns raciocínios primários de operário em roda de tasca. Dizem que o fez por golpe publicitário. Talvez. Acho que é capaz disso e de muito mais. No entanto, creio que, no meio do aranzel, apenas houve uma pessoa que lhe fez o diagnóstico certo: António Lobo Antunes, numa magistral entrevista dada à RTP, há dias, respondeu a Judite de Sousa, que o interrogava sobre as tiradas de Saramago, que essas vociferações contra Deus lhe tinham feito medo. E adiantou: «tenho medo de chegar à idade dele assim, sem senso crítico». Está tudo dito. É mais um como há tantos anciãos de tino perdido em Portugal. É deixá-lo andar. A mim tanto se me dá.

Cristãos são os mais discriminados no mundo, denuncia Santa Sé na ONU

O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, D. Celestino Migliore, denunciou na assembleia geral deste organismo que "se documentou com suficiência que o cristão é o grupo religioso principalmente discriminado" no mundo.

"Com o aumento da intolerância religiosa no mundo, documentou-se com suficiência que os cristãos são o principal grupo religioso discriminado. O seu número calcula-se em mais de 200 milhões, de diversas confissões, que se encontram em situações de dificuldade devido às estruturas legais e culturais que levam à sua discriminação", indicou Dom Migliore ao intervir na 64ª Assembléia Geral da ONU.

Dom Migliore constatou que o direito à liberdade religiosa, apesar das declarações da comunidade internacional assim como sua presença na constituição da maioria dos estados, continua violado.

Conforme informou a Rádio Vaticano, o Arcebispo explicou que "durante os últimos meses em alguns países asiáticos e do Oriente Médio viu-se comunidades cristãs atacadas, deixando muita destruição e morte. Igrejas e lares foram arrasados.

A Turquia já não é um aliado do Ocidente


Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Turquia e da Síria encontraram-se em Aleppo, em Outubro de 2009.

«Não há dúvidas de que ele é nosso amigo», dizia o primeiro ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, referindo-se ao presidente do Irão Mahmoud Ahmadinejad. Estas declarações ultrajantes mostram a profunda mudança na orientação do governo turco, há seis décadas o maior aliado muçulmano do Ocidente, desde que o partido AK de Erdogan's subiu ao poder em 2002.

Vários eventos ao longo deste mês revelam a extensão desta mudança. O primeiro foi em 11 de Outubro com a notícia de que as forças armadas turcas - um antigo bastião do secularismo - limitaram a participação das forças da NATO em manobras.

Ministros dos governos turcos e sírios encontraram-se na cidade fronteiriça Öncüpinar e simbolicamente levantaram uma barra que divide os dois países, em 13 de Outubro.

Barry Rubin do Centro Interdisciplinar em Herzliya sustenta que as forças armadas da Turquia já não defendem a república secular e já não podem intervir quando o governo se tornar islâmico.

Dois dias depois, 13 de Outubro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria Walid al-Moallem anunciou que forças turcas e sírias acabaram «de realizar manobras perto de Ancara

Dez ministros turcos, liderados por Davutoglu, juntaram-se aos seus colegas sírios em 13 de outubro sob os auspícios do recém estabelecido «Conselho de Cooperação Estratégica de Alto Nível Turquia-Síria». Os ministros anunciaram terem assinado cerca de 40 acordos a serem implantados no prazo de 10 dias; que «será realizado um exercício militar terrestre maior e mais abrangente» do que o primeiro ocorrido em Abril e que os líderes dos dois países assinarão um acordo estratégico em Novembro.

Entretanto, círculos oficiais no Ocidente parecem praticamente alheios a esta monumental mudança na lealdade turca ou de suas implicações.

O preço pelos seus erros logo ficarão evidentes.

Associação Juntos pela Vida patrocina processos contra o Estado

No Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama (30 de Outubro) queremos recordar o seguinte:

1. Em 1986 uma equipa de cientistas escreveu que "o aborto provocado antes da primeira gravidez levada a termo aumenta o risco de cancro da mama". ("Induced abortion before first term pregnancy increases the risk of breast cancer." Lancet, 2/22/86, p. 436)

2. A descoberta acima abriu um novo campo de pesquisa científica e médica que suscitou um amplo debate público, alguma controvérsia e dolorosas consequências para quem foi deliberadamente privado do seu conhecimento.

3. Na verdade, a evidência científica reunida nos últimos 50 anos é clara: o aborto provocado é, entre os factores de risco evitáveis, o que tem maior impacto no aumento do cancro da mama. Independentemente da posição pessoal ou institucional no debate sobre o aborto diversas organizações médicas afirmam que o aborto aumenta o risco de cancro da mama.

4. O Estado português tem o dever de informar todas as mulheres: o aborto provocado agrava o risco de contrair cancro da mama. No entanto não o faz.

5. A nossa associação oferece-se para ajudar as mulheres que desejem pedir responsabilidades e eventual indemnização ao Estado por não terem sido informadas de que o aborto aumenta o risco de ter cancro da mama.

Lisboa, 30 de Outubro de 2009.

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Contacto para a Comunicação Social:

Dr. João Paulo Malta, médico ginecologista e obstetra, 919 993 732.



Para mais informação:

http://www.abortionbreastcancer.com/

http://www.juntospelavida.org

Socialistas católicos consideram «aberrante» casamento homossexual

Propõe-se participar na recolha de 75 mil assinaturas para que seja realizado um referendo sobre o tema

Por «uma questão de justiça», um grupo de socialistas católicos quer um referendo sobre o «casamento» entre homossexuais. Para tal, propõe-se recolher 75 mil assinaturas.

De acordo o porta-voz deste grupo, Cláudio Anaia, citado pela agência Lusa, a realização de uma consulta popular faz sentido para que «todos os portugueses se possam pronunciar sobre esta matéria».

Estes socialistas católicos dizem-se abertos, inclusivamente, a uma plataforma multipartidária.

«A maioria dos portugueses é contra o 'casamento' homossexual», considera Claúdio Anaia, descrevendo como «aberrante» a proposta do PS para a sua legalização, por achar que tem como objectivo a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.

Para estes socialistas católicos, o partido do poder está «ideologicamente baralhado» e por isso estão contra a prioridade dada ao tema, salientando que esta devia incidir no «combate à pobreza» e «ao desemprego».

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Pepsi aumenta a parada ao serviço da promoção da homossexualidade

(Do blog União das Familias Portuguesas)

A Pepsi não se contenta em promover a homossexualidade dentro da própria empresa. Sente-se na obrigação de usar as chefias nas empresas para pressionar outras a seguir a sua política.

Em Outubro de 2009, na conferência realizada pela «Out and Equal Workplace Advocates» (organização dedicada à promoção da agenda homossexual no local de trabalho), o vice-presidente e CIO da Pepsi fez uma exposição a ensinar a empregados a «arte» de usar as relações de chefia e de patrocínio nas empresas para as levar a abraçar a homossexualidade. O seminário intitulava-se «Use 'em or lose'em» [Utilizá-los ou perdê-los?]

Na mesma acção, um gestor do Departamento de Patrocínios e Fundações da Pepsi serviu de juiz nos «Outie Awards» [Prémio Armário]. Estes galardões são atribuídos para premiar e distinguir as empresas e empregados que se destacam na promoção da causa homossexual no local de trabalho.

A Pepsi também doou dinheiro para este acontecimento como «patrocinador activista» e colocou um anúncio de meia página no programa da conferência.

Deverão as famílias consumir ou boicotar a marca Pepsi?

Pois é, sr. Vítor, é necessário contenção salarial...

É evidente que, lucidamente, é necessário haver contenção salarial...

Logo e obviamente, «se não houver realismo salarial, haverá mais desemprego». Etc., etc.

E para dar o exemplo à população, é necessário começar por fazer contenções salariais aos que usufruem de salários, mordomias e reformas excepcionais! Por isso, o Banco de Portugal deveria ser o primeiro a restringir os altos vencimentos, altas mordomias e reformas excepcionais da sua administração, tudo pago pelos contribuintes através do erário público, conforme é dito pelo próprio Vítor Constâncio, que faz precisamente o contrário. O Presidente do Banco de Portugal faz lembrar o frei Tomás ... faz o que eu digo e não faças o que eu faço...

Afonso Perdigão

Tem fé, ó Olivença

(Canção dos «Onda Choc», do álbum «Olha a Onda, está de volta!», 2006. Solista: Ana Alexandre Paulo. Letra: J. C. E. Vale. Música: popular alentejana)

Letra e Música


http://www.youtube.com/watch?v=JzfnmFgyb8A


TEM FÉ, Ó OLIVENÇA


Um dia os templários,
portugueses como nós,
fundaram Olivença,
terra de nossos avós.

D. Dinis lhe deu foral,
D. João lhe deu a torre,
aqui sempre foi Portugal,
e a sua história não morre.

Tem fé, ó Olivença!
Ó irmã secular!
Não podes cair numa descrença,
verás que um dia tu vais voltar

Ó praça forte e sempre atenta,
és sentinela do Guadiana!
Irá ter fim um dia a tormenta,
tu és lusa, não és castelhana.

Os bravos portugueses
enfrentaram os espanhóis,
aliados aos franceses
mais os Rochas e Godóys.

Mas ganhou a opressão
que esta terra usurpou
e com ferros, sangue e bastão
a nossa língua interditou.

Irá ter fim um dia a tormenta,
tu és lusa, não és castelhana.

Uma farsa


Vasco Pulido Valente, Público, 23 de Outubro de 2009

[Sabemos quanto variável é a opinião de um liberal, e por cima muito especial. Mas muitas vezes, quando a análise não choca com os seus apetites, acerta. Aqui deixamos a sua certa opinião sobre o fenómeno Saramago, enriquecida com referências sociológicas e históricas, área esta de que é especialista.]

O problema com o furor que provocaram os comentários de Saramago sobre a Bíblia (mais precisamente sobre o Antigo Testamento) é que não devia ter existido furor algum. Saramago não disse mais do que se dizia nas folhas anticlericais do século XIX ou nas tabernas republicanas no tempo de Afonso Costa. São ideias de trolha ou de tipógrafo semianalfabeto, zangado com os padres por razões de política e de inveja. Já não vêm a propósito. Claro que Saramago tem 80 e tal anos, coisa que não costuma acompanhar uma cabeça clara, e que, ainda por cima, não estudou o que devia estudar, muito provavelmente contra a vontade dele. Mas, se há desculpa para Saramago, não há desculpa para o país, que se resolveu escandalizar inutilmente com meia dúzia de patetices.

Claro que Saramago ganhou o Prémio Nobel, como vários "camaradas" que não valiam nada, e vendeu milhões de livros, como muita gente acéfala e feliz que não sabia, ou sabe, distinguir a mão esquerda da mão direita. E claro que o saloiice portuguesa delirou com a façanha. Só que daí não se segue que seja obrigatório levar a criatura a sério. Não assiste a Saramago a mais remota autoridade para dar a sua opinião sobre a Bíblia ou sobre qualquer outro assunto, excepto sobre os produtos que ele fabrica, à maneira latino-americana, de acordo com o tradição epigonal indígena. Depois do que fez no PREC, Saramago está mesmo entre as pessoas que nenhum indivíduo inteligente em princípio ouve.

O regime de liberdade, aliás relativa, em que vivemos permite ao primeiro transeunte evacuar o espírito de toda a espécie de tralha. É um privilégio que devemos intransigentemente defender. O Estado autoriza Saramago a contribuir para o dislate nacional, mas não encomendou a ninguém? principalmente a dignatários da Igreja como o bispo do Porto - a tarefa de honrar o dislate com a sua preocupação e a sua crítica. Nem por caridade cristã. D. Manuel Clemente conhece com certeza a dificuldade de explicar a mediocridade a um medíocre e a impossibilidade prática de suprir, sobre o tarde, certos dotes de nascença e de educação. O que, finalmente, espanta neste ridículo episódio não é Saramago, de quem - suponho - não se esperava melhor. É a extraordinária importância que lhe deram criaturas com bom senso e a escolaridade obrigatória.