sábado, 21 de janeiro de 2012

Maternidade para substituição

Daniel Serrão












Por esta designação – mais adequada que a vulgar «barriga de aluguer» – entende-se a indução de gravidez numa mulher, pelo processo de transferência de um embrião constituído em laboratório, com o compromisso, contratualizado, de que a criança que venha a nascer será entregue a outrem.

Ler mais em: http://uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.com/2012/01/maternidade-para-substituicao.html

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Filhos sem Pai

Pedro Vaz Patto










O projecto de lei de alteração da regulação da procriação medicamente assistida apresentado pelo Bloco de Esquerda, e actualmente em discussão, pretende garantir o acesso a essa técnica a mulheres sós ou numa relação homossexual, independente do diagnóstico de infertilidade. Já foi saudado por representar uma quebra da «desigualdade arcaica que reduz as mulheres a apêndices dos homens» (São José Almeida in Público de 24/12/2011), isto é, a que exige necessariamente o contributo destes para a procriação.

Ler mais em:
http://uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.com/2012/01/pedro-vaz-patto-o-projecto-de-lei.html

domingo, 15 de janeiro de 2012

O acordo (h)ortográfico

Bagão Félix

A língua, escrita ou falada, é a expressão viva da evolução social. Particularmente num mundo sem fronteiras, com novas formas de comunicação e de relação. O português – a 5ª língua nativa mais falada – não foge a essa regra.

Mas uma coisa é a absorção de modificações que se vão verificando, outra é a sua imposição por decreto. O Acordo Ortográfico é o produto não de uma evolução natural e impregnada na prática, não de uma necessidade de defesa e promoção linguísticas, mas tão-só a imposição de iluminados, que o Estado avalizou, menosprezando posições diferentes e ignorando a voz do povo soberano.

O Acordo é também uma expressão de submissão às maiorias populacionais. Neste caso, do Brasil. Esquece-se que uma língua se enriquece na diversidade e se empobrece na «unicidade» por forçada via legal. Claro que há sempre prosaicas justificações mercantis (interesses?) em sua defesa e há quem vá ganhar com tudo isto.

Imagina-se o Governo britânico a uniformizar a grafia de vocábulos escritos nos Estados Unidos ou Austrália (v.g. «realise»/«realize», «center»/«centre» ou «labour»/«labor»)? Ou o castelhano a adaptar, por lei, a escrita de certos vocábulos na Argentina?

Pequeninos geograficamente, teimamos em ser pequeninos patrioticamente. Dizia sabiamente Fernando Pessoa: «A palavra escrita é um elemento cultural, a falada apenas social».

Adivinhem o que se quer dizer com «não me pelo pelo pelo de quem para para desistir»? Na rejeitada e antiga grafia escreve-se: «não me pélo pelo pêlo de quem pára para desistir».

Já não nos chegavam os agravos à nossa língua nas tv e textos públicos, eis que os tornam agora obrigatórios. Os «supônhamos» e «houveram» de braço dado com os «suntuosos» e os «contrassensos».

Enfim, a lógica da batata. Ou da «(H)ortografia».