Pilar del Rio presidenta da Fundação José Saramago |
A espanhola viúva do Saramago costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que a Pilar del Rio diga estúpida e insistentemente que é presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como presidenta da Assembleia da República.
Uma aula de português, elaborada para acabar de uma vez por todas com
qualquer dúvida sobre se temos presidente ou presidenta.
Existe a palavra presidenta?
No português existem os particípios activos como
derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante,
de pedir é pedinte, o de cantar é cantante,
o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
Qual é o particípio activo do verbo ser? O
particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente.
Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com
capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se adicionar à
raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é presidente,
e não presidenta, independentemente do sexo que tenha. Diz-se capela
ardente, e não capela ardenta; diz-se estudante,
e não estudanta; diz-se adolescente, e não adolescenta;
diz-se paciente, e não pacienta.
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
A candidata a presidenta comporta-se como uma
adolescenta pouco pacienta que imagina ter-se tornado eleganta para tentar ser
nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela
ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes
barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar
contenta.
«Por
favor, pelo amor à língua portuguesa, reencaminhe esta informação...»