João José Brandão Ferreira
O interesse efectivo de Portugal pela Antárctida é muito recente e partiu de "baixo para cima". Quer isto dizer que a acção não teve origem em nenhum órgão governamental, mas resultou da acção de vários académicos e cientistas
e do apoio de várias entidades e simples cidadãos comuns. Já vimos o posicionamento dinamizador que a Sociedade de Geografia teve em todo este processo.
Terem os eventos esta origem não tem nada de mal - e sem dúvida é de louvar os protagonistas - quer dizer apenas, que foi a chamada "sociedade civil" a andar à frente do Estado e não este que determinou as coisas.
Existe, todavia, consequências de tudo isto, sendo as principais que os eventos podem correr desgarrados; haver uma maior dispersão de esforços e uma falta de visão global (uma visão "polar", se assim lhe quiserem chamar), para o tema.