João
J. Brandão Ferreira
«Atolados
há mais de um século no mais funesto dos
ilogismos políticos, esquecemo-nos de que a unidade nacional, a harmonia, a paz, a felicidade e a força de um povo não têm por base senão o rigoroso e exacto cumprimento colectivos dos deveres do cidadão perante a inviolabilidade dagrada da família, que é a célula da sociedade; perante o culto da religião, que é a alma ancestral da comunidade; e perante o culto da bandeira, que é o símbolo da honra e da integridade da Pátria. Quebrámos estouvadamente o fio da nossa História, principiando por substituir o interesse da Pátria pelo interesse
ilogismos políticos, esquecemo-nos de que a unidade nacional, a harmonia, a paz, a felicidade e a força de um povo não têm por base senão o rigoroso e exacto cumprimento colectivos dos deveres do cidadão perante a inviolabilidade dagrada da família, que é a célula da sociedade; perante o culto da religião, que é a alma ancestral da comunidade; e perante o culto da bandeira, que é o símbolo da honra e da integridade da Pátria. Quebrámos estouvadamente o fio da nossa História, principiando por substituir o interesse da Pátria pelo interesse
do
Partido, depois o interesse do Partido pelo interesse
do
grupo, e por fim o interesse do grupo pelo interesse individual
de cada um».
Ramalho Ortigão
Ramalho Ortigão
A
existência de Portugal tem sido uma espécie de «milagre permanente».
Se o
encararmos como um milagre, a sua continuação passa pela Fé e muita oração. É
importante tê-la (a Fé) e fortalece-la (orando).
Mas enquanto habitantes do planeta Terra, somos constituídos por uma parte racional e outra espiritual, a quem foi outorgado o livre arbítrio.
Tudo implica trabalho, luta, sofrimento, alegrias e decisões. As decisões são baseadas no conhecimento, discernimento e coragem.
As civilizações e os países não são eternos e não têm que ser eternos.
Uma Nação representa um estádio de evolução social e humana, conseguido por muito poucos. O povo português é um desses poucos.
Tal implica uma comunidade de interesses e de afectos, consolidados numa história comum. E só se mantém se continuar a haver objectivos de futuro, que se pretendam obter e partilhar em comum.
Como não vivemos em terra de Santos – vivemos, porventura, naquilo que a teologia cristã designa por «Inferno» – a Nação só se mantém se tiver «Poder». De preferência, Poder que queira prosseguir o Bem.
Esse Poder tem que ser efectivo e materializa-se em Poder político, diplomático, económico, financeiro, cultural/psicológico, e militar. E, neste âmbito, o «querer» é o maior Poder…
Portugal está hoje, ao cabo destas três fases de «destruturação» histórica, a que foi sujeito, no «perigeu» do seu Poder real, desde 1128, tanto em termos absolutos como relativos.
É verdadeiramente a nossa liberdade, a nossa vida, que está em causa.
E tem a sua vulnerabilidade maior, dentro de si mesmo.
Está representada naqueles que tendo feito parte dos órgãos de soberania se têm dedicado a destruir o Estado – que é a Nação politicamente organizada – e a subverter a própria Nação dos portugueses. Nem mais, nem menos.
E, da síntese que se pode fazer de tudo o que se disse sobre as causas da «destruturação» apontadas, podemos resumi-las numa: Tudo deriva de importarmos modelos e ideias estranhas aos nossos interesses, objectivos e tradições.
O que digo não tem nada a ver com «nacionalismo exacerbado», mas sim com a preservação do carácter nacional português, que veio a consubstanciar uma «maneira portuguesa de estar no mundo»;
Não defende isolacionismos, fobismos ou racismos vários, mas um discernimento em se aproveitar o que nos for útil em vez de importarmos, acriticamente, o que nos queiram impingir de fora; não se pretende ser contra ninguém, mas antes sabermos preservar-nos.
Como dizia o nosso preclaro Rei D. João, o quinto «não temos de fiarmos de outras potências mas sim de nós próprios».
Como corolário lógico, julgo poder terminar dizendo, que o nosso futuro passa por reinventar o Poder político e o sistema em que se apoia, de modo a estarmos representados neles, e a voltarmos aos valores e esteios que fizeram, uniram e sustentaram a Nação portuguesa e a levaram à grandeza histórica a que se guindou.
E a liberte das grilhetas que a estão a prender às galés da servidão.
Mas enquanto habitantes do planeta Terra, somos constituídos por uma parte racional e outra espiritual, a quem foi outorgado o livre arbítrio.
Tudo implica trabalho, luta, sofrimento, alegrias e decisões. As decisões são baseadas no conhecimento, discernimento e coragem.
As civilizações e os países não são eternos e não têm que ser eternos.
Uma Nação representa um estádio de evolução social e humana, conseguido por muito poucos. O povo português é um desses poucos.
Tal implica uma comunidade de interesses e de afectos, consolidados numa história comum. E só se mantém se continuar a haver objectivos de futuro, que se pretendam obter e partilhar em comum.
Como não vivemos em terra de Santos – vivemos, porventura, naquilo que a teologia cristã designa por «Inferno» – a Nação só se mantém se tiver «Poder». De preferência, Poder que queira prosseguir o Bem.
Esse Poder tem que ser efectivo e materializa-se em Poder político, diplomático, económico, financeiro, cultural/psicológico, e militar. E, neste âmbito, o «querer» é o maior Poder…
Portugal está hoje, ao cabo destas três fases de «destruturação» histórica, a que foi sujeito, no «perigeu» do seu Poder real, desde 1128, tanto em termos absolutos como relativos.
É verdadeiramente a nossa liberdade, a nossa vida, que está em causa.
E tem a sua vulnerabilidade maior, dentro de si mesmo.
Está representada naqueles que tendo feito parte dos órgãos de soberania se têm dedicado a destruir o Estado – que é a Nação politicamente organizada – e a subverter a própria Nação dos portugueses. Nem mais, nem menos.
E, da síntese que se pode fazer de tudo o que se disse sobre as causas da «destruturação» apontadas, podemos resumi-las numa: Tudo deriva de importarmos modelos e ideias estranhas aos nossos interesses, objectivos e tradições.
O que digo não tem nada a ver com «nacionalismo exacerbado», mas sim com a preservação do carácter nacional português, que veio a consubstanciar uma «maneira portuguesa de estar no mundo»;
Não defende isolacionismos, fobismos ou racismos vários, mas um discernimento em se aproveitar o que nos for útil em vez de importarmos, acriticamente, o que nos queiram impingir de fora; não se pretende ser contra ninguém, mas antes sabermos preservar-nos.
Como dizia o nosso preclaro Rei D. João, o quinto «não temos de fiarmos de outras potências mas sim de nós próprios».
Como corolário lógico, julgo poder terminar dizendo, que o nosso futuro passa por reinventar o Poder político e o sistema em que se apoia, de modo a estarmos representados neles, e a voltarmos aos valores e esteios que fizeram, uniram e sustentaram a Nação portuguesa e a levaram à grandeza histórica a que se guindou.
E a liberte das grilhetas que a estão a prender às galés da servidão.