sábado, 22 de novembro de 2014


Angola:

É tudo por competência!


cleptomaniacamente

1. Ministro das Finanças: Carlos Lopes, marido da irmã da primeira-dama, Ana Paula dos Santos.

2. Ministro do Ensino Superior, Adão Do Nascimento, sobrinho do presidente, José Eduardo dos Santos.

3. Vice-presidente da Republica, Manuel Vicente, enteado da falecida irmã do presidente, José Eduardo dos Santos.

4. Secretário de Estado para Habitação, Joaquim Silvestre, irmão da primeira-dama, Ana Paula dos Santos.

5. Secretária do Presidente para Assuntos Particulares, Avelina dos Santos, sobrinha do Presidente, José Eduardo dos Santos, filha do seu irmão Avelino dos Santos.

6. Administrador do Fundo Soberano, Zenu dos Santos, filho do Presidente, José Eduardo dos Santos.

7. Secretário-Geral da casa militar, Catarino dos Santos, sobrinho de José Eduardo dos Santos, filho do seu irmão Avelino dos Santos.

8. PCA da EPAL, Leonildo Ceita, primo da primeira-dama.

9. PCA da ENANA, Manuel Ceita, primo da primeira-dama Ana Paula dos Santos.

10. PCA do Banco de Comércio e Indústria (BCI), Filomeno Ceita primo da primeira-dama.

11. Director do Instituto Nacional de Estatística, Camilo Ceita, primo da primeira- dama, Ana Paula dos Santos.

12. PCA da MECANAGRO, da GESTERRA e presidente da Federação Angolana de Hóquei em Patins, Carlos Alberto Jaime Calabeto, sobrinho e primo do presidente, José Eduardo dos Santos.

13. Governador do BNA, José Massano, amigo pessoal e ex-colega de Isabel Dos Santos, filha do presidente, José Eduardo dos Santos.

14. Vice-governador do BNA, Ricardo de Abreu, compadre e amigo pessoal de Isabel dos Santos, filha do presidente, José Eduardo dos Santos.

15. Ministra de Comércio, Rosa Pacavira, sobrinha da esposa de Avelino dos Santos, irmão do presidente, José Eduardo dos Santos.

16. Administrador da TAAG, Luís dos Santos, irmão do presidente, José Eduardo dos Santos.

17. PCA da ANIP, Maria Emília Abrantes Milucha, mãe da Tchize e Zé Dú dos Santos (Korean Dú), filhos do presidente, José Eduardo dos Santos.

18. TPA 2, empresa de comunicações entregue a Tchize e Corean Dú, filhos de José Eduardo dos Santos.

19 PCA da Sonangol, José Francisco de Lemos, primo da primeira-dama, Ana Paula dos Santos.

Chééé.......mininoooooo........!!!, isso é muiiiiita confusão nus cabéça di vélho ..





segunda-feira, 17 de novembro de 2014


Pinto Monteiro:

«Se corrermos a Europa, não encontramos

justiça melhor do que a portuguesa»


«Duarte Marques diz que «ex-primeiro-ministro (Sócrates) não tem «vergonha na cara» por exigir explicações à Justiça sobre detenção de Ricardo Salgado.» A justiça devia dar explicações, mas sobre o facto de nunca o ter prendido a ele.

O texto do ex-líder da JSD surge na sequência das declarações de Sócrates, na RTP, sobre o caso BES. O socialista defendeu que «a Justiça ganhava em explicar-nos a todos porque deteve Salgado». «Não vi até hoje nenhuma explicação que me convencesse que era necessário deter Ricardo Salgado», disse José Sócrates.

Ao i, Duarte Marques disse que depois de «tantos casos em que esteve envolvido já merecíamos, isso sim, uma explicação sobre o facto de nunca ter sido julgado judicialmente». IOL»

Mas claro que em Portugal há justiça e do melhor que se pode arranjar.

«Pinto Monteiro afirmou hoje que a Justiça portuguesa «não está bem», mas contrapôs que não encontra na Europa sistemas melhores.

«A Justiça não está bem, mas não está tão mal como isso. Se corrermos a Europa, não encontramos Justiça melhor do que a portuguesa», disse Pinto Monteiro.(...)»

Noronha Nascimento e Pinto Monteiro envergonharam a magistratura judicial ao assistirem à cerimónia laudatória de Sócrates.

Num tempo em que a memória se apaga diariamente com a avalanche ininterrupta de casos, a banalização do «escândalo» faz com que as situações verdadeiramente indignas passem despercebidas. A presença de Noronha Nascimento, ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, e de Pinto Monteiro, ex-procurador-geral da República, no lançamento do novo livro de José Sócrates é um desses casos.

Para quem não se lembre, aqui fica um pequeno exercício de memória. Estamos a falar de dois magistrados que fizeram tudo ao seu alcance para impedir o escrutínio judicial em tempo útil das ordens de destruição das escutas telefónicas que no entender do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro, deveriam ter levado à instauração de um processo-crime a José Sócrates.

Depois de Noronha decidir sobre a irrelevância das escutas ao telefone de Armando Vara, nas quais foi apanhado José Sócrates, Pinto Monteiro, que muito se riu com as escutas, ordenou a destruição dos CD, pelo fogo, na sede da Procuradoria-Geral da República – num autêntico auto-de-fé de escutas malditas – e mandou recortar as conversas transcritas em papel. Pelo meio, assistentes e arguidos do processo (como Paulo Penedos) opuseram-se a tal destruição, interpuseram recursos, mas os dois juízes conselheiros decidiram não esperar pelo escrutínio das suas decisões. Uma decisão imprópria do Estado de direito e que muito contribuiu para o desprestígio da justiça.

Apesar de não terem resistido à luz dos holofotes da cerimónia de Sócrates, Noronha Nascimento e Pinto Monteiro ainda não têm razões para comemorar. Não só parte das escutas a Sócrates continuam nos autos do processo Face Oculta, como a parte que foi irremediavelmente destruída pode levar à anulação de todas as escutas do processo e comprometer irremediavelmente a acusação que está a ser julgada em Aveiro – como muitos magistrados e juristas avisaram logo em 2010. Há ainda recursos pendentes.

Por tudo isto, a presença dos dois magistrados numa cerimónia laudatória de um ex-primeiro-ministro que muito beneficiou com as suas decisões judiciais envergonha a magistratura judicial. Tal só é possível num país em que os juízes são muito mal escrutinados pelos seus próprios órgãos disciplinares.

Por isso mesmo, o Conselho Superior da Magistratura deveria analisar e tomar uma posição sobre esta matéria – sob pena de os restantes juízes pensarem que é normal a promiscuidade entre o poder político e o poder judicial.

É nestes casos simbólicos que também se vê a importância do princípio separação de poderes. Não é só a mulher de César que tem parecer e ser honesta.





domingo, 16 de novembro de 2014


Menezes: acusação e defesa



Menezes chama quintal a quinta de meio milhão

Menezes diz que está a ser perseguido.

Património não bate com rendimento.



Tânia Laranjo

Um Luís Filipe Menezes aparentemente seguro e ao ataque. É assim que o ex-presidente da Câmara de Gaia regressa aos grandes palcos, numa entrevista ao Porto Canal que prometeu ser apenas a primeira que irá conceder às televisões. «Agora, ninguém me cala», garante o conselheiro de Estado, que fala depois numa mega conspiração contra si: onde cabem os jornalistas – designadamente do CM – e os adversários no PS, que «inventam polémicas que não existem».

O ex-autarca, cujo património está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto por suspeita de branqueamento de capitais, vai mais longe e garante que a quinta de Baião – que na permuta realizada em nome dos pais estava avaliado em meio milhão de euros e que o próprio tornou pública numa revista – não passa de «um quintal no Douro». Não explica, porém, como é que os pais a adquiriram, falando apenas em património que é anterior ao seu mandato autárquico.

Na entrevista ao Porto Canal, onde foi comentador e para onde assume querer voltar, Menezes revelou que o ordenado, em Gaia, era inferior a 2 300 euros por mês. Mas não conseguiu responder como é que conseguiu adquirir um T5 de meio milhão, na Foz do Douro, num edifício premiado. E como negociou tal valor, já que áreas idênticas na mesma zona custam, pelo menos, 750 mil euros.

O CM sabe que a investigação continua. Menezes não foi interrogado por estarem a ser reunidas provas pela PJ. O facto de ser conselheiro de Estado obriga a regras especiais.



A DEFESA DE MENEZES

Respondeu Menezes na referida entrevista que não tem de fazer streap tease a explicar-se publicamente a jornalistas, mas sim «às autoridades do meu país».

Como cidadão, que é, tem todo o direito a não fazer o streap tease. Mas não se esqueça de que, como membro da classe política, tem toda a obrigação de explicar tudo bem explicadinho «às autoridades do meu país», as quais, por sua vez, terão de falar verdade. Mesmo que fiquem a parecer sulistas e elitistas.

Ao mesmo tempo, do ponto de vista político, os eleitores poderão interrogar-se sobre as suas virtudes morais. E se ainda pretende propor-se a defensor do povo nesta também sua «república de putas» (a expressão é do académico republicano Unamuno), certamente terá de se explicar aos seus eleitores.

Salientamos aqui apenas a questão em causa e não as repetidas patetices políticas de que Menezes foi protagonista, sendo uma das mais graves a sua tara regionalizacionista, fruto da sua tara antilisboa e do seu caciquismo  local.


Heduíno Gomes (que não é de Lisboa e ainda por cima alentejano – mas sem complexos em relação aos gajos de Lisbaua!)