João Pereira Coutinho

Um por cada partido. E, já agora, arrendar uma sala na baixa, baratinha e asseada, para que os 5 se pudessem reunir uma vez por semana e ‘despachar’ de acordo com as decisões das respectivas lideranças. Poupava-se uma fortuna em salários e gastos de manutenção. E, com todo o respeito, honrava-se definitivamente o perfil do deputado nacional: uma marioneta das direcções partidárias, sem pensamento ou autonomia, que vota de acordo com os mandos e desmandos do chefe.
Cinco fazem o trabalho de 230. Ou de 180. Ou de 1800. Porque a reforma, a verdadeira reforma de que o sistema eleitoral necessita, não é quantitativa; é qualitativa. Não passa por reduzir deputados; passa por responsabilizá-los junto do eleitorado, permitindo que os portugueses, através de círculos uninominais, possam escolher (e punir) quem realmente os representa (ou não). Enquanto esse dia não chega, propor 180 deputados será sempre propor 175 deputados a mais.
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