Será interessante, passadas duas décadas, conhecer a visão e opinião de uma grande líder da Europa sobre o assunto de mulheres
nas Forças Armadas.
nas Forças Armadas.
Não foi ouvida, e talvez seja tempo de fazer uma análise das consequências e alterações resultantes.
…Mas os militares também são diferentes, porque a vida da caserna é distinta da vida do civil. As virtudes que precisam ser cultivadas por aqueles que são chamados a colocar em risco as suas vidas no cumprimento do seu dever simplesmente não são as mesmas exigidas a um homem de negócios, a um funcionário civil ou, sem sombra de dúvida, a um político. É vital, acima de tudo, ter coragem — coragem física.
Os militares precisam desenvolver a camaradagem com os seus companheiros em muito maior grau. Devem ser capazes, implicitamente, de confiar uns nos outros. Soldados, marinheiros e aviadores também são indivíduos e basta ler as suas biografias para compreender isso. Mas não podem ser individualistas. Para aqueles que vivem em regime disciplinar, são os deveres e não os direitos que balizam suas vidas. Eis por que a vida militar é justamente considerada uma nobre vocação e por que, através dos anos, muitos dos que abandonam a carreira militar para ingressar na vida civil sentem dificuldade para se adaptar.
Como regra, os militares necessitam ser fisicamente fortes. Não é suficiente ser talentoso, embora a habilidade certamente ajude. Nenhuma força combatente pode se permitir abrigar, mesmo em pequena proporção, pessoal que não esteja apto a cumprir missões que lhe possam vir a ser atribuídas.
Assim, sou contra as actuais tentativas de empregar conceitos liberais e institucionais da vida civil nas nossas forças armadas. Programas visando introduzir sistemas jurídicos segundo o modelo civil, promover direitos homossexuais e franquear novas actividades para mulheres são, no mínimo, irrelevantes para as funções que se espera sejam desempenhadas pelos militares. Sob um enfoque pessimista, contudo, ameaçam a capacidade militar de forma realmente perigosa.
O militarismo feminista nas forças armadas talvez seja o mais pernicioso desses agentes «reformadores». O facto de a maioria dos homens ser mais forte do que a maior parte das mulheres significa ou que as mulheres devem ser excluídas das missões fisicamente mais exigentes, ou que precisa ser reduzida a exigência de tais missões, algo evidentemente mais fácil em treino do que em combate. Porém, obviamente, é essa segunda alternativa que as feministas procuram ver adoptada e, com muita frequência, as suas pretensões são aceitas.
Quando se constatou que as mulheres não são capazes de lançar granadas comuns à distância desejável, para que não sejam atingidas pela explosão, a solução foi não deixar a tarefa só para homens, mas construir granadas mais leves (e menos letais). Quando se descobriu que mulheres a bordo de navios de guerra precisam de instalações não exigidas pelos homens, A Marinha dos Estados Unidos teve que «reconfigurar» as suas belonaves para proporcioná-las — apenas no USS Eisenhower, ao custo de US$ 1 milhão.
Quando a maioria das mulheres (correctamente, em minha opinião) opta por não assumir funções de combatente, a resposta, de acordo com um professor da universidade de Duke, é fazer com que os militares abdiquem de atributos como «autocontrole, autoconfiança, agressividade, independência, auto-suficiência e determinação» para assumir riscos. As mulheres dispõem de inúmeras tarefas em que podem servir com destaque. Algumas de nós até dirigimos nações. Mas, em geral, somos melhores lidando com bolsas do que com baionetas.
Guerra sempre envolverá o emprego de baionetas ou equivalentes. É irrealista pensar que as guerras possam vir a ser travadas sem jamais ocorrer contacto físico e confronto directo com o inimigo.
Tendo em mente essas considerações, penso que os nossos líderes políticos e militares devem:
· Revelar mais firmeza, resistindo aos lobies de pressão «politicamente correctos» que contribuem para subverter a ordem e a disciplina em nossas forças armadas.
· Deixar claro que a vida na caserna não pode tomar como modelo os procedimentos, a moldura legal ou as peculiaridades da vida civil.
· Recusar-se a colocar a doutrina liberal adiante da eficácia militar.
· Demonstrar um pouco de bom senso.
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