A Turquia, país da NATO e que pretende entrar na União Europeia, acabou com a proibição da utilização de véu islâmico nas instituições públicas.
A
interdição vigorava desde os tempos de Kemal Ataturk, pai da república moderna,
que proibiu o uso do véu em locais públicos como parte das medidas de
modernização e ocidentalização do país.
O
actual primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, é de um partido islamita e tem tomado
medidas islamizantes. Depois de ter permitido a utilização do véu islâmico nas
universidades, autoriza a possibilidade de se trabalhar em instituições do
Estado com véu.
A
própria mulher de Erdogan já foi criticada por aparecer em público, ao lado do
marido, com véu a cobrir-lhe o cabelo.
Os
defensores do Estado secular estão muito preocupados com o que consideram ser
uma deriva islamita da sociedade turca. Esta preocupação esteve também na base
das contestações violentas ao regime que tiveram lugar nas principais cidades
turcas a partir de Maio deste ano.
Por outro lado, na Europa, a pressão muçulmana acentua-se.
A
França está a ver-se obrigada a ponderar proibir véus islâmicos nas
universidades.
A Bélgica, país igualmente pressionado pelos muçulmanos tem
de obrigar mulher, já com nacionalidade belga, a retirar véu islâmico.
E aqui
ao lado, o Supremo espanhol revogou a proibição do uso do véu islâmico e «burka».
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