quinta-feira, 10 de abril de 2014

República Inglesa


Heduíno Gomes

Suas Altezas Reais de Inglaterra os príncipes herdeiros William e Kate foram passear à Nova Zelândia e à Austrália. O rebento mais novo, o bebé, acompanhou os príncipes herdeiros. Estes, com o bebé, também príncipe herdeiro, em Wellington, capital da Nova Zelândia, participaram numa comovedora cerimónia em que o bebé esteve com bebés locais, acompanhados de seus pais.

Até aqui, tudo bem... aparentemente.

Eis que a notícia acrescenta que, entre os pais dos bebés convivas, se encontrava uma parelha de invertidos... «pais»... Custou aos contribuintes britânicos esta promoção subliminar das chamadas «novas formas de família» a módica quantia, segundo a imprensa, de um milhão de dólares.

Não sou um entusiasta do regime republicano. Para mim, o importante é ter um bom Chefe de Estado, seja ele rei ou presidente, como o foram o rei D. João II e o presidente Carmona. A apologia de ambos os regimes em si mesmos assenta em pressupostos ideais, e por isso falsos em relação à realidade. Certos reis não os quero e certos presidentes também não.

Dito isto, acrescento que a minha impressão política e moral sobre a casa real inglesa já não era boa, por razões que são do domínio público. Famílias reais que não são exemplo para a instituição familiar e para os valores da Civilização em geral não são reais, são vulgares. E por isso não são dignas de chefiar o Estado, nem sequer de representá-lo. Para rimar com real, chamemos-lhes banal. Famílias banais.

Com mais esta palhaçada com que Suas Altezas Banais colaboraram conscientemente –– ou então os seus serviços de protocolo e o MI5 são uns incompetentes, e, nesta hipótese, dada a gravidade do acto, o mundo civilizado aguarda uma correcção pública ––, passei definitivamente para o lado republicano em Inglaterra, como já tinha feito na Dinamarca, cuja família «real», há anos, mostrou ser igualmente banal. Bem, em Espanha, por todas as razões, viva a República Espanhola, viva la tricolor, que é a melhor maneira de esfrangalhar aquele Estado antiportuguês de hegemonia castelhana.

La tricolor, bandeira da República Espanhola





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