sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Relatório à direcção da Confederação Nacional
das Associações de Família
sobre o visionamento prévio de dois filmes
a emitir pela RTP2


(Apresentado por Heduíno Gomes à Direcção da CNAF
em Maio de 2005,
na sequência do visionamento prévio pela CNAF de 2 filmes
sobre a suposta «educação sexual» de crianças e jovens
na RTP2.

Refere-se à operação lesiva do equilíbrio moral e psíquico
de crianças e jovens
montada por Manuel Falcão, então director do referido
canal do Estado,
e Teresa Paixão, produtora)


1 – O convite à CNAF para o visionamento dos filmes

1.1 – Através de carta datada de Abril de 2005, a direcção da RTP2 dirigiu à CNAF um convite para visionar dois filmes, supostamente de «educação sexual de crianças e jovens».

1.2 – Tal convite por parte de uma estação de televisão à Confederação Nacional das Associações de Família é, em si mesmo, louvável. A CNAF, não tendo o exclusivo de representação das famílias portuguesas e dos seus valores, não deixa de representar associações de família e os valores perenes da célula fundamental da sociedade. Neste sentido, a CNAF teria de estar à altura de exprimir a opinião das famílias por si representadas e de defender os valores que justificam a sua existência como instituição.

1.3 – Por decisão da sua Comissão Executiva, reunida em Abril de 2005, foram designados em representação da CNAF para aceder ao convite da RTP2 a sua Presidente, D.ra Maria Teresa da Costa Macedo e Heduíno Gomes.

1.4 – Assistiram ao visionamento, além dos representantes da CNAF, pessoas da RTP (Manuel Falcão, Director da RTP2; Teresa Paixão, da RTP2, produtora, se não me falha a memória; uma psicóloga de um programa da RTP; e uma médica pediatra da RTP) e uma senhora, também convidada, representando uma associação relacionada com crianças.


2 – Os filmes visionados

2.1 – Trata-se de duas curtas metragens, de banda desenhada, de origem dinamarquesa, dobradas em português a partir de uma versão canadiana. A origem dos filmes foi inicialmente indicada como sendo canadiana, o que afinal não correspondia à verdade.
Manuel Falcão, o então director-geral
das operações de corrupção
de crianças e jovens
através da chamada
«educação sexual»,
utilizando os meios do Estado.
Teresa Paixão, a operacional
da corrupção de crianças e jovens
através da chamada
«educação sexual»,
no que é profissional
à custa do dinheiro dos contribuintes.
2.2 – Os filmes foram apresentados por Manuel Falcão como sendo destinados à «educação sexual» de crianças e jovens e merecendo uma apreciação por eventualmente poderem levantar «alguns problemas». Esses eventuais problemas seriam causados pela «falta de evolução dos portugueses». Determinar se, nestas circunstâncias, os filmes deveriam ou não ser transmitidos seria o objecto do visionamento.

2.3 – Observando ambos os filmes, podem fazer-se deles as observações que se seguem.

2.3.1 – Nos filmes, é usada a máscara da «ciência» e da «pedagogia» para encobrir uma visão amoral do mundo. Com efeito, trata-se de uma ciência de trazer por casa e de uma pedagogia permissiva, onde temas íntimos são colocados fora do tempo certo, fora do local certo, fora do modo certo, fora da moral e até fora da sanidade mental e física.

2.3.2 – Os filmes colocam os impulsos sexuais acima da razão e da moral. Citando o insuspeito Lenin – supõe-se que não vaticanista, nem metropolista, nem reaccionário –, numa carta sobre a matéria dirigida a uma conhecida feminista, ele acusa as feministas de encararem o acto sexual como quem bebe um copo de água. Os filmes em questão estão na linha da sinistra e decadente teoria do copo de água.

2.3.3 – Os filmes sobrepõem a espontaneidade dos instintos à razão e à moral. A mensagem é clara. Faz o que mandam os teus instintos, não penses, não ligues aos valores morais... Apetece-te ter relações sexuais... não te reprimas, não cries traumatismos psicológicos com a repressão sexual...

2.3.4 – Os filmes reduzem o sexo entre humanos a um conjunto de técnicas visando a satisfação dos instintos. A exemplificação é clara. Relações sexuais... olha, é assim... a penetração é desta maneira... apetece-te masturbares-te... olha, os rapazes é assim e as raparigas é assado...

2.3.5 – Os filmes incentivam as raparigas à autodestruição do hímen. Sugerem assim que esta mutilação consiste apenas numa simples questão técnica, numa simples questão de correcção anatómica. E até ensinam como o processo pode ser tecnicamente controlado através de um espelho colocado no chão.

2.3.6 – Os filmes colocam a actividade sexual humana no mesmo plano da actividade sexual animal. Mostram inclusivamente o acto sexual entre cães, donde resulta o óbvio estabelecimento de um paralelismo. A parte positiva da história é que não ousaram, por enquanto, sugerir a zoofilia. Talvez num próximo episódio.

2.3.7 – Os filmes são instrumento de destruição de pudor nas raparigas e rapazes. A comparação é clara. Tudo se passa sem inibições como entre os cães e as cadelas, onde tais sentimentos não existem...

2.3.8 – Os filmes promovem o experimentalismo, o aventureirismo e a irresponsabilidade sexuais, dando origem a situações irreversíveis de saúde física e mental. A sugestão é clara. Vá lá, experimentar é natural... é tudo natural... vê lá se gostas assim deste modo...

2.3.9 – Os filmes, sob o pretexto de «preparar para a vida» e «precaver acidentes» e «agressões», incentivam de facto a prática precoce e inconsciente da actividade sexual.

2.3.10 – Os filmes fazem a apologia de uma modernidade descabelada, contra a natureza humana e contra a moral natural. A lição é clara. Sê moderno, sê moderna, não sejas bota de elástico, os valores morais estão antiquados, são coisas do passado...

2.3.11 – Os filmes incitam explicitamente a práticas homossexuais entre rapazes e entre raparigas. Desenvolvem a teoria das «opções sexuais» e colocam cenas de homossexualidade como naturais. A desdramatização é clara. Para mais, aqui, os cineastas já não se limitam a sugerir seguir os instintos naturais, que são os da heterossexualidade. Aqui, eles já vão ao ponto de tentar desviá-los para actos contra natura, contra os próprios instintos.

2.3.12 – Os filmes, utilizando ainda uma estratégia indirecta, procuram mais uma vez fomentar a homossexualidade masculina. Com efeito, à semelhança da publicidade sobre produtos de higiene íntima, manipulada por homossexuais nos grandes meios de comunicação, é exibido o sangue menstrual mas aqui ainda mais explicitamente. Sabendo-se de que género de pessoas isto vem, os propósitos não são inocentes: o nítido objectivo é criar nojo nos rapazes em relação às raparigas.

2.3.13 – Os filmes, sob a aparência de protegerem as crianças em relação a abusos sexuais de adultos, favorecem de facto a pedofilia. Na realidade, os filmes iniciam prematuramente as crianças e jovens na actividade sexual, o que «abre o mercado» aos pedófilos. Mais, deixam a porta aberta para uma relatividade de idades permitidas. A conclusão é clara. Os filmes, à primeira vista, aparentam substituir a aberração da pedofilia pela «simples» aberração da promiscuidade. Mas, na realidade, acumulam ambas as aberrações.

2.3.14 – Os filmes contribuem para a desorientação moral e sexual das crianças e jovens e para a sua futura infelicidade. O drama é evidente. Os filmes empurram essas crianças e jovens, assim como as famílias que venham a constituir no futuro, para situações irreversíveis, com fardos que vão ter de carregar durante todas as suas vidas.

2.3.15 – Os filmes incentivam a irresponsabilidade e a insanidade sexual. Com a promiscuidade que geram, contribuem para o alastramento do SIDA, hepatites e outras doenças sexualmente transmissíveis.

2.3.16 – Os filmes apresentam como modelos, no papel de narradores, crianças e jovens sexualmente «avançados», «ousados», auto-educados e auto-educadores, e sem terem de prestar contas aos pais. É assim colocado de cabeça para baixo o processo de educação e controlo familiar das crianças e jovens: além de perderem completamente a autoridade, passam os pais e educadores a aprender com os clarividentes outrora educandos.

2.3.17 – E ainda, já não no plano sexual mas no do relacionamento familiar, os filmes, através de referências insolentes de crianças em relação a familiares adultos, incentivam ao desrespeito, desobediência e condutas erradas. Também este aspecto não é inocente, pois integra-se igualmente na estratégia de destruição dos laços afectivos e de autoridade no seio da família. É isso que lhes permite manipular e utilizar mais facilmente as crianças e adolescentes.

2.3.18 – Em conclusão, os filmes inserem-se completamente, sem a mínima dúvida, no grande plano perverso e decadente de conspiração global contra a Civilização, a moral e a família.


3 – A discussão em torno dos filmes

3.1 – Passando-se à exposição das opiniões sobre o que acabara de ser visto, com excepção das manifestadas pelos delegados da CNAF, todas as opiniões foram inteiramente favoráveis, ou favoráveis com algumas reservas pontuais (como, por exemplo, se, no filme para as crianças, se deveria dizer vagina ou pipi, pela simples razão de que as crianças podem não saber o que é vagina, enquanto pipi sabem o que é; ou, por exemplo, se deveriam aparecer os cães).

O pessoal ligado à RTP (empregado da RTP às ordens do Manuel Falcão) não tinha quaisquer reservas. Defendeu em bloco e afincadamente a transmissão dos filmes assim como os seus conteúdos (com vagina ou pipi), argumentando dentro dos parâmetros morais e sanitários da realização cinematográfica, que parecem ser igualmente os seus. Fizeram os mais rasgados elogios aos supostos dotes didácticos, científicos e artísticos dos filmes, assim como o facto de terem sido premiados (certamente por um júri formado por congéneres).

3.2 – Os delegados da CNAF opuseram-se à transmissão dos filmes com argumentos baseados nos valores da moral, da família e da sanidade mental e física das crianças e jovens, conforme na descrição dos filmes já acima apresentada.

3.3 – Contra as opiniões dos delegados da CNAF advogando a não transmissão dos filmes, foram usados os habituais argumentos decadentes anarco-liberais, amoralistas, das pedagogias modernas, da modernidade e da pseudociência que pretende que «a homossexualidade não é doença».

3.4 – O coro RTP dirigido pelo maestro Manuel Falcão também ousou puxar dos galões para «provar» a suposta superioridade e prevalência da opinião dos «especialistas» presentes e ausentes. Invocaram a sua enorme «competência técnica», a sua formação profissional e um suposto superior conhecimento das matérias em causa (a psicóloga e a pediatra). Foi assim colocada a técnica (?) versus natureza humana, versus moral e versus bom senso. Tais pretensões tecnocráticas, que apenas revelam ignorância doutoral, insensibilidade primária e amoraliade que ultrapassa mesmo a dita politicamente correcta – e também ignorância técnica –, foram naturalmente refutadas.

3.5 – Mesmo depois de ouvirem as opiniões sobre os filmes visionados, os responsáveis presentes da RTP persistiram na sua argumentação e na sua determinação em prosseguir com a transmissão dos filmes.

Isto prova inequivocamente que o seu propósito não era propriamente ouvir o parecer de bom senso da CNAF e reponderar a questão, devendo concluir que os filmes não deveriam ser transmitidos e reconhecendo que a sua compra consistiu numa má aplicação do dinheiro dos contribuintes.

O propósito dos responsáveis presentes da RTP era de facto outro.

Contando intimidar os representantes da CNAF perante um ambiente orquestrado e dominante tão «desinibido», tão «progressista» e tão «cientificamente fundamentado», o seu propósito era apenas obter da instituição ali presente como representante das famílias, por omissão de uma oposição frontal, um alibi. Amanhã confrontados por este grave atentado moral e sanitário às crianças e adolescentes portugueses, eles pretenderiam invocar o agrément da CNAF... por falta de oposição frontal.

Se assim calcularam, enganaram-se.


4 – O suposto enquadramento educativo da transmissão dos filmes

4.1 – Supostamente, a transmissão dos filmes seria feita a umas horas sabiamente escolhidas para serem vistos pelas crianças e adolescentes com os pais ao lado. Trata-se apenas de mais uma falácia destinada a mascarar de «pedagogia» a pornografia. Na realidade, os responsáveis por este atentado às crianças e adolescentes não têm nenhuma garantia da presença dos pais ao lado dos filhos durante a transmissão.

4.2 – E para que serviriam os pais ao lado dos filhos? Só se fosse para, a cada cena, uma pior do que a outra, lhes irem dizendo que o que estavam a ver era uma perversão. Será que a RTP2 aposta em transmitir matéria «interessante» e «esclarecedora» pela negativa para suscitar o papel educativo dos pais? Será esta a nova (?) técnica educativa da RTP? Mais uma falácia desculpabilizante de quem sabe muito bem o mal que está a fazer.

4.3 – Suponhamos o cenário em que os filmes são vistos por crianças e adolescentes em companhia dos pais. Quais serão os pais normais e filhos normais que não se sentirão naturalmente incomodados e feridos no seu pudor perante tais porcarias? Obviamente que estamos a pensar em pais e filhos normais, isto é, pessoas normais, como o são a esmagadora maioria. Não estamos a pensar nos anormais que são os obcecados por sexo, os decadentes, os perversos, os indivíduos sem tabús, como se apresentou afinal o grupo encabeçado por Manuel Falcão e parece dominar a televisão pública.

4.4 – Como mais uma forma de dourar a pílula, foi anunciado que, posteriormente à emissão dos filmes, estaria previsto um «debate». Se por acaso houvesse alguma incompreensão dos filmes, então, com o «debate», tudo ficaria esclarecido. Na realidade, tratar-se-ia de um pseudodebate, entre jovens, com certeza sem maturidade nem preparação intelectual para procederem a uma abordagem séria dos problemas. Tal pseudodebate só poderia ser útil aos conspiradores anti-sociais e agradar a gente de superficialidade mental e preparação intelectual idênticas às dos garotos participantes.

4.5 – O «debate» teria a agravante de ser dirigido por Júlio Machado Vaz, um indivíduo que, com a sua postura doutoral, na televisão e em todo o lado, é um dos maiores propagandistas da decadência, do amoralismo, da homossexualidade. À partida, seria um debate triplamente manipulado: pela imaturidade dos participantes em geral, pela escolha massiva e certamente criteriosa de jovens participantes «avançados» feita pelos responsáveis da RTP2 e, por fim, pela «autoridade científica» do já tristemente conhecido «moderador».


5 – O enquadramento ideológico e conspirativo dos filmes
e as óbvias conclusões sobre a pretensão da sua transmissão

5.1 – Tais transmissões televisivas, por constituírem uma agressão aos portugueses, deveriam pura e simplesmente ser proibidas em qualquer estação. A transmissão pela televisão do Estado, que é paga com o dinheiro dos contribuintes, torna-se um abuso de poder do loby da perversão em interesse próprio, um desvio dos fins da televisão do Estado e uma utilização indevida de fundos públicos.

5.2 – Tendo sido referido que os filmes em questão haviam recebido prémios, só pode concluir-se que os júris que lhos atribuíram se identificam com os seus autores quanto à ausência de valores e propósitos. É sabido que os concursos com júris que atribuem prémios a filmes deste quilate são simples montagens promovidas pelos apaniguados dessas causas perversas. Os nossos critérios morais e sanitários não são, definitiva e inequivocamente, os dos júris dos Hollywoods.

5.3 – O facto de, na RTP, responsáveis pela compra de programas terem adquirido estes filmes – e outros também! –, vem mais uma vez provar que esta instituição, que foi fundada para participar na educação dos portugueses, está, na melhor das hipóteses, nas mãos de pessoas «distraídas», e portanto incompetentes para a função. A outra hipótese é de quem adquiriu estes filmes e persiste na atitude ser da mesma índole moral dos autores desses filmes. Acresce que alguns desses funcionários têm dado provas de insistente e feroz militância a favor da apresentação de filmes e produção própria idêntica, tal e qual os filmes visionados, conduzindo à degradação moral das crianças, jovens e sociedade em geral.

5.4 – Do ponto de vista policial e judicial, a promoção televisiva de tal decadência pode não ser encarada como simples «distracção», «tolerância», permissividade, laxismo, ideologia... Pode igualmente ser encarada como eventual actividade promocional de indústrias paralelas, tendendo ao desenvolvimento do comércio sexual, nomeadamente de pedofilia. Pode, portanto, eventualmente, fornecer pistas que permitam a identificação de autores desses delitos. Assunto a seguir pelas polícias.

5.5 – Estes filmes e outros que tais, assim como a sua divulgação, inserem-se na orientação anarco-liberal, hedonista e amoral, que serve a estratégia, nuns casos, ou tácticas, noutros casos, de vários grupos de interesses, e que, organizada ou espontaneamente, a promovem, e que abaixo são referidos.

5.5.1 – O complexo social-industrial. A essência da lógica interna do complexo social-industrial é fomentar a existência de chagas sociais para ter mercado. Ele apresenta os seus sacerdotes como «especialistas» dos problemas humanos e detentores únicos da verdade científica e recusando o bom senso não só das pessoas comuns como dos especialistas não corrompidos. Encontramos assim um calculismo perverso entre alguns psicólogos, psiquiatras e sociólogos freudianos e aparentados, pedagogos «modernos» e permissivos, assistentes sociais sem sentido social mas com sentido carreirista e comercial, terapeutas permissivos da toxicodependência, sexólogos reichianos, etc. O mesmo calculismo perverso existe ainda da parte de alguns laboratórios de antidepressivos e outras drogas da psiquiatria, da toxicodependência e das suas consequentes doenças do foro estritamente físico, resultantes dos distúrbios primários.

5.5.2 – A indústria da droga. Às indústrias das drogas naturais, semi-sintéticas e sintéticas interessa a existência de uma juventude desorientada e hedonista, que lhe proporcione um extenso mercado. A indústria da droga é um dos buldozzers do complexo social-industrial.

5.5.3 – As indústrias da noite, do álcool e do tabaco. Pelas mesmas razões.

5.5.4 – As indústrias do cinema e da música rascas. Pelas mesmas razões.

5.5.5 – As indústrias e os lobies do sexo. Pelas mesmas razões.

5.5.6 – Os lobies homossexuais e feministas. Tanto aos homossexuais como às feministas, radicais ou soft, interessa o triunfo da depravação, pois em tal situação consideram ter alcançado estatisticamente a sua «normalidade».

5.5.7 – As seitas satânicas. Elas visam o triunfo do mal, promovem-no e prestam culto a Satanás. Para atingirem o seu fim, servem-se de todos os expedientes enumerados, nomeadamente filmes como os referidos.

5.6 – Todas estas actividades contra a Civilização são orquestradas por indivíduos com interesses e motivações diversas. Muitos fazem dessas actividades, no seu dia-a-dia, uma permanente militância. Eles recebem depois o apoio de pessoas que influenciam mentalmente, que subornam pelos mais variados meios, ou que simplesmente são confusas e frouxas, pessoas que, embora não defendam explicitamente essas doutrinas e práticas com o mesmo empenho, constroem uma argumentação eventualmente filosófica relativista, «ponderada», permissiva, cúmplice, que, na prática, apoia as maquinações dos conspiradores contra a Civilização.

5.7 – A situação exige medidas urgentes e firmes por parte dos responsáveis pela RTP.

Lisboa, 4 de Maio de 2005

Heduíno Gomes






quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A origem da burka


Deusa Astarte
Babilónia
Mesopotâmia
A burka, traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia.

Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem excepção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa.

Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres da alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu para protecção da sua identidade.

Com base nessa origem histórica, Mustapha Kemal Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923-1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económica e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar definitivamente com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época.

Pôs definitivamente fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte:

«Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».

No dia seguinte, ninguém mais viu a burka na Turquia.

Essa lei ainda se mantém em vigor.





terça-feira, 29 de outubro de 2013

Aprende, Cavaco!


Luís Lemos

Definindo-se a ele próprio como uma pessoa de esquerda, humanista e católico, o Presidente do Equador, Rafael Correa, declarou resignar se a Assembleia Nacional legalizar o aborto. 
É a diferença entre alguém coerente e alguém que apenas olhou e olha para a sua carreira (e para as modestas reformas sua e da sua Maria...). Promulgar leis contra a Civilização cristã, o direito natural, a decência, não faz mal desde que no domingo seguinte vá à missa.




sábado, 26 de outubro de 2013

A estrutura moral da pedofilia
(e outros abusos)


Anthony Esolen

Na América contemporânea a condenação da pedofilia tem por base as emoções e não o raciocínio moral. Não há quem consiga explicar porque é que a pedofilia é uma coisa tão vil e, ao mesmo tempo, sustentar o primeiro mandamento da revolução sexual: Satisfazei os vossos desejos.

A estrutura moral da pedofilia é tão simples como isto: o bem-estar das crianças subordina-se à satisfação sexual dos adultos.

Jerry Sandusky, ex-coordenador defensivo da equipa de futebol Americano Penn State, criou uma IPSS chamada The Second Mile, para crianças, a maior parte das quais sem pais, que viviam em lares difíceis. Não se sabe se o fez com a intenção de atrair os rapazes para uma armadilha, mas a realidade acabou por ser essa, de acordo com o testemunho de homens que recordaram, com vergonha e nojo, a forma como foram iniciados à sodomia.


Ver mais em
http://www.uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.pt/2013/10/a-estrutura-moral-da-pedofilia-e-outros.html





sexta-feira, 25 de outubro de 2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O abc do poder angolano


Angola : influência «crescente» em Portugal
Os angolanos são os investidores estrangeiros com maior peso no PSI-20. O conjunto das suas posições vale cerca de 2,8 mil milhões de euros, valor que oscila em função da volatilidade das acções. A sua influência, contudo, está longe de se esgotar na bolsa. O poder angolano tece-se em várias teias.


A
António Mosquito e Álvaro Sobrinho. O primeiro tornou-se mediático em Portugal por ser dado como putativo comprador da Controlinveste, empresa que detém, entre outros, o «DN», a «TSF» e o «JN» e «O Jogo». Enquanto esta operação se mantém num impasse, Mosquito vai concretizar a compra de 66,7% do capital da Soares da Costa por 70 milhões de euros. O empresário tem 12% do Banco Caixa Geral Totta e em Angola está em áreas como o imobiliário, o automóvel e o petróleo. Representa as marcas Audi e VW e um dos seus maiores clientes é o Estado angolano. Em Angola há quem o elogie e quem o questione, dizendo que não se lhe conhecesse um negócio que funcione. Já Álvaro Sobrinho, o rosto da família Madaleno (directa ou indirectamente através da Newshold), é dono do jornal «Sol», tem um contrato de gestão do «I», 15% da Cofina (proprietária do Negócios), 1% da Impresa («Expresso e SIC») e 23,5% da SAD do Sporting. A Newshold comprou também 80% da Cofaco, uma empresa conserveira que tem marcas como o Bom Petisco. Sobrinho foi presidente executivo e não executivo do Banco Espírito Santo de Angola, de onde saiu em conflito nunca assumido publicamente com o BES.

B
Banca. Os angolanos têm interesses fortes na banca nacional. Assim, Isabel dos Santos controla 19,5 % do capital do BPI e 25% do BIC Português e BIC Angola, dois bancos que têm uma estrutura accionista similar. O BIC Português é liderado por Mira Amaral, o BIC Angola por Fernando Teles. Américo Amorim também tem 25% destes dois bancos. O BIC comprou o BPN ao Estado português no final de 2011 por 40 milhões de euros. Já o general Manuel Hélder Vieira Dias (Kopelipa) detém 10,19% do banco BIG. O maior destaque vai para o BCP, onda a Sonangol é a maior accionista (19,5%) e outra empresa angolana, a Interoceânico, possui 2,6% do capital, alinhando posições com os brasileiros da Camargo Côrrea.

C
Carlos Silva. É o rosto da Interoceânico e presidente do angolano Banco Privado Atlântico (BPA). É também vice-presidente do BCP e tido como próximo de Manuel Vicente, actual vice-presidente da República de Angola. Está também ligado à Mota-Engil Angola, através de duas empresas, a Globalpactum e a Finicapital (empresas associadas da Sonangol e do BPA) Quando foi apresentada em Portugal, em Fevereiro de 2011, a Interoceânico anunciou ter 75 milhões de euros para investir em sectores como o financeiro, agro-indústria e a energia. A Interoceânico, através da Finicapital, teve uma parceria com a Impresa em Angola através da qual nasceu a revista «Rumo». A publicação fechou em Janeiro de 2013, numa altura em que o semanário «Expresso» vinha noticiando investigações da justiça portuguesa a altura figuras de Angola.

D
Daniel Proença de Carvalho. O advogado é presidente não executivo da Zon, cujo maior accionista é Isabel dos Santos. Proença de Carvalho foi também um dos advogados que tratou da restituição de 150 milhões de dólares que Angola havia transferido para um advogado para comprar 49% do Banif. O caso iniciou-se em 1994, mas o Estado angolano só se considerou ressarcido em 2010. É também um dos accionistas da Interoceânico. O advogado é igualmente presidente não executivo da Cimpor, dominada pela Camargo Corrêa, aliada da Interoceânico no BCP.

E
Escom. Empresa que o Grupo Espírito Santo acordou vender à Sonangol. O desfecho desta operação, acordada em 2010, tem-se arrastado. Pelo caminho a empresa viu-se sob investigação do DCIAP por causa do dinheiro envolvido na transacção. Entretanto, três gestores terão também sido constituídos arguidos no chamado caso dos submarinos. A polémica em torno da Escom faz também parte de uma «guerra» entre duas facções do poder angolano.

F
Filipe Vilaça Barreiros. É uma figura discreta que representa o general Kopelipa nos muitos negócios que este tem em Portugal, da banca aos vinhos, através da empresa World Wide Capital. É um apaixonado pelo desporto automóvel e costuma disputar provas ao volante de um Ferrari.

G
Galp. Tem dado bons dividendos mas é uma pedra no sapato dos investidores angolanos, Sonangol e Isabel dos Santos, que detêm indirectamente 15% da petrolífera portuguesa, a partir da posição de 45% que possuem na Amorim Energia. Esta «holding», controlada a 55% por Américo Amorim, tem uma posição de 33,34% da Galp. Os angolanos sempre quiseram ter uma participação mais activa na gestão da Galp, mas Amorim tem-se constituído como um obstáculo a esta pretensão. Este é um dos motivos do seu mau relacionamento com Isabel dos Santos.

H
Higino Carneiro. Discreto, influente e muito rico. São-lhe atribuídos investimentos em Portugal nas áreas da hotelaria e restauração. Já foi ministro das Obras Públicas de Angola. É actualmente governador da província do Kuando Kubango. Terá perdido influência política.

I
Isabel dos Santos. É a empresa com investimentos mais elevados e notórios em Portugal. Concretizou agora a fusão da Zon com a Optimus, é accionista do BPI, do BIC e da Galp e a «Forbes» classificou-a como a primeira multimilionária africana. Além do casamento com a Optimus tem um acordo com a Sonae para implantar a cadeia de hipermercados Continente em Angola. O facto de ser filha do presidente da República, José Eduardo dos Santos, coloca-a sob constante escrutínio. Os seus defensores realçam os seus méritos como empresária e as suas apostas acertadas. Os seus críticos dizem que só chegou a este nível por ser filha de quem é.

J
José Eduardo dos Santos. É presidente de Angola desde 1979 e esta sua longevidade na liderança, a maior em África, diz praticamente tudo sobre o seu poder. Tem conhecimento, directo ou indirecto, de todos os investimentos em Portugal e tem sido, no interior do MPLA, um dos defensores da aproximação entre os dois países. O relacionamento a nível governativo melhorou significativamente a partir da chegada de José Sócrates a primeiro-ministro. O grande receio reside em saber se após a saída de Eduardo dos Santos, Angola conseguirá manter a sua estabilidade social e política.

K
Kopelipa. Nome pelo qual é conhecido o general Manuel Hélder Vieira Dias. Ministro de Estado e chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos. A seguir ao presidente, será provavelmente a segunda figura mais poderosa em Angola. Em Portugal tem investimentos pessoais em imobiliário, avaliados em mais de 10 milhões de euros, quintas no Douro, e uma participação de 10,19% no banco BIG. Kopelipa é o homem em que José Eduardo dos Santos tem total confiança. E isto basta para ilustrar a sua influência.

L
Lopo do Nascimento. Foi primeiro-ministro, ministro e secretário-geral do comité central do MPLA. No início da primeira década do século XXI houve quem olhasse para ele como um figura credível que poderia congregar as elites descontentes com o Governo do país. Hoje é deputado eleito pelo MPLA. Em 2010 integrou um consórcio que adquiriu 49% da Coba, uma empresa portuguesa de consultoria em engenharia civil e ambiental. É actualmente presidente do conselho geral e de supervisão desta empresa.

M
Mário Leite da Silva. Discreto. O economista que Isabel dos Santos foi resgatar aos quadros de Américo Amorim é o número dois da empresária angolana e uma pessoa da sua máxima confiança. Está, por exemplo, nas administrações da Zon, BPI e De Grisogono, uma empresa suíça de jóias e relógios que Isabel dos Santos comprou.

N
Noé Baltazar. Ex-presidente da Endiama e que manteve negócios no sector dos diamantes. É muito próximo de José Eduardo dos Santos e um dos muitos ilustres angolanos que comprou um apartamento no Estoril Sol Residence. A «Maka Angola» baptizou-o de «prédio dos angolanos». Lá têm casa, entre outros, José Pedro Morais (ex-ministro das Finanças), António Domingos Pitra Neto (actual ministro da Administração Pública), Álvaro Sobrinho (Newshold) e Teresa Giovetty, mulher do general Kopelipa.

O
Oloeoga. Empresa que se dedica à produção de azeite e que tem como accionista Monteiro Pinto Kapunga, deputado do MPLA eleito pelo círculo de Malanje. Em 2008 juntou-se ao elvense João Garção e investiram dois milhões de euros num lagar de azeite.

P
Paulo Azevedo. O seu pai, Belmiro de Azevedo, tinha dúvidas em relação a Angola. Paulo, se as tem, não as mostra. Aliou-se a Isabel dos Santos para fundir a sua empresa de telecomunicações, a Optimus, com a Zon, e também acordou com a empresária a instalação de hipermercados Continente em Angola. Isabel dos Santos criou a empresa Condis que terá uma participação de 51% neste projecto, ficando a Sonae com uma posição minoritária.

Q
Quintas. Quinta da Marinha, Quinta do Lago ou Quinta da Beloura. São três exemplos de empreendimentos imobiliários de luxo onde a elite angolana tem casa. Estes investimentos revelam o seu poder financeiro, mas são também um porto seguro caso a situação social e política em Angola se deteriore, em resultado do processo de sucessão de José Eduardo dos Santos.

R
Rafael Marques de Morais. O jornalista e líder do site Maka Angola é porventura o crítico do regime com maior notoriedade. Recentemente foi co-autor de um artigo publicado pela «Forbes» que atribui o enriquecimento de Isabel dos Santos a favores do pai. É autor do livro «Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola» e alvo de processos movidos por generais angolanos. A sua exposição mediática irrita solenemente a nomenclatura angolana.

S
Sindika Dokolo. Marido de Isabel dos Santos. É membro da administração da Amorim Energia. Possui a mais importante colecção de arte africana contemporânea, com cerca de três mil obras. É cada vez mais influente no círculo restrito de José Eduardo dos Santos.

T
Tobis. A empresa portuguesa produtora de cinema foi comprada por investidores angolanos em 2012, os quais pagaram ao Estado português sete milhões de euros. A Tobis foi adquirida pela Filmdrehtsich , detida a 100% por uma sociedade com sede em Angola, a Berkeley Gestão e Serviços, cujos accionistas se desconhecem. Em 2007, Pepetela, um dos mais aclamados escritores angolanos, havia publicado um livro intitulado «O Terrorista de Berkeley, Califórnia». A participação da Berkely foi posteriormente comprada pela Elokuva, também angolana. A Filmdrehtsich tem como gerente Maria Pereira Vinagre.

U
Unitel. É a principal empresa de telecomunicações de Angola. Isabel dos Santos é accionista de referência e a PT tem uma participação de 25%. Com a fusão Zon/Optimus esta aliança será certamente reavaliada. O processo de separação terá tanto de natural como de demorado.

V
Viauto. Empresa de comércio automóvel que Manuel Hélder Vieira Dias «Júnior», filho de Kopelipa, comprou em 2012 à Santogal, do Grupo Espírito Santo. Representa em Portugal as marcas de luxo Ferrari e Maserati.

W
Welwitschia. Nome de baptismo de Tchizé dos Santos, filha de José Eduardo dos SantosEm 2012 comprou 30% da Central de Frutas do Painho, através da empresa Goodness Country. Esta empresa é uma organização de produtores de pêra rocha do Cadaval, região de onde é originário o seu marido, Hugo Pêgo.

X
Xadrez. A maior parte dos investimentos angolanos são feitos através de várias empresas que partilham accionistas. Um autêntico jogo.

Y
Yuan. Moeda simboliza as relações fortes entre a China e Angola, dois países que têm um peso determinante no PSI-20: a China através da EDP, Angola com posições diversas.

Z
Zon. Isabel dos Santos tornou-se accionista maioritária da empresa e depois lançou-se no processo de fusão da empresa com a Optimus. A Zon é uma das estrelas cintilantes na constelação dos seus interesses no sector das telecomunicações.





terça-feira, 22 de outubro de 2013

Turquia volta a permitir a utilização
de véu islâmico em instituições públicas


A Turquia, país da NATO e que pretende entrar na União Europeia, acabou com a proibição da utilização de véu islâmico nas instituições públicas.
A interdição vigorava desde os tempos de Kemal Ataturk, pai da república moderna, que proibiu o uso do véu em locais públicos como parte das medidas de modernização e ocidentalização do país.

O actual primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, é de um partido islamita e tem tomado medidas islamizantes. Depois de ter permitido a utilização do véu islâmico nas universidades, autoriza a possibilidade de se trabalhar em instituições do Estado com véu.

A própria mulher de Erdogan já foi criticada por aparecer em público, ao lado do marido, com véu a cobrir-lhe o cabelo.

Os defensores do Estado secular estão muito preocupados com o que consideram ser uma deriva islamita da sociedade turca. Esta preocupação esteve também na base das contestações violentas ao regime que tiveram lugar nas principais cidades turcas a partir de Maio deste ano.

Por outro lado, na Europa, a pressão muçulmana acentua-se.

A França está a ver-se obrigada a ponderar proibir véus islâmicos nas universidades.

A Bélgica, país igualmente pressionado pelos muçulmanos  tem de obrigar mulher, já com nacionalidade belga, a retirar véu islâmico.

E aqui ao lado, o Supremo espanhol revogou a proibição do uso do véu islâmico e «burka».





domingo, 20 de outubro de 2013

João Paulo II sobre a «obsessão»
de defender a vida


João Paulo II uma vez concedeu uma entrevista ao respeitado jornalista Vittorio Messori, que lhe perguntou se ele não seria porventura «obsessivo» na sua pregação contra o aborto. O Santo Padre retorquiu-lhe:

«A legalização da terminação da gravidez é apenas a autorização dada a um adulto, com a aprovação de uma lei estabelecida, de tirar a vida a crianças ainda não nascidas e por isso incapazes de se defenderem. É difícil conceber uma situação mais injusta, e é muito difícil falar de obsessão nesta matéria, pois trata-se de um imperativo fundamental de toda a consciência recta – a defesa do direito à vida de um ser humano inocente e indefeso».

(Em Atravessando o Limiar da Esperança, 1994, livro-entrevista baseado nas perguntas de Vittorio Messori)