Foi assassinado em Iskenderum, Turquia, Dom Luigi Padovese, Vigário Apostólico de Anatólia e Presidente da Conferência Episcopal da Turquia. Segundo informa a agência turca Anadolu, o Prelado foi apunhalado em sua casa.
A morte deste valente Bispo traz à memória a de outro sacerdote assassinado também na Turquia em 2006, o P. Andrea Santoro. O homicídio de Dom Padovese permite-nos ver como o testemunho da Igreja em certas situações pode pagar-se a preço de sangue.
Este lamentável facto ocorre nas vésperas de uma viagem do Papa ao Próximo Oriente. Este facto permite-nos entender com muita profundidade como a questão da solidariedade da Igreja universal, de apoio para estas comunidades cristãs, é absolutamente urgente, necessária.
1 comentário:
Ontem, como sabemos, foi assassinado um bispo na Turquia. Era o líder da pequena comunidade católica local. Soube-se que o homicida era o motorista, que se encontrava ao seu serviço há quatro anos. A investigação foi rápida como um relâmpago e concluiu que não havia motivações religiosas por detrás do crime. Obviamente. O homem tinha perturbações mentais. Convenientemente detectadas agora, depois de quatro anos e um homicídio.
Sucedesse algo de semelhante por cá. Sucedesse que um líder muçulmano fosse morto na Dinamarca, Suiça, Holanda, Espanha ou qualquer país do (ainda) Ocidente. A culpa seria do extremismo, do racismo, da islamofobia, da xenofobia, da fobia. Seria sempre um acto inqualificável e gerador de reacções indignadas entre os bem pensantes. Neste caso, foi "só" um católico. Que se trate de um bispo é indiferente. Todos os dias são assassinados cristãos, budistas, hindus, judeus, ateus e outros na Turquia, Iraque, Filipinas, Tailândia, Egipto, Argélia, Sudão, Paquistão, etc, etc. Todos eles caídos ás mãos dos sequazes da "religião da paz". A coisa nunca motiva reuniões de urgência do Conselho de Segurança, condenações da ONU, da Aliança para as Civilizações e outras associações mais ou menos circenses. O petróleo, os fundos de investimento e os baixos salários têm muita capacidade argumentativa e não convém aborrecer os aliados e amigos islâmicos com pormenores mesquinhos como a morte de um bispo ou de um monge budista. Até porque, se se for a ver bem, os responsáveis são sempre gente perturbada que não representa o mundo muçulmano. Ao contrário do que sucede quando os papéis se invertem (muito raramente, diga-se).
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