sábado, 5 de fevereiro de 2011

Manifesto dos economistas aterrorizados

[O Fórum Repensar Portugal Reconstruir Portugal republica este texto com o propósito de estimular a reflexão e o debate sobre o tema da dívida e da crise económica em Portugal, não constituindo a publicação do presente documento uma adesão do Fórum a tal manifesto.]

Associação Francesa de Economia Política (AEFP)

Manifesto dos economistas aterrorizados

Crise e Dívida na Europa: 
10 falsas evidências, 22 medidas em debate para sair do impasse

Philippe Askenazy (CNRS, Ecole d'économie de Paris),
Thomas Coutrot (Conselho Científico da Attac),
André Orléan (CNRS, EHESS, Presidente da AFEP),

Tradução de Nuno Serra
e revisão de João Rodrigues - Arrastão

Introdução

A retoma económica mundial, que foi possível graças a uma injecção colossal de fundos públicos no circuito económico (desde os Estados Unidos à China) é frágil, mas real. Apenas um continente continua em retracção, a Europa. Reencontrar o caminho do crescimento económico deixou de ser a sua prioridade política. A Europa decidiu enveredar por outra via, a da luta contra os défices públicos.

"Na União Europeia, estes défices são de facto elevados - 7% em média em 2010 - mas muito inferiores aos 11% dos Estados Unidos. Enquanto alguns estados norte-americanos com um peso económico mais relevante do que a Grécia (como a Califórnia, por exemplo), se encontram numa situação de quase falência, os mercados financeiros decidiram especular com as dívidas soberanas de países europeus, particularmente do Sul. A Europa, de facto, encontra-se aprisionada na sua própria armadilha institucional: os Estados são obrigados a endividar-se nas instituições financeiras privadas que obtêm injecções de liquidez, a baixo custo, do Banco Central Europeu (BCE). Por conseguinte, os mercados têm em seu poder a chave do financiamento dos Estados. Neste contexto, a ausência de solidariedade europeia incentiva a especulação, ao mesmo tempo que as agências de notação apostam na acentuação da desconfiança.

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