segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Como reduzir despesa e aumentar receita

Heduíno Gomes

Circula, entre muitos, mais um texto com várias sugestões de cortes na despesa e aumento da receita. Poderá eventualmente este texto não ser rigoroso ou viável em algum ponto. Mas, no seu conjunto, não deixa de ser pertinente.

Diríamos mesmo que há cortes em que poderia ir ao fundo da questão.

Por exemplo, aponta o corte de 50% no subsídio aos partidos. Porque não 100%? Que obrigação têm os contribuintes de financiar associações privadas? Que legitimidade têm essas associações privadas para receber uma ajuda quando se revelam associações de interesses privados, quando não associações de malfeitores? Será a paga por, em conjunto com outras associações, subterrâneas, terem conduzido Portugal a esta situação?

Por exemplo, em relação ao funcionamento da Assembleia da República, porque não concebe-lo em moldes de participação gratuita dos seus deputados (não é inédito…) excepto nos seus serviços permanentes?

Vejamos então o conjunto das sugestões desse texto.


Esta cambada fica-nos cara.

Querem melhor receita para sobrevivermos em 2013 ?!...

Propostas de alternativa à austeridade, que tudo está a mirrar, isto no que toca a corte de despesa nas ditas gorduras.

Por isso:

– Reduzam 50% do orçamento da Assembleia da República e vão poupar +- 43.000.000,00€.

– Reduzam 50% do orçamento da Presidência da República e vão poupar +- 7.600.000,00€.

– Cortem as subvenções vitalícias aos políticos deputados e vão poupar +- 8.000.000,00€.

– Cortem 30% nos vencimentos e outras mordomias dos políticos, seus assessores, secretários e companhia e vão poupar +- 2.000.000.00€.

– Cortem 50% das subvenções estatais aos partidos políticos e pouparão +- 40.000.000,00€.

– Cortem, com rigor, os apoios às fundações e bem assim os benefícios fiscais às mesmas e irão poupar +- 500.000.000,00€.

– Reduzam, em média, 1,5 vereador por cada câmara e irão poupar +- 13.000.000,00€.

– Renegociem, a sério, as famosas parcerias público privadas e as rendas energéticas e pouparão + 1.500.000.000,00€.

Só aqui nestas «coisitas», o País reduz a despesa em mais de 2 mil e cem milhões de euros.

Mas nas receitas também se pode melhorar e muito a sua cobrança.

– Combatam eficazmente a tão desenvolvida economia paralela e as Receitas aumentarão mais de 10.000.000.000,00€.

– Procurem e realizem o dinheiro que foi metido no BPN e encontrarão mais de 9.000.000.000,00€.

– Vendam 200 das tais 238 viaturas de luxo do parque do Estado e as receitas aumentarão +- 5.000.000,00€.

– Façam o mesmo a 308 automóveis das câmaras, 1 por cada uma, e as receitas aumentarão +- 3.000.000,00€.

– Fundam a CP com a Refer e outras empresas do grupo e ainda com a Soflusa e pouparão em Administrações +- 7.000.000,00€.

Nestas «coisitas» as receitas aumentarão cerca de vinte mil milhões de euros, sendo certo que não se fazem contas à redução das despesas com combustíveis, telemóveis e outras mordomias, por força da venda das viaturas, valores esses que não são desprezíveis.

Sendo assim, é ou não possível, reduzir o défice, reduzir a dívida pública, injectar liquidez na economia, para que o País volte a funcionar ?

Há, ou não há, alternativas ?


Façam circular pelos vossos amigos.


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