sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Foto de família



A Minha Foto De Família.

À esquerda é a minha esposa, no meio é a minha mãe, que está ao lado da minha irmã e à direita é a minha sogra.

Não.. Creio que no meio é a minha esposa ao lado da minha irmã, e à direita dela é a minha mãe e da direita para a esquerda é a minha sogra ...

A minha memória já não é a mesma e eu não sei se a minha filha foi com a gente nesse dia.

Creio que ela poderia ser a do lado direito, mas estou certo que não. A única coisa que tenho a certeza é que a minha esposa está no meio ...
Ou talvez não?

Porra ... isto é complicado!

Mandatária para a Juventude pelo PS

Afinal quem é Carolina Patrocínio, Mandatária para a Juventude pelo Partido Socialista de José Sócrates???



Carolina Patrocínio é uma jovem com uns olhos espertos que gostam de andar sempre muito juntos, uma cara patusca, um sorriso simpático e fácil. É rica, famosa e aparece em tudo o que é programa de televisão e revista cor de rosa. Ninguém sabe se aparece por ser famosa, ou se é famosa porque aparece.

Os portugueses devem gostar muito de a ver em fato de banho, atendendo a que é quase impossível arranjar na net uma fotografia da moça, vestida com outra indumentária. Muitos desses portugueses devem ter, para além disso, um especial prazer em vê-la a "ausentar-se", tal é a quantidade dessas fotografias em que aparece de costas.

Até há pouco tempo, não se lhe conhecia uma ideia sobre coisa nenhuma. Uma entrevista recente, e onde fala exaustivamente do que gosta e não gosta, embora mantendo o suspense quanto às suas ideias sobre a situação sócio/política nacional e internacional, as eleições que temos aí à porta e a sua importância para a juventude portuguesa, as saídas profissionais (ou a falta delas) para essa mesma juventude, etc, etc, etc... mesmo assim, deu-nos a conhecer outras características da jovem "apresentatriz". Ficamos a saber que trabalha apenas para se divertir, pois "felizmente não precisa de trabalhar", que "detesta frutas que tenham que ser descascadas" e a frase que anda toda a gente a discutir, "só como cerejas se a minha empregada lhes tirar os caroços", aplicando-se o mesmo princípio às grainhas das uvas, que, segundo ela, "são uma grande trabalheira".

Foi escolhida para Mandatária para a Juventude pelo Partido Socialista de José Sócrates.

Para além de, como quase toda a gente, também não vislumbrar o que é que Sócrates acha que a juventude portuguesa com idade para votar deve ver na jovem e mediática Carolina Patrocínio, que lhe sirva como modelo ou exemplo a seguir, gostaria de chamar a atenção para uma pequena frase da Mandatária, logo a seguir à tal das cerejas e que parece ter escapado aos espectadores, que terão, muito compreensivelmente, ficado apardalados com a problemática dos caroços e grainhas. Diz a Mandatária da Juventude:

"Sou muito competitiva. Detesto perder! Prefiro fazer batota, a ter que perder!"

Ora aí está! Quase que aposto ter sido esta a "qualidade" (para Sócrates um verdadeiro programa eleitoral...) que cativou o Primeiro Ministro e fez de Carolina uma incontornável Mandatária.

samuel-cantigueiro

«Portugal não é uma província espanhola!»

A presidente do PSD acusou o PS de, conjuntamente com autarcas de Espanha, estar envolvido em manifestações e pressões contra si por causa do TGV e afirmou não gostar "dos espanhóis metidos na política portuguesa".
A presidente do PSD alegou que Espanha está interessada em que a rede ferroviária de alta-velocidade (TGV) chegue a Portugal para captar "mais fundos comunitários".
"Eu não estou aqui para defender os interesses espanhóis, eu estou aqui para defender os interesses portugueses. Portugal não é uma província espanhola. Peça aos seus camaradas da fronteira que deixem de fazer manifestações e petições e pressões sobre mim própria juntamente com os espanhóis por causa do TGV", disse a José Sócrates, que observou não perceber do que é Ferreira Leite estava a falar.
"Camaradas seus portugueses, juntos com autarcas espanhóis, em conjunto, têm feito manifestações e têm feito pressões contra a minha pessoa", respondeu a presidente do PSD.
"Não gosto dos espanhóis metidos na política portuguesa. Eu não tenciono resolver os problemas de Portugal em função dos interesses espanhóis".

(SIC, 12-09-09)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A HISTÓRIA DOS COMBOIOS LUSO-ESPANHÓIS

A VINGANÇA DE MANUELA FERREIRA LEITE

No princípio, o Reino de Portugal começou por construir o caminho-se-ferro de Lisboa a Elvas, numa linha onde algures num ponto chamado Entroncamento partiria um ramal para o Porto. E assim foi. O comboio chegou primeiro a Badajoz em 1863, mas de Lisboa ao Porto só viria a haver comboios directos em 1877 com a inauguração da Ponte de Maria Pia.
A prioridade foi sempre a de ligar os portos a Espanha e por isso tudo se fez para romper as linhas em direcção à fronteira. Enquanto a Linha do Norte foi construída aos soluços, a da Beira Alta (1882), que ligaria Figueira da Foz a Vilar Formoso, foi feita em quatro anos (um tempo recorde para a época) e pôs o Porto em polvorosa a clamar por uma linha directa a Espanha pelo vale do Douro. Fez-se então a linha do Porto a Barca de Alva (1887), após um investimento brutal que levaria a praça financeira da Invicta à falência, ficando os seus bancos impedidos de cunhar moeda - um caso que ficou para a História como a "Salamancada".
Mais a sul, em 1880 era inaugurado o ramal de Cáceres (Torre das Vargens a Beirã/Marvão), que constituía um bom atalho para Madrid. O objectivo era chegar aos fosfatos da zona de Cáceres, que seriam escoados para o porto de Lisboa, mas a nova linha revelou-se outro fiasco porque o filão esgotou-se rapidamente. Além das amortizações de um investimento inútil, a Real Companhia dos Caminhos de Ferro (portuguesa) assumiu então encargos que a obrigaram a pagar as obras de conservação da estação madrilena de Delícias.
Enquanto isso, Espanha construía um eixo ferroviário desde Vigo até Ayamonte que contornava a fronteira portuguesa. Era a "cintura de ferro", como ficou conhecida. De resto, em Badajoz e em Vilar Formoso, durante vários anos, havia linha desde Lisboa, mas não havia continuação para Madrid porque os espanhóis tardaram em ligar-se às fronteiras. Portugal construíu, pois, a sua rede ao sabor dos interesses espanhóis. E também foram eles os primeiros a fechar as poucas ligações à fronteira quando nos finais do século XX se tornou moda encerrar linhas de caminha-de-ferro: desmantelaram a linha de Huelva a Ayamonte e foram os primeiros a fechar La Fregeneda quando o comboio ainda apitava em Barca de Alva.
Mais recentemente, em 1998, a Refer inaugura a electrificação da Linha da Beira Alta até Vilar Formoso. Mas a Espanha, apesar dos compromissos assumidos na Cimeira da Figueira da Foz em 2003 e de já ter um projecto terminado, nunca avançou com as obras de electrificação até à fronteira lusa. E quando nos alvores do século XXI se começa a falar no TGV, Portugal começou por querer fazer uma linha Lisboa-Porto-Madrid ("T" deitado) para se opor ao centralismo do país vizinho. Mas acbaria por se conformar com uma linha directa de Lisboa a Madrid. Com prioridade para a primeira, claro. Tal como no século XIX.
Ferreira Leite, se for eleita, diz que "não senhor". Explica que as motivações são financeiras. Mas sabe-se lá se não quererá acertar contas com a História.

Carlos Cipriano, Público, 15 de Setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sócrates conseguiu

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

U.N. Recommends Mandatory Sex Education for Kindergarteners

According to a report at FOX News, the United Nations is recommending that children as young as five receive mandatory sexual education which would teach them about topics such as gender violence and masturbation.

The U.N.'s Economic, Social and Cultural Organization (UNESCO) released a 98-page report in June offering a universal lesson plan for kids ranging in age from 5-18, an "informed approach to effective sex, relationships" and HIV education that they say is essential for "all young people."

The Report is entitled "International Guidelines for Sexuality Education" and separates children into four age groups: 5-to-8-year-olds, 9-to-12-year olds, 12-to-15-year-olds and 15-to-18-year-olds. Children in the 5-to-8-year-old group will be told that "touching and rubbing one's genitals is called masturbation" and that private parts "can feel pleasurable when touched by oneself."

Upon reaching 9 years of age, the children will learn about homophobia, transphobia, the abuse of power, and the positive and negative effects of aphrodisiacs. They will also learn that abortion is safe. At age 12, the children will learn the "reasons for abortion" and by age 15 will be exposed to direct "advocacy to promote the right to and access to safe abortion."

To read a copy of the report, click here.

The U.N. calls its program "age appropriate," but critics such as Michelle Turner, president of Citizens for a Responsible Curriculum, say the program is exposing kids to sex far too early and offers up abstract ideas that the children might not even understand.

"At that age they should be learning about ... the proper name of certain parts of their bodies," said Turner, "certainly not about masturbation." "Why can't kids be kids anymore?" she asks.

Organizações pró vida questionam o funeral católico de Kennedy


A Catholic pro-life leader has some scathing words concerning Senator Ted Kennedy's Catholic funeral.

Thomas Euteneuer, president of Human Life International, released this statement concerning Senator Kennedy. "We must, as a matter of precept, pray for the salvation of heretical Catholics like Senator Edward Kennedy, but we do not have to praise him, let alone extol him with the full honors of a public Catholic funeral and all the adulation that attends such an event."

He adds that while Senator Kennedy called himself Catholic, like Speaker of the House Nancy Pelosi and Vice President Joe Biden, they are actually wolves in sheep's clothing.

"They do not hold to the teaching of the church. They, in fact, take every opportunity seemingly to contradict the teaching of our church," Euteneuer says. "So in the case of Senator Edward Kennedy, he was not only against his church's teaching on the issue of abortion, but the same with embryonic stem cell research, the same with gay marriage and various other issues which set him in diametric opposition to his church's very well-defined and clearly articulated teaching."

Euteneuer says he is speaking out now to remind everyone that Catholics cannot honor a person with a full and public Catholic funeral when, like Senator Kennedy, he really was not.

A educação sexual e D. Afonso Henriques

A questão pode parecer peregrina, mas não é. Com efeito, foi precisamente neste ano, em que se festejam os novecentos anos do primeiro Rei de Portugal, que se implementou no nosso país a educação sexual obrigatória. Uma tão feliz coincidência não pode ser mero acaso, pelo que parece ser pertinente questionar a relação entre aquela efeméride e esta nova vertente da educação em Portugal.

É certo e sabido que D. Afonso Henriques não teve qualquer tipo de educação sexual, muito embora uma tal carência não tenha significado para o nosso primeiro monarca nenhuma especial inaptidão, pois não só foi pai da nação como, também, de onze filhos! Mais ainda: todos os seus contemporâneos que geraram descendentes, fossem eles nobres, burgueses ou filhos do povo, todos, sem excepção, fizeram-no sem que lhes tivesse sido dada nenhuma educação sexual. É incrível, mas é verdade.

E, não obstante esta ignorância sexual generalizada, o país não se extinguiu! É caso para dizer: milagre! Era de esperar que os portugueses tivessem desaparecido do mapa, por desconhecimento da ciência da reprodução, acintosamente omitida pela Igreja e pelo Estado, nos seus respectivos estabelecimentos de ensino. Mas não! De forma absolutamente prodigiosa, os portugueses, sabe-se lá a que custo, lograram trazer filhos ao mundo! Filhos das trevas e da falta da educação sexual! Filhos da iliteracia sexual que o nosso país sofreu durante oito séculos!

Temo que seja esta a ancestral razão pela qual muito se gaba, e com razão, a proverbial capacidade lusitana de improvisar: não havia aulas, os homens e as mulheres não sabiam educação sexual e, contudo, apareciam filhos, tantos filhos que se espalharam pelas sete partidas do mundo! Se a ignorância sexual foi tão prolífica para Portugal, será que a educação sexual esterilizará o nosso país? Será que o que se pretende, com a nova disciplina curricular, é que os portugueses mirrem e se extingam, em vez de se expandirem e multiplicarem?!

Seja como for, a verdade é que o governo entendeu por bem pôr termo a esta atávica falta de educação sexual nacional. Mas, se pega a moda do Estado pretender ensinar o que é óbvio e natural, em vez do que é elevado e racional, é de esperar que a reforma educativa não se fique pela sexualidade. Falta, por exemplo, uma disciplina de educação respiratória, porque há quem não saiba inspirar e expirar em condições. O mesmo se diga da educação digestiva e de todas as outras expressões das mais básicas necessidades do nosso organismo. Em suma: a introdução da educação sexual não é uma simples alteração cosmética da política educativa, mas o início de uma nova era, a vanguarda de uma autêntica revolução. Abaixo o português e a matemática e viva a educação sexual! Abaixo a cultura e viva a educação animal! Abaixo a educação humanista e viva a educação «bestial»!

A propósito, não será por falta de educação sexual que o lince ibérico está em vias de se extinção?! Se os homens, que em princípio são animais racionais, têm necessidade, no sábio e prudente entendimento dos nossos governantes, de uma aprendizagem que assegure a sua reprodução, com mais razão os animais irracionais precisam de uma formação específica que os ensine a procriar. Crie-se, pois, sem mais demora, a Escola C+S da Malcata e imponha-se aos linces a frequência obrigatória das respectivas aulas de educação sexual: é a única solução capaz de impedir o seu dramático desaparecimento.

Gonçalo Portocarrero de Almada

domingo, 30 de agosto de 2009

O Sistema não tem inimigos

Torna-se importante notar que, desde o Bloco de Esquerda até ao CDS, passando portanto pelo PCP, PSD e PS, não há qualquer posição que desafie o Sistema Político Instalado. Todos se dizem democratas e declaram aceitar as regras do jogo. Parece simples, mas não é.

Em 1974 e 1975, o PCP, como partido revolucionário, jogou para impor um Sistema diferente deste e semelhante ao que existia ao tempo na URSS. Vieram a perceber que não conseguiam e passaram a entrar no Sistema, que os seu dirigentes só formalmente criticam com um lista previsível de acusações, todas elas feitas ao nível prático. Segundo esse relato, o Sistema não está aperfeiçoado porque não garante uma lista enorme de direitos dos trabalhadores. O discurso não tem substância porque não ataca o sistema directamente numa linha leninista ou mesmo marxista, como devia ser a matriz do dito partido vermelho da foice e do martelo.

O recém-criado Bloco, formado pelos trânsfugas de três partidos de extrema esquerda, cujo triunvirato ainda se nota com a hegemonia do demagogo Francisco Louçã, não teve senão que aceitar o Sistema e lutar por votos segundo «as regras do jogo». Mas mais: vindos de um pensamento totalitário e claramente antidemocrata, passaram imediatamente ao acto de adoração latrêutica à democracia, que segundo eles está imperfeita.

Cadeia alimentar

O Partido Socialista, vindo dos exagerados excessos dos jovens exilados na Alemanha, como bem descreve Rui Mateus, perceberam desde cedo o significado da riqueza e o peso do dinheiro. E essa compreensão era incompatível com o marxismo que diziam professar. Por consequência, tiveram que enfrentar num combate mortal a máquina treinada e subversiva do PCP, que queria o poder em Portugal e julgava isso possível instrumentalizando o poder militar, e em seguida definir o Sistema em seu favor. Meteram o marxismo e até o socialismo na gaveta da secretária e banquetearam-se, quando no controle do Sistema, com os recursos do Sistema. Definiram a exploração a seu favor, colocando-se no topo da cadeia alimentar. Foram anos em que o Sistema tomava forma e em que quem passava pelo círculo do poder ficava rico, como é hoje manifesto. A diferença de pecúlio entre o momento da chegada ao círculo e o momento de saída é verdadeiramente notável e não se explica pelos ordenados. Com vocação para o Sistema, o PS ajudou fortemente a erguer o Sistema de que beneficia agora. É um defensor do Sistema.

O PSD fez uma longa caminhada com os mal vistos pelo Sistema. Forçou a entrada no Sistema contra o PS e o PCP e tratou de colaborar na adequação do Sistema às suas necessidades alimentares. Na realidade, é um defensor do Sistema, porque o Sistema é também uma criação sua. Também entende que o Sistema tem que ser melhorado, com menos corrupção, mais transparência, mais emprego, mais seriedade. É o discurso do costume. Os slogans são pobres nesta campanha e todos intrinsecamente falsos ou ambíguos. A sua máquina desatinada defende o Sistema, só com alguns não alinhados a apontar o dedo ao sítio certo. São defensores do Sistema.

O CDS, depois de muitas mutações, conseguiu sair de uns pequenos papéis colados nas bocas de Metro da cidade de Lisboa e entrar no Sistema como parente pobre. Ensaiou na sua área de interesses todas as estratégias possíveis com Freitas do Amaral, Lucas Pires, Adriano Moreira, Ribeiro e Castro e Paulo Portas. Foi do Centro (de quê?), foi partido democrata-cristão fora de tempo, foi a direita possível no Sistema, foi conservador, foi neoliberal, tornou a ser cristão e de direita. Bom, mas é do Sistema. Propõe mudanças no Sistema, mas é democrata.

Não se vê no espectro de partidos políticos com representação na Assembleia quem não seja do Sistema e esteja ali para derrubar o Sistema.

Oligarquia satisfeita

Isto significa o êxito da democracia em Portugal, mas não uma democracia de êxito, de sucesso. É o sucesso do Sistema, mas o Sistema não nos leva ao sucesso. É caro, inoperacional, pouco eficiente, facilmente corrompido e, acima de tudo, proporcionou a formação de uma oligarquia política que se alimenta do Estado e que desempenha essa função sem sentido de serviço a não ser o serviço que faz a si mesma.

A oligarquia existente tem mudado muito lentamente no tipo de pessoas, mas revela-se incapaz de se renovar verdadeiramente até pela presença de famílias, cujos descendentes parecem que herdam a faculdade de subir ao círculo do poderio político.

É interessante estudar o modo como a oligarquia reage a uma ameaça de expulsão ou de renovação. A primeira feita com sentido foi a do partido dito PRD, que aproveitou a figura do General Eanes para se desenvolver e ganhar uma parte substancial da Assembleia, preparando-se, como é lógico, para partilhar os bens disponíveis no Sistema. Todos os partidos (claro que queremos significar os dirigentes contentes dos partidos) identificaram o inimigo: os despojos do dia, o festim, estava ameaçado porque chegavam uns sujeitos esfomeados. Tocaram as trombetas e o partido, depois de umas manhosas habilidades, desapareceu por onde veio, espalhando-se o pessoal dirigente por uns tachos adequados para os manter longe da grande gamela, mas satisfeitos. A mais recente experiência é a sanha com que tratam a rapaziada pouco cristã, cabeça rapada, fatos pretos, correntes, do partido nacionalista. Crêem piamente que ali há nazismo, xenofobia, que os miúdos e as miúdas têm quartos que em vez de exibir cartazes dos Bandemónio, ou dos figurões do heavy metal, têm é o preocupante hábito de pintar suásticas nas paredes, talvez meter umas fotos do tio Adolfo em vez do sorumbático e doente Lenin, e para mais são capazes de ter escondido algumas cópias proibidas do Mein Kampf. É tão preocupante que todos querem eliminá-los e nem sequer os querem deixar ter acesso ao Kindergarten político. Isto já é maldade ou querer mostrar serviço, quando o serviço deveria consistir em prender os criminosos que infestam o País e que, contra a opinião dos abalizados e indocumentados comentadores, no Sistema, na minha opinião só vai piorar.

Em jeito de resumo: o Sistema só pode ter inimigos nas cabeças quentes dos miúdos enquadrados pelo partido declarado inimigo. Os dependentes do Sistema: são os desempregados com subsídio, ciganos financiados, emigrantes assaltantes, bandidos, funcionários da máquina, enfim, tudo pequena gente. O que consta é que as alternativas a este Sistema nem sequer foram enumeradas ou formulados ou enunciadas. Isto significa que a oligarquia política está satisfeita. Não luta entre si, entende-se. O povão vê o espectáculo mediático da luta política que parece um jogo de futebol morno e sem craques. A oligarquia, depois da festa, vai fazer o festim. O que é importante para a oligarquia é enganar sistematicamente o povão composto infelizmente por uma percentagem razoável de gente boa que ainda não passou à floresta. Só isso preocupará a oligarquia impávida e arrogante.


António Marques Bessa

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Medina Carreira: "Portugal é um grande caso BPN"

Cavaco promulga a sinistra lei da «educação sexual»

Da parte do governo de Sócrates e da maioria socialista da Assembleia da República já não é novidade: tudo o que é para destruir a moral e a família pode ser esperado. Entretanto, aqueles portugueses que entregaram o seu voto a Cavaco tinham a esperança de ele fazer valer os valores morais que insinuava defender - para os mais atentos, apenas insinuava... Mas Cavaco só pensa na sua reeleição e, para assegurar o voto de alguns, já há muito que pisca o olho aos inimigos da moral e da família. Por isso, lavando as mãos como Pilatos, como já fizera no caso do aborto, promulgou a lei da educação sexual nas escolas, que constitui um atentado à educação das crianças e aos direitos das famílias: uma lei que dá direito aos inimigos da moral e da família a corromperem as crianças nas escolas sem que os pais se possam opor.
Eis o verdadeiro Cavaco.
A este propósito, publicamos largos extractos do comunicado da Associação Juntos pela Vida.

Heduíno Gomes



Ele não ouve, ele não vê, ele não diz nada...
Defensor da moral e da família ou Pilatos?

Comunicado da Associação Juntos pela Vida
sobre a lei da chamada «educação sexual»
(extractos)

1. Hoje é um dia mau para Portugal. O Presidente da República decidiu promulgar a lei 60/2009 sobre educação sexual na escola.

2. Havendo a possibilidade de dar educação sexual a quem quer e não dar a quem não quer, optou-se pela via do estalinismo puro e duro.

3. Nesta hora negra, recordamos que as leis mais criminosas da História de Portugal têm a assinatura de Aníbal Cavaco Silva. É um registo impressionante:
a) Lei da liberalização do aborto a pedido;
b) Lei da procriação medicamente assistida (lei vetada por Jorge Sampaio);
c) Lei selvagem do divórcio;
d) Lei da educação sexual.

4. Em tempo alertámos para os perigos e prejuízos que a nova Lei sobre Educação Sexual virá trazer. Governo, Assembleia da República e agora o Presidente da República ignoraram estes apelos. A Educação Sexual propalada como meio de prevenir o aborto é agora instituída de acordo com as orientações do maior operador privado da indústria do aborto. A doutrinação compulsiva anti família é, a partir de hoje, um facto protegido pela Lei.

5. Apelamos a todos os que não se revêem nestas leis antinaturais e que nos desumanizam para que nunca mais votem em Aníbal Cavaco Silva.
9 de Agosto de 2009

Juntos Pela Vida, Associação

Vital Moreira e os seus «novos» «valores»


Vital Moreira, cabeça de lista do PS nas eleições europeias, com o seu habitual ar professoral de quem dá grandes lições sobre a vida, e de bandeira nacional em fundo. Ele quer ensinar como se deve viver à moderna: aborto, eutanásia, divórcio e «casamentos» de pederastas. É esta a sua moral.

Vital Moreira fala dos seus «novos valores» (Público, 4 de Agosto de 2009). Que serão esses «novos valores» na boca desta triste figura de ideólogo falhado? São afinal a liberalização do aborto, a promoção do divórcio, a eutanásia e o chamado «casamento» entre invertidos.

«Valores»?

«Valores»? Claro que não. Apenas anti­valores, que manifestamente contribuem para a destruição psíquica, física e moral das pessoas, das sociedades e das nações. Chamar valor ao aborto é um aborto de lógica. Chamar valor à destruição da família é de quem não sabe o que ela é e vale. Chamar valor à eutanásia é subscrever o Mein Kampf. Chamar valor ao dito «casamento» de invertidos é gosto de sodomita. Valores, isto?
O curioso é que este indivíduo andou pelo PCP. Saberá o indivíduo que o aborto foi proibido por Stalin, sendo legalizado apenas na era khruchtchovista, isto é, quando a União Soviética começou a afastar-se da sua ortodoxia e virou uma sociedade decadente que haveria de implodir? Saberá o indivíduo que, apesar do anticristianismo do marxismo - talvez ou não contraditoriamente, pouco interessa para o caso -, a função do chefe de família foi reforçada por Stalin visando a unidade da família para a educação dos filhos, sendo o divórcio, embora admitido, nunca bem visto nem facilitado pelo regime soviético nem pela doutrina oficial da moral socialista? Saberá o indivíduo que no PCP dos velhos tempos os invertidos eram expulsos ao serem descobertos e, se identificados antes, nem chegavam a entrar? Saberá o indivíduo que, mesmo nas relações entre sexos, Lenin se opôs à promiscuidade das feministas, acusando-as de defenderem a «teoria do copo de água», isto é, de encararem o acto sexual como simplesmente beber um copo de água? Sem de modo nenhum desculpá-lo pela falsidade das suas bases filosóficas e crimes a que conduziu, isto era assim... quando o marxismo era marxismo... e não anarco-liberalismo...
Manifestamente, o indivíduo faz parte daquele grupo de anarco-liberais (para não dizer mais...) que foram parar ao PCP apenas por engano, ou, melhor, por carreirismo. Daí mudarem de cavalo como mudam de fantasia e de cama, daí as suas múltiplas incoerências.

«Novos»?

«Novos?» Todo este catálogo de desumanidade e de actos contra natura será novo? Claro que não. Quem conheça um pouco a história sabe que todo este catálogo já existe há milénios. Sodoma e Gomorra são anteriores à nossa era. O império romano, que acabou mal pelo seu deboche, foi-se há muito. Auschwitz da eutanásia já lá vai há mais de 50 anos. Onde estarão então as novidades nos catálogos dos Vital Moreira, Sócrates, Paulo Pedroso, Santana Lopes, Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel, Pires de Lima, Louçã e outros «modernaços»?

Como e quem nos livra desta gente?

Os vários partidos e Portugal estão bastante influenciados ou mesmo dominados por uma classe política deste quilate: pederastas & feministas, ladrões e maçãos. Estado, empresas públicas, câmaras, bancos, educação, segurança social, meios de comunicação, cultura - tudo está a saque. A Polícia Judiciária e o Ministério Público não têm tido mãos a medir nos últimos tempos. Algumas das coisas que se sabia são agora casos públicos de polícia. Mas há muito mais.
Os políticos sérios são neutralizados. A Civilização e Portugal encaminham-se perigosamente para a liquidação. O bando domina, faz propaganda dos anti-valores, puxa os cordelinhos da vida nacional e faz fortunas por qualquer meio entre duas legislaturas...
Os seus alvos a abater são sempre os mesmos: a família e as instituições que a sustentam, como é o caso da Igreja.
E eles têm doutrina e organização...
Mas a Civilização e Portugal não podem morrer. Perante a doutrina e a organização do bando, que devem fazer as pessoas normais para se verem livres desta gente e poderem viver numa sociedade decente, onde os seus filhos estejam livres dessas aberrações e pressões?
Em primeiro lugar, as pessoas normais devem contrapor-lhes frontalmente a normalidade e a doutrina da Civilização. Desmascarar as falácias e os que as propagam ou lhes dão cobertura, ou lavam as mãos como Pilatos, tal Cavaco e os «politicamente correctos». Para isso é preciso trabalhar e, sobretudo, ter coragem. Vencer a cobardia.
À doutrina responde-se com doutrina.
Em segundo lugar, as pessoas normais devem organizar-se de múltiplas formas para, organizadamente, enfrentarem o bando em todas as áreas em que actua.
À organização responde-se com organização.
Todos nós podemos e devemos trabalhar activamente para normalizar a vida social. Todos. Denunciando, organizando, não votando neles. Os que não o fizerem, por cobardia ou por serem politicamente correctos, serão cúmplices.

Heduíno Gomes

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Quem votar em políticos ou partidos que, abertamente ou por omissão, defendam o aborto, a eutanásia, o facilitismo no divórcio e o chamado «casamento» entre pederastas está a colaborar na destruição da Civilização e a criar uma sociedade podre onde filhos e netos irão correr sérios riscos.
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Artigo de Sócrates: a escolha de ser moderno

«Está para nascer um primeiro-ministro que escreva melhor artigo de opinião do que eu». Do mesmo modo que se auto-elogiou no combate ao défice público, esta poderia ser a frase escolhida por José Sócrates para resumir o seu artigo de opinião publicado hoje no JN.

O texto é um panfleto político, com uma colagem de ideias avulsas que reflectem a sua actuação nos últimos quatro anos: Sócrates governou para a propaganda e para as televisões. Mas o que ressalta com mais evidência do artigo "Uma escolha decisiva" é a palavra "modernização", repetida até à exaustação (onze vezes no texto). Isto leva-nos a concluir que Sócrates pretende passar a imagem de um político moderno, de alguém que iluminado por uma profecia conduz o seu povo à terra prometida.

Já há quatro anos que vamos sabendo a que tipo de modernismo Sócrates se refere: uma cultura de morte, à negação do direito de escolha pelos pais do tipo de educação a dar aos seus filhos como aconteceu com a Lei de educação sexual, ao desdém das raízes católicas do nosso povo, à promoção da homossexualidade (e não apenas ao respeito pelas pessoas), à relativização do casamento, etc.

Por mais que Sócrates fale do futuro - do TGV que não decidiu, do aeroporto que não iniciou, dos hospitais que não construiu, etc. -, a verdade é que o seu conceito de modernismo não passa apenas pela obra que agora promete finalmente fazer. Passa pelos valores que defende e que pretende continuar a implementar por cá.

O modernismo de Sócrates parte do principio de que algumas ideias que surgem na sociedade, e que ele intitula de forças políticas de sinal contrário, são ultrapassadas e um empecilho para se alcançar o progresso. No texto, verificamos que o actual primeiro-ministro assume-se como o terapeuta que vai libertar do nosso inconsciente colectivo "um certo espírito do salazarismo". Ele será o exorcista e a parte da população que não comunga das suas ideias - os possessos pelos demónios do passado e os avessos ao progresso - não irá conter a sua ambição de ir mais longe. Sócrates promete um combate feroz a todos aqueles que se lhe opõem, afirmando sem equívocos, no seu manifesto político, que vai modernizar-nos com os seus doutos conhecimentos progressistas, através das suas reformas modernizadoras.

Tal como Flaubert, o actual primeiro-ministro entende que "é essencial ser absolutamente moderno nos gostos". Pois assumo que prefiro o estilo clássico, assim não corro o risco de ficar fora de moda já a 27 de Setembro, na altura das próximas eleições.

in http://www.oinimputavel.blogspot.com/

sábado, 11 de julho de 2009

A super-escola ou o retrato da escola portuguesa

Onde estão as melhores escolas do mundo?
Claro! Está certo! Em... Portugal
Ora vejamos com atenção o exemplo de uma vulgar turma do 7.º ano de escolaridade, ou seja, ensino básico.
Ah, é verdade, ensino básico é para toda a gente, melhor dizendo, para os filhos de toda a gente!

DISCIPLINAS -- ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES

1. Língua Portuguesa
2. História
3. Língua Estrangeira I - Inglês
4. Língua Estrangeira II - Francês
5. Matemática
6. Ciências Naturais
7. Físico-Químicas
8. Geografia
9. Educação Física
10. Educação Visual
11. Educação Tecnológica
12. Educação Moral R.C.
13. Estudo Acompanhado
14. Área Projecto
15. Formação Cívica

É ISSO - CONTARAM BEM - SÃO 15
Carga horária = 36 tempos lectivos

Não é o máximo ensinar isto tudo aos filhos de toda esta gente? De todo o Portugal?
Somos demais, mesmo bons!

MAS NÃO FICAMOS POR AQUI!!!!

A Escola ainda:
integra alunos com diferentes tipologias e graus de deficiência, apesar dos professores não terem formação para isso;
integra alunos com Necessidades Educativas de Carácter Prolongado de toda a espécie e feitio, apesar dos professores não terem formação para isso;
não pode esquecer os outros alunos,'atestado-médico-excluídos' que também têm enormes dificuldades de aprendizagem;
tem o dever de criar outras opções para superar dificuldades dos alunos,
como:
* Currículos Alternativos
* Percursos Escolares Próprios
* Percursos Curriculares Alternativos
* Cursos de Educação e Formação

MAS AINDA HÁ MAIS...

A escola ainda tem o dever de sensibilizar ou formar os alunos nos mais variados domínios:

* Educação sexual
* Prevenção rodoviária
* Promoção da saúde, higiene, boas práticas alimentares, etc.
* Preservação do meio ambiente
* Prevenção da toxicodependência
* Etc, etc...

Peço desculpa por interromper, mas... em Portugal são todos órfãos?' (possível interpelação do ministro da educação da Finlândia)
Só se encontra mesmo um único defeito: Os professores.
Uma cambada de selvagens e incompetentes, que não merecem o que ganham, trabalham poucas horas (Comparem com os alunos! Vá! Vá! Comparem!!!) Têm muitas férias, faltam muito, passam a vida a faltar ao respeito e a agredir os pobres dos alunos, coitados! Vejam bem que os professores chegam ao cúmulo de exigir aos alunos que tragam todos os dias o material para as aulas, que façam trabalhos de casa, que estejam atentos e calados na sala de aula, etc... e depois ainda ficam aborrecidos por os alunos lhes faltarem ao respeito! Olha que há cada uma!
COM FRANQUEZA!!!
Vale a pena divulgar ao maior número de pessoas (de preferência não professores) para que uma visão mais realista se comece a sedimentar.É bom que as pessoas percebam que ter filhos acarreta muita responsabilidade - não só a de os alimentar, vestir, comprar telemóveis, mp3, pc, como também, e principalmente : EDUCÁ-LOS!!!!!

Um professor

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Obama e os invertidos

O link abaixo conduz a um vídeo e transcrição do texto de um discurso de Obama na Casa Branca por ocasião do chamado «Gay Pride». Este discurso foi pronunciado perante os seus convidados invertidos no meio de grandes aplausos dos ditos e da sua querida esposa Michelle. Se alguém duvidasse onde o novo Presidente se situa perante a máfia invertida, eis as melhores e mais carinhosas provas.

http://americansfortruth.com/news/watch-it-obamas-white-house-speech-celebrating-gay-pride-month.html

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Retorno de aulas em latim em Nova York





O diário "The New York Times" e a revista "U.S. News & World Report" noticiaram uma avançada tendência nas escolas de nível médio e secundário americanas: aulas de latim (foto).

Seria importante para a aprendizagem da língua portuguesa que, também em Portugal, o estudo do latim voltasse ao ensino.

As civilizações valem todas o mesmo?

Partindo do princípio de que se pode chamar civilização a certas formas de organização social assim denominadas pelos antropólogos e sociólogos, e não barbárie, cabe perguntar aos adeptos do relativismo cultural e progressistas terceiro-mundistas: admitindo que a todas podemos chamar civilizações, valerão todas o mesmo?

Veja-se a crueldade da «civilização» muçulmana no vídeo anexo.
A lapidação de mulheres é prática corrente entre os muçulmanos. Tal ocorre normalmente quando uma mulher viola gravemente os códigos morais.

Claro que não pretendemos desculpabilizar o adultério, consequência da fraqueza humana, e hoje banalizado no Ocidente pela degradação moral da mulher, principalmente promovida pelo feminismo e pelo anarco-liberalismo.
Mas como resolver tal problema que destrói a família nos seus alicerces? Que humanidade é essa que se permite, a sangue frio, praticar a barbaridade da lapidação em nome da justiça?

Civilizações «diferentes ... todas iguais»???...
Calminha!
Muita calminha!


sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Pepsi arma em inocente e diz que não apoia o lobby homossexual

Encostada à parede pela Associação das Famílias Americanas (AFA), a Pepsi arma em inocente e diz que não apoia o gang homossexual. A verdade não é essa. A AFA, que apelou ao boicote da Pepsi por esta razão, demonstra que a Pepsi, directamente ou de modo camuflado, financiou a Atlanta Gay Pride Parade, a Dallas Gay Pride Parade, a Phoenix Gay Pride Parade, a Cleveland Gay Pride Parade e várias outras realizações do gang.

Lembramos que a AFA já fez capitular a Ford e a Mc Donald através do apelo ao boicote destas marcas.

A ofensiva do PSOE (Partido Socialista da Espanha) sobre a eutanásia

El PSOE pone en marcha su maquinaria para preparar una ofensiva sobre la eutanasia. La reciente aprobación en Andalucía del Anteproyecto de Ley de la Dignidad de la Persona en el trámite de su muerte y el debate jurídico, social y político que tendrá lugar en el Parlamento de Cataluña sobre la eutanasia activa y el suicidio, son iniciativas que ha apoyado el partido socialista en dos de sus feudos políticos más destacados -Andalucía y Cataluña-.

El Parlamento de Andalucía aprobó la semana pasada el `Anteproyecto de Ley de derechos y garantías de la dignidad de la persona en el proceso de la muerte', una ley que ha sido presentada como una iniciativa que dará cobertura legal, además de la asistencial en la Sanidad pública, a los pacientes en estado terminal que opten por interrumpir los tratamientos que los mantienen con vida.

Por otro lado, recientemente el Parlamento de Cataluña ha aprobado en el pleno la apertura de un debate social, político y jurídico sobre la eutanasia activa y sobre el suicidio; un debate que puede culmina en las reformas legales necesarias para que ambas prácticas dejen de ser penalizadas.

Antonio Robles afirma en un artículo de opinión en El Mundo del pasado domingo, 21 de junio, que el debate es "un nuevo paso hacia el respeto a la voluntad y la libertad de todo ser humano a vivir y morir con dignidad".

"Cada vez hay un mayor número de personas, en su mayor parte ancianas, con cada vez menos calidad de vida, torturadas en sus últimos días por un falso sentido del amor", afirma Robles que considera que "hoy ya no tememos a la muerte", como sí a "permanecer indefinidamente muertos en vida".

El diputado, que ha abandonado la disciplina de Ciutadans, sostiene que "el valor supremo de la vida es precisamente lo que nos obliga a replantearnos si tal valor supremo se convierte en indigno cuando alarga el sufrimiento de un ser humano al que sólo le resta morir".

Las dos iniciativas gestadas por los Gobiernos autonómicos catalán y andaluz son una preparación del terreno para que el Gobierno socialista, si lo considera oportuno, fabrique una ley sobre la eutanasia a pesar de que no estuviera en su programa electoral como ha sucedido con la del aborto.

`Sedación terminal' para recién nacidos

Por otro lado, el Observatorio de Bioética y Derecho (OBD) -una institución ligada a la Universidad de Barcelona dependiente del Ayuntamiento que gestiona el grupo socialista- se ha declarado recientemente partidario de aplicar lo que ha llamado "sedación terminal" -otra forma de llamar a la eutanasia- para los casos de neonatos con una "dolencia incurable".

En el documento, que pretende cubrir un vacío existente, se pide que se considere una "buena práctica" limitar los esfuerzos terapéuticos en grandes prematuros -niños menores de 28 semanas de gestación- o en bebés nacidos con enfermedades graves que hacen difícil la viabilidad de su supervivencia.

El Observatorio cree que se trataría "de no prolongar una situación sin salida", y añade: "Lo contrario supondría caer en la obstinación terapéutica".

La directora del OBD, María Casado, a pesar de reconocer que es una cuestión "conflictiva", opina que debería haber un protocolo de actuación para que no se tomen decisiones "en caliente". El documento sostiene que "son niños que si sobreviven pueden sufrir secuelas que pueden significar una condena de por vida".

La paradoja de la ciencia y la vida

Esta situación produce una paradoja: en nombre de la ciencia se preconiza la muerte. Se incide en que la tecnología permite salvar vidas y luego se argumenta que estas vidas no merecen ser vividas.

En otros tiempos en los que la ciencia no estaba tan avanzada, se trataba de salvar a los enfermos con los medios con los que se disponía, y los recién nacidos morían porque no podían salvarse, de ahí que las madres tuvieran numerosos partos. En la actualidad, ahora que podemos salvar muchos bebés gracias a los avances tecnológicos, primero se les salva y luego se les practica la eutanasia.
En el fondo esta tendencia esconde una filosofía eugenésica en la que existen vidas humanas sobre las que un tercero judica si merece la pena ser vividas y juzga si esa vida es digna. Se niega el derecho a decidir libremente sobre si se quiere vivir o no.

Juan Francisco Jiménez Jacinto

domingo, 21 de junho de 2009

A idade das Trevas (Portugal)

Como o meu filho ia ter um teste de História, estive a estudar com ele e a fazer-lhe perguntas. A matéria era relativa à Idade Média. As classes sociais, o modo de vida de cada uma delas, pronto, esse tipo de coisas.

Foi uma experiência muito engraçada, sobretudo para quem acompanha jornais e telejornais.

Estava eu a estudar os privilégios da nobreza e dei logo comigo a pensar que em Portugal , ainda não saímos bem da Idade Média. Na Idade Média, a mobilidade social era praticamente nula. A nobreza vivia fechada sobre si própria usufruindo dos seus próprios privilégios. Relacionavam-se entre si, casavam-se entre si, frequentavam os mesmos castelos, participavam nas mesmas festas e banquetes, olhando para o povo do alto dos seus privilégios sociais e económicos.

Ora, se virmos o que se passa em Portugal , temos de chegar à conclusão que no Estado há décadas dominado pelo PS e pelo PSD, existe cada vez mais uma feudalização da sociedade assim como uma organização social cada vez mais endogâmica.

Um bom símbolo da nossa miséria é o casamento entre a filha de Dias Loureiro, amigo íntimo de Jorge Coelho, e o filho de Ferro Rodrigues, amigo íntimo de Paulo Pedroso, irmão do advogado que realizou a estúpida e milionária investigação para o Ministério de Educação e amigo de Edite Estrela que é prima direita de António José Morais, o professor de José Sócrates na Independente, cuja biografia foi apresentada por Dias Loureiro, e que foi assessor de Armando Vara, licenciado pela Independente, administrador da Caixa Geral de Depósitos e do BCP, que é amigo íntimo de José Sócrates, líder do partido ao qual está ligada a magistrada Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, que está a investigar o caso Freeport.

Talvez isto ajude a explicar muito do que se passa com a Justiça, a Economia, a Educação. Sobre a Educação, a minha área, vale a pena pensar um bocadinho. Haverá gente em Portugal a beneficiar com a degradação da escola pública? Outra vez: haverá gente em Portugal a beneficiar com a degradação da escola pública? Há. Claro que há.
Ora bem, quer entender porquê? E quem são? Quer mesmo? É fácil. Experimente sentar-se um pouco com o seu filho a estudar História.

José Ricardo Costa, professor

NOTA HISTÓRICA NOSSA:
Ao contrário das ideias que a esquerda tenta introduzir na história, a Idade Média não foi nenhuma «idade das trevas». Nem no progresso das técnicas e muito menos nos aspectos morais da sociedade. Por isso, concordando com o a abordagem que o autor faz da presente corrupção, parece estar errado o paralelismo. Mas este equívoco é habitual dada a manipulação ideológica da esquerda na cultura e no ensino.

domingo, 7 de junho de 2009

Aos pais que vão matricular os filhos

Estão aí as matrículas, ou a renovação das matrículas, dos nossos filhos em idade escolar, para o ano lectivo 2009-2010.

A Plataforma RN convida-o a juntar a sua voz à nossa voz e, no acto da matrícula ou renovação, apela a que entregue a carta (segue em anexo) nas escolas dos seus filhos, quer estejam numa escola pública, quer numa escola privada, e exija lhe seja entregue um duplicado ou cópia da carta, para que amanhã possa provar que a entregou.
Depois de entregue a carta, informe a Plataforma RN, para poder quantificar o número de cartas entregues. Isto é muito importante!
Saiba que pode contar com o apoio da Plataforma RN.
Divulgue esta iniciativa.
Coloque o folheto anexo no vidro do seu carro, use e abuse da sua distribuição --- escolas, mesa do café, amigos, clubes, por todo o lado...
Visite o site http://www.plataforma-rn.com/ e adira já à LISTA DE CIDADÃOS [Pela liberdade de educação, o direito e o dever de os pais educarem os seus filhos].

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pifou

O Dr Marcelo de Sousa está claramente com problemas, nunca foi muito bom, mas agora pifou de vez.
Acha o Dr Marcelo que a Escola deve oferecer preservativos às crianças porque, diz ele, há muitas adolescentes grávidas e o há o risco da sida. O remédio é o preservativo.
Vai o Dr Marcelo Rebelo de Sousa dar preservativos a partir de que idade?
0nze? doze?treze?carorze?quinze?desasseis?dessasete? ou dezoito anos?
A partir da primeira menstruação ou antes? Como é que a escola sabe se a criança já fez ou não a primeira mentruação?Vão fazer-se testes, exames, ou será pela dentição como os cavalos ? Se a criança fizer a menstruação aos nove anos, recebe também um preservativo? Ou aos nove anos já pode engravidar e apanhar sida?Acha ele que é um bom sinal para dar às crianças? Quantos preservativos vai dar por criança? Um? Dois? Três? Quatro? Ou um caixote? Metam um miudo e uma miuda com dezasseis anos num quarto e só saem de lá para comer, um caixote pode não chegar.
Vão usar o preservativo onde? Vão ser criadas salas especiais como as salas de chuto? A escola paga o hotel ou o quarto?Ou será nas casas de banho ou no pinhal pondo em risco a saude publica?
Vai dar preservativos a todas as crianças ou só a algumas? Às que pedirem?Ou será necessária a autorização dos pais ?Como é que vai controlar a saida dos preservativos? .A criança assina um auto de recepção com o nome a morada ou vão começar a desaparecer e a ser vendidos na Feira da Ladra?
E quanto é que esta brincadeira custa? Têm os contribuintes agora que pagar as quecas dos meninos?
Será que os ciganos vão aceitar que dêm preservativos às suas filhas? Os católicos, já sabemos pelo Dr Marcelo de Sousa, que está convencido que é o Papa, que não se importam.
E porque não seringas? Parece que a droga é um problema entre a juventude e um problema de saude publica. Uma seringa a cada aluno talvez não fosse má ideia não vá algum apetecer-lhe drogar-se. Assim não poria sua vida em risco nem a dos outros.

Francisco Múrias, em http://wwwideia.blogspot.com/

Comunicado da Plataforma Resistência Nacional contra o Nacional-Sexualismo Totalitário

IMPOSIÇÃO da inclusão OBRIGATÓRIA da educação sexual nas escolas!
[Projecto-Lei Projecto Lei 660/X (PS)]

Os cidadãos Portugueses, nomeadamente Pais com filhos em idade escolar, que em número significativo e em devido tempo fizeram chegar a sua voz à Assembleia da República colocam as questões abaixo às quais exigem respostas:

a) As escolas já fazem a explicação científica completa da reprodução humana. Mas aos políticos não basta. Agora o que querem é doutrinar os seus valores e a sua visão do homem;

b) Há mais de 300 modelos de educação sexual já testados, muito distintos nos objectivos e resultados. Não percebemos com que direito quer o parlamento português, entre os 300, impor 1 modelo único, uma espécie de "nacional-sexualismo" totalitário.

c) Queremos que nos dêem a prova científica de que "o" modelo "nacional-sexualista" já foi testado noutros países e deu os resultados pretendidos. Onde diminuiu o número de gravidezes adolescentes? Onde diminuiu o número de infecções sexuais?

d) Queremos ver as actas da Comissão parlamentar que debateu esta lei para saber quais foram as provas científicas apresentadas.

e) Exigimos que cada deputado nos responda a estas perguntas: acha que educou bem os seus filhos? Acha que foi tão exemplar que tem o direito de impor as suas convicções aos outros?

f) Queremos saber que "impacto ético" se prevê que este modelo "nacional-sexualista" venha a ter.

g) Há pessoas que querem esse modelo para os seus filhos, e estão no seu direito. Mas têm o direito ao modelo e ainda o direito à prova de que este modelo foi sujeito a um controle de qualidade cientificamente sólido.

h) Há pessoas que não querem este modelo, e também estão no seu direito.

i) Rejeitaremos, até ao limite das nossas energias, a interdisciplinaridade do modelo "nacional-sexualista" pois é a forma de o tornar compulsivo e anti-democrático, e por sexualizar de forma obsessiva todo o tempo escolar.

j) Se nós quiséssemos dar preservativos e contraceptivos aos nossos filhos não faltariam caixas nas nossas casas; sabemos muito bem onde os podemos ir buscar e de graça. Srs deputados: não finjam que não percebem!

k) Esta lei de educação sexual humilha de novo os professores: considera-os uns "pais indignos" de educar sexualmente os próprios filhos; mas uns "professores hiper-habilitados" para educar sexualmente os filhos dos outros;

l) Rejeitamos o ataque cobarde do Governo aos professores: primeiro ata-os de pés e mãos e atira-os à água para avaliar o seu mérito natatório; agora, obriga-os a leccionar matérias que não dominam e que, na maioria, não subscrevem.

m) Os nossos filhos não são da sociedade nem da comunidade escolar. A educação dos filhos é um direito/dever dos pais que é indisponível: nem os pais podem prescindir dele nem o Estado lho pode retirar.

n) Esta lei da educação sexual é uma tirania ilegítima e não científica imposta às crianças;

o) Esta lei da educação sexual é uma intromissão intolerável na esfera de liberdade das famílias;

p) A Plataforma vai lançar nos próximos dias um vasto conjunto de iniciativas para implantar a resistência a nível nacional.

ABAIXO A TIRANIA
PELA LIBERDADE DE EDUCAÇÃO
PELA LIBERDADE DE PENSAMENTO
CONTRA O "NACIONAL-SEXUALISMO"
VIVA A RESISTÊNCIA
VIVA PORTUGAL

Portugal, 3 de Junho de 2009
Pela Plataforma,
Artur Mesquita Guimarães - V. N. Famalicão
Fernanda Neves Mendes - Leiria
Miguel Reis Cunha - Algarve
Tlm. 963 408 216
info@plataforma-rn.com
http://www.plataforma-rn.com

Razões contra o Acordo Ortográfico

1. A Língua materna é o Português estabelecido ao longo de séculos, neste sítio do Sudoeste europeu.

2. Esta língua foi exportada para África, Ásia, Oceânia e América do Sul, a partir dos séculos XIV e XV.

3. Foi adoptada como linguagem de comunicação comum por vários povos.

4. Foi tendo uma evolução de vocabulário e de escrita, tanto na origem, como nos povos adoptantes da mesma.

5. Com a diáspora, foi-se espalhando para outros países e territórios.

6. Mas tendo sempre por base... a matriz.

7. Fazendo algum paralelismo com a expansão de outras línguas,

a) o Castelhano expandiu-se, a partir da sua matriz europeia, para a América do Sul e Norte de África;

b) o Inglês para a Ásia, Oceânia, América do Norte e África, a partir da sua matriz europeia.

8. Nenhuma destas línguas é falada e escrita da mesma forma, nos territórios de origem e nos territórios (hoje países) de destino.

9. Daí não advém nenhuma questão de comunicação. Não se dificultou, de nenhuma forma, a comunicação entre os vários povos adoptantes e o povo da matriz;

10. Não há nenhum acordo ortográfico que submeta qualquer das línguas (Castelhano, Inglês ou Francês) à dimensão de outros territórios onde se adoptou a língua mãe.

11. Isso não prejudicou nem prejudica a língua, nas suas diversas matizes, nem a sua força internacional.

12. Todos respeitam os matizes diversos da língua comum e entendem-se bem na sua essência.

13. Os EUA têm 300 milhões de habitantes, a Inglaterra cerca de 40 milhões, e os Escoceses e Galeses são cerca de 20 milhões.

14. Nem por isso deixam de manter a sua autonomia linguística.

15. Não vejo, à face destes factos, nenhuma razão teórica ou prática para Portugal adoptar com carácter de normas positivas, de cumprimento obrigatório, as nuances da língua falada e escrita noutras partes do mundo.

16. Não vejo a necessidade de se desvirtuar a língua matriz.

17. Por isso, e porque a língua é um dos factores mais fortes da identidade lusíada, não vejo a utilidade de se atenuar a identidade de um povo com oito séculos de história em favor de nuances com menos de 300 anos;

18. Não vejo qualquer utilidade (a não ser pelo nacional-saloísmo) de adoptarmos um acordo que desvirtua a língua matriz do mundo lusófono.

Miguel Mattos Chaves

Pepsi apoia com publicidade uma revista de invertidos

Company sends an "in your face" message to those opposing gay marriage

Taking an "in your face" approach, PepsiCo sent a public message of support for the homosexual agenda. The company ran a full-page ad in the June/July issue of Out, a semi-pornographic homosexual magazine. The magazine is filled with page after page of nude and semi-nude photographs of men in suggestive positions.
The American Family Association has asked PepsiCo to be neutral in the culture war, including homosexual marriage, but the company has consistently refused to do so. The ad supporting Out was a clear indication that the company is standing fast in its support of the homosexual agenda.
PepsiCo is a member of the National Gay and Lesbian Chamber of Commerce. (Ford, McDonald's and Wal-Mart withdrew from the NGLCC when asked to do so. PepsiCo refused)
PepsiCo requires its members to attend diversity training classes promoting the acceptance of homosexuality.
PepsiCo financially supports "gay pride parades" in cities across America.
PepsiCo gave a total of $1,000,000 to the Human Rights Campaign (HRC) and Parents, Families and Friends of Lesbians and Gays (PFLAG). HRC gave hundreds of thousands of dollars in an effort to legalize homosexual marriage in California.
PepsiCo uses its TV commercials to promote the homosexual lifestyle.

Querem mandar as mulheres para a prisão!

1. Durante anos a fio fomos massacrados, por defendermos as crianças nascituras, com a acusação de que queríamos mandar as mulheres para a prisão. Suscitou-se um grande alvoroço no país que, envergonhado, corou e trejeitou ímpetos varonis em defesa das suas damas. Era lá concebível admitir que uma mulher pudesse cometer um crime, ser eventualmente julgada e hipoteticamente ser sentenciada com pena de prisão. E assim ouvíamos constantemente afirmações difundidas quotidianamente que nos garantiam que não havia mulheres criminosas, que ninguém abortava de ânimo leve, que matar/abortar o próprio filho/a era um direito que o estado devia garantir através dos seus serviços de saúde, com o dinheiro de todos os contribuintes, etc., etc.

Fez-se um referendo que não foi vinculativo e é obviamente inválido quer do ponto de vista jurídico quer político. Os legisladores maquinaram uma "lei" iníqua que o presidente da república iniquamente promulgou, certamente em nome dos superiores interesses das madames, que ficaram assim inibidas de serem lançadas em calabouços.

Ora acontece que esta mesma gente, estes mesmos legisladores, depois de tudo isto, decretaram do alto da sua enorme humanidade que qualquer mulher que desse umas palmadas em seus filhos poderia sofrer o vexame de ser condenada a pena de prisão, de um a cinco anos.
(...)

Nuno Serras Pereira

Portugal Envelhecido

"A INÚTIL" (professora) escreveu a Miguel Sousa Tavares

Sobre os Professores

É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou 'os professores os inúteis mais bem pagos deste País.' Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há inúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de 'inúteis', como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? - a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que 'são os inúteis mais bem pagos do País.'? Não me parece... Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores 'inúteis' são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora explique de novo?

(...)

Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que 'os jogadores de futebol são os inúteis mais bem pagos do País.'? Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que 'são os inúteis' mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados 'são os inúteis mais bem pagos do País'? Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados.
Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, 'os inúteis mais bem pagos do País', que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de 'escrevinhar' alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.
(...)

Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos

sábado, 30 de maio de 2009

Petição «O Estatuto Jurídico de Olivença»

Numa iniciativa de alguns apoiantes da causa de Olivença, encontra-se em subscrição pública, «on-line», uma petição aos candidatos ao Parlamento Europeu.

Pode consultar e subscrever aqui.

A propósito do caso da criança russa e do novo sargento

A subtracção das crianças às famílias e a sua estatização


Para além da intoxicação geral das crianças e jovens através dos meios de comunicação e dos programas escolares, assistimos ainda a um outro atentado contra a sua integridade: a subtracção das crianças às famílias e a sua estatização. Bem entendido, não nos referimos aqui aos casos de pais manifestamente incapazes de cuidar dos seus filhos. Referimo-nos aqui aos puros abusos contra as famí­lias, aos puros raptos de crianças às famílias, numa actividade dita «social» e envolvendo muitos interesses.
Este atentado passa pela criação de três conceitos retóricos e manipuladores que visam marginalizar a família e os direitos naturais dos pais a educarem os seus próprios filhos.

O primeiro conceito retórico manipulador que visa margina­lizar a família e os direitos naturais dos pais é o do chamado «interesse superior da criança».

Trata-se de um conceito importado da ONU, absolutamente subjectivo, depen­dendo, naturalmente, do que se entenda por interesse da criança. Obviamente, aqueles que pretendem sub­trair as crianças às famílias definem um quadro idílico de família - de condições culturais (?) e materiais que a família-alvo do rapto é incapaz de preencher. A fasquia das condições para ter crianças é colocada tão alta que nem todos conseguem lá chegar...
Se os pais não possuem instrução, então, em nome do «inte­resse superior da criança», torna-se legítimo retirar-lhes os filhos e entregá-los a «pais» instruídos. Sim, porque a criança irá be­neficiar desse óptimo meio cultural... Claro que tudo se passa sob o alto controlo dos burocratas «protectores» das crianças.
Se os pais são pobres, então, em nome do «interesse superior da criança», torna-se legítimo retirar-lhes os filhos e entregá-los a «pais» ricos. Sim, porque a criança irá beneficiar dos meios materiais da família de acolhimento... Claro que tudo se passa sob o alto controlo dos burocratas «protectores» das crianças.
Se os pais são desconhecidos, então, em nome do «interesse superior da criança», torna-se legítimo retirar-lhes os filhos e entregá-los a «pais» cromos ou afilhados de cromos. Sim, porque a criança irá beneficiar desse óptimo meio social... Claro que, mais uma vez, tudo se passa sob o alto controlo dos burocratas «pro­tectores» das crianças.
Isto é, famílias sem grande instrução, pobres e desconhecidas têm um direito reduzido a ter filhos. Que distância separará este conceito do nazismo e do comunismo?

O segundo conceito retórico manipulador que visa margina­lizar a família e os direitos naturais dos pais é o dos chamados «pais bioló­gicos» e «pais afectivos».

Este conceito pretende introduzir uma dualidade de «pais», e naturalmente um conflito, que pode ser dirimido... pelo Estado. E quem será o Estado senão a sua máquina legislativa e burocrá­tica, ou seja, os seus «especia­listas» em «protecção» de crianças?
Também este conceito de «pais afectivos» é absolutamente subjectivo. Como se poderá medir o afecto? Pelo teatro lacrimoso representado pelos «pais afectivos»? Pela preferência de uma criança seduzida por doces, peluches e computadores? Pelas opi­niões preconcebidas de especialistas psicólogos apanha­dos ou arregimentados? E porquê o neologismo incluindo afectivos, em vez da fórmula tradi­cional pais adoptivos, já de si adaptada?
O que serão pais? Serão aqueles que têm um eventual afecto por uma criança? Convenhamos que, para pais, é insuficiente. E se dizemos eventual afecto é porque, não raras vezes, a criança adoptada está para os adoptantes como um brinquedo ou um ca­chorro está para o dono - o que, reconheça-se, não exclui neces­sariamente afecto. Mas nenhum afec­to ultrapassa aquele que é a voz do sangue, do sangue que fez a criança! A bondade de uma família que acolhe uma criança nunca apaga a força da natureza.
E o que significará a expressão pais biológicos? Existirão ou­tros pais que o sejam por outra via diferente da biologia?
Pleonasmo ou manipulação? É óbvio. Com esta manipula­ção de lingua­gem, pretende-se a desvalorização dos laços de sangue e da família, relativizar os pais e criar, mais do que uma «alterna­tiva», o antagonismo exclusivo do «afecto»: afecto contra biologia.

O terceiro conceito retórico manipulador que visa margina­lizar a família e os direitos naturais dos pais é o do chamado «direito da criança à família». Mais concretamente, estatuam os dirimido­res: «É a criança que tem direito à família e não a família que tem direito à crian­ça».

O que estes «protectores» de crianças estão a dizer de facto com esta falácia são duas barbaridades numa só frase.

Primeira barbaridade: estão a elevar a direito ter uma família, o que, no sentido real, não passa, na menos grave das hipóteses, de uma piedosa utopia. Na realidade, a vida dá ou não dá a cada um o que há de bom ou mau. E pobres daqueles a quem o destino não dá o que há de melhor, que é a família! Apenas, quando estes têm a sorte de encontrar uma generosa família de acolhimento, vêem diminuída a sua fatalidade - o que, aliás, não é propriamen­te de agradecer aos engenhei­ros sociais.


Segunda barbaridade: mais uma vez, estão a negar à família o seu direito natural, em toda a independência, de ter - com todas as letras e em todos os sentidos - crianças. Repare-se que eles não falam de casos extremos, dramáticos, de pais mental­mente incapazes de cuidar e de educar os seu filhos. Eles afir­mam, categoricamente, na generalidade, que a família não tem direito à criança! Quem tem direito de facto à criança é o Estado e quem os dirimidores entenderem! O Estado, que são eles!

Ainda de assinalar o caso de oportunismo da dirimição poder assentar no facto consumado. Prosseguindo sistematicamente a política de subtracção dos filhos aos pais, até pejorativamente ditos «biológicos», não é raro os dirimidores basearem-se em afec­­tos criados circuns­tancialmente para ignorarem os indes­trutíveis laços de sangue, proclamarem a sua grande «sabedoria» da engenharia «familiar» e, feitas as contas, pretenderem entregar as crianças aos ditos «pais afectivos» por encomenda.

(Ponto 10 do Manifesto das Famílias Portuguesas, da União das Famílias Portuguesas)

Emparvado

Portugal inteiro estremece de horror aterrorizado pela violência criminosa e inaudita de uma mãe que deu umas palmadas nas nádegas de uma filha ainda criança. Um ministro do governo, que batalhou ferozmente para que a mutilação e esquartejamento das crianças nascituras fosse liberalizada, advertiu solenemente o País em estado de choque que aquilo configurava um crime, seguramente inominável, com pena prevista de um a cinco anos de prisão. A Rádio Renascença, que proporcionalmente ignora olimpicamente as mil e quinhentas crianças trucidadas todos os meses pelo homicídio-aborto, anda afogueada e num alvoroço apavorado com os açoites.
Ou eu ou o País: um de nós está emparvado. Só posso ser eu porque as maiorias têm sempre razão...
Nuno Serras Pereira

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Historiadores desmontam as teses de Colombo italiano, espanhol, etc...

O historiador Manuel Rosa acaba de publicar nas edições Ésquilo um interessante livro sobre a nacionalidade portuguesa de «Cristóvão Colombo», aliás Cólon.
Para mais elementos, recomendamos os sítios seguintes:

cristovaocolon.com

colombo.do.sapo.pt

Espanha desconhece Condestável e pouco destaque dá à Batalha de Aljubarrota

Madrid, 22 de Abril de 2009 (ASP. - Lusa) - A figura de Nuno Álvares Pereira, que domingo será canonizado pelo Papa Bento XVI, é "totalmente desconhecida" em Espanha, apesar do seu papel na história espanhola, sintoma que reflecte o quase total desconhecimento da história portuguesa naquele país.

A opinião é de Hipólito de La Torre Gómez, professor da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED) espanhola que, em declarações à Agência Lusa, lamentou o facto de, em Espanha, se conhecer "pouco ou nada da História de Portugal", inclusive em momentos como o que viveu o Condestável, onde o vínculo entre os dois países é evidente.

"Não se conhece, ou então conhece-se muito isoladamente, entre um ou outro sector. Vejo isso pelos meus alunos, inclusive da cadeira de História de Portugal", afirmou.

La Torre - especialista em história ibérica - admitiu que o desconhecimento sobre Portugal continua a ser preocupante, estando no caso da História a agravar-se, dando como exemplo uma aula onde comprovou que nenhum dos seus 40 alunos sabia quem fora Luís de Camões.

"Eu estudei na escola quem era Camões. O grande poeta épico português, como dizíamos na altura. Agora chegam à Universidade e não sabem sequer que existiu", lamentou.

"Infelizmente, também não conhecem figuras importantes espanholas, mas, no caso de Portugal, a visão 'peninsularista' dos espanhóis leva a que vejam Portugal apenas como aquela franja de terra à beira do Atlântico e não entendam a dimensão de aprofundamento geopolítico português, a profundidade atlântica e os caminhos do mar", disse.

Daí que, neste cenário, o desconhecimento sobre D. Nuno Álvares Pereira possa ser mais facilmente entendido, tornando-se um figura de especialistas e desaparecendo da dinâmica do retrato histórico da formação ibérica.

"Pode haver alguns estudos medievais onde o assunto é tocado, mas passa-se muito por cima e não se dá importância à Batalha de Aljubarrota", disse.

"Claro que a História é escrita pelos vencedores e, por isso, os vencidos não se interessam muito em aprofundar as suas derrotas. Assim, Nuno Álvares Pereira tem muito mais importância em Portugal", frisou.

O mesmo ocorre, por exemplo, na confusão feita regularmente em Espanha sobre quando ocorreu a independência de Portugal, que líderes espanhóis tendem a fixar em 1640 e não em 1143.

"Acho difícil que um espanhol entenda o que ocorreu entre Portugal e Espanha em 1640. Mas também não conhecem a data de 1143, tristemente, porque acho que cada vez se conhecem menos datas", afirmou.

"O período de 1640 acaba por ter aqui mais destaque porque se relaciona mais com a crise na monarquia hispânica, por momentos como a separação da Catalunha. Por isso saltam 1143", disse.

Já sobre Nuno Álvares Pereira, o historiador admitiu ser provável que sectores da Igreja espanhola, "que respondem também a interesses nacionais", possam, durante algum tempo, ter dificultado os esforços para canonizar o Condestável.

"Não estranharia que pudessem ter tentado levantar obstáculos para reconhecer essa figura como uma grande soldado e um dos grandes artífices da forja de Portugal", salientou.

"Mas, actualmente, não creio que em Espanha possa haver sectores que coloquem alguma reserva", disse.

Até porque, considerou, a canonização é "um reconhecimento justíssimo de uma figura muito notável no campo militar e religioso" e que "reúne as condições do famoso soldado-monge".

Uma personalidade que hoje, volvidos tantos séculos, continua a ter "uma grandeza fora de dúvida", que torna "justificável qualquer tipo de exaltação que tenha, ou que sempre teve em Portugal".

"O Santo Condestável tem muita actualidade. Tem uma profunda vocação social, uma entrega completa e sempre utilizou o poder militar e político em benefício do povo, renunciando a todas as honras e grandezas. É um exemplo eterno, tanto para a sociedade actual, como para o futuro", considerou Hipólito de La Torre Gómez.

O professor da UNED mostra-se esperançado que a canonização de Nuno Álvares Pereira contribua para novo passo no conhecimento espanhol sobre a história portuguesa, recordando que tentativas no passado de fomentar o conhecimento mútuo sempre "naufragaram".

A este propósito, lembrou uma comissão luso-espanhola de integrou, na década de 1990, a qual procurou estabelecer normas mínimas para "enxertar a História dos dois países, uma na outra".

Nas suas aulas, procura forçar um pouco o tema da história portuguesa, verificando a surpresa dos seus alunos quando vão descobrindo alguns detalhes.

"Temos de recuperar alguns dos nossos marcos históricos. É a única forma de nos explicarmos, de tomar consciência do que ocorre no presente e de perceber o que devemos fazer. Até mesmo noutros sectores, como a economia e o direito, onde a matéria histórica se está a perder, há que repensar os novos padrões de estudo", disse o universitário espanhol.

"Seria uma pena que não se aproveitasse a figura de Nuno Álvares Pereira e este momento para recuperar uma época de esforço colectivo (.), aproveitando os exemplos desta figura que, apesar de ser o nosso vencedor, também é um figura de Espanha", disse.

A Verdade - Banco de Portugal

Editorial: Crise? Qual crise?

Imagine que tinha conseguido um emprego em que lhe
pagavam um salário de 300 000,00 por ano, lhe atribuíam um
potente BMW 530D com motorista para passear, e o Estado ainda
lhe concedia crédito bonificado para comprar casa!

Era caso para perguntar: Crise? Qual crise?

Perguntará o leitor onde é que existem empregos desses.

Pois a verdade é que esses empregos existem mesmo. Aqui em
Portugal!

Enquanto a maioria aperta o cinto, um pequeno grupo de
privilegiados consegue levar uma autêntica vida de nababo!

Este número d' VERDADE vai-lhe revelar quem são, o que fazem,
e quem paga os salários destes portugueses Pagos a Peso de ouro!

O documento completo em pdf está disponível aqui.

Programa sobre Nun'Álvares Pereira

Programa Sociedade Civil da RTP2.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

«Quem é que em 1975 pôs o PCP na ordem? Eu»

( publicado em Portugal Diário )


O coronel Jaime Neves, figura preponderante dos operacionais do golpe militar de 25 de Novembro de 1975, desvalorizou as críticas do PCP à sua anunciada promoção a general, noticia a Lusa.

«Quem é que em 1975 pôs o PCP na ordem? Quem é que travou o PCP? Quem é que os obrigou a encolherem-se? É natural que eles não gostem de mim, eu também não tenho simpatia por eles. No entanto respeito-os. É natural que sempre que possam mandem uns pontas-de-lança mandar umas bocas ou façam uns comunicados. Mas eu tenho uma coisa a dizer: os cães ladram, a caravana passa», disse.

«Jaime Neves é um símbolo de práticas anti-democráticas»

Para Jaime Neves, a promoção traduz um «reconhecimento tardio» da sua acção como chefe militar. «Foi a frase que o senhor Chefe de Estado-Maior do Exército usou, reconhecimento tardio. E tive que dizer que sim. E obrigado e fico à espera. Disse-me que o diploma tinha sido enviado para o senhor Presidente da República e que quando viesse falaria comigo. Estou à espera», relatou.

O problema de África

«Na altura não me apercebi bem do que era abandonar África, não dei o devido relevo. Se eu me tivesse apercebido que íamos abandonar África com certeza que não sei se entraria [na revolução de Abril]. Pelo menos não tomava parte activa», disse.

Para Jaime Neves, o «problema de África tinha que ser resolvido», mas os responsáveis políticos do pós-25 de Abril em Portugal demitiram-se de «controlar a independência».

«A independência devia ter sido controlada por nós. Angola e Moçambique tinha muitos brancos já nascidos lá. Lembro-me em Moçambique de haver a quinta e sexta geração. Como é, foram ignorados? Tinham que ter uma palavra a dizer», referiu.

E acrescentou: «Havia muitas maneiras de ficarmos em África. Não sou um defensor do Portugal inalienável e indivisível. Se a Guiné não aguentava, tenho muita pena, largávamos a Guiné. Mas isso não nos obrigava a largar Angola e Moçambique. Em Angola, quando se deu o 25 de Abril, não havia um tiro há seis meses.»

«Éramos uma espécie de bombeiros voluntários do país»

O coronel, que se notabilizou na unidade de Comandos em África e na Índia, frisou que participou na revolução de Abril «com convicção», após uma conversa que teve, já em Lisboa, com Otelo. No entanto, tudo começou a mudar uma vez deposto o Estado Novo.

«A seguir ao 25 de Abril eu fiquei em Lisboa com 500 homens. Éramos uma espécie de bombeiros voluntários do país. Fui para o Limoeiro quando os presos se revoltaram e pegaram fogo àquilo tudo, fui para a TAP para ver se metia os gajos a trabalhar, fui para imensas esquadras onde a população fechava os polícias, chamava-lhes nomes não havia autoridade neste país. Não foi para isso que fiz o 25 de Abril. Então eu fiz o 25 de Abril para instaurar no nosso país a indisciplina e a falta de respeito? Isso não», disse.

À «indisciplina e anarquia» Jaime Neves acrescenta outra razão: «Eu não fiz o 25 de Abril para ver o PCP e forças de extrema-esquerda a assenhorarem-se deste país e a mandarem em tudo.»

Hoje com 73 anos, o antigo operacional dos Comandos admitiu ter sido «o homem certo, no local certo e na hora exacta», desvalorizou a notoriedade alcançada em 1975 e disse que «não mudou nada» na sua vida depois de ter protagonizado acontecimentos marcantes da História recente de Portugal.

«Estive sempre a comandar o regimento de comandos e saí em 1981. Depois fui trabalhar 12 anos com o meu amigo e empresário Jorge de Brito e, ao fim desse tempo, uns companheiros meus dos comandos convidaram-me e fundámos uma empresa de segurança», relatou.

«Não posso estar satisfeito com a situação actual do nosso país se olho à minha volta e vejo tudo descontente. Chego eu próprio a pôr em dúvida se valeu a pena. Honestamente», concluiu.

Histórias dos Monteiros

Adida em Londres, viva a Maria Monteiro! Viva o Mérito!
A nossa Maria merece...

Vasco Resende

De acordo com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo Ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a Embaixada portuguesa em Londres.
Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado.
Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.
As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos.
Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.
É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.
A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 1ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos.
O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7, 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.
Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.
A nossa Maria merece.
Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92 Portugueses com um salário de 500 Euros a descontarem à taxa de 20%.
Novamente, a nossa Maria merece!'
Merece, em nome do Progresso, do grande Choque Tecnologico!

Quando é que acabam estes tachos? Há muitos mais. É só ver os gabinetes governamentais e as empresas públicas! Como primeiro emprego é bom!!! E que curriculum eles fazem! A nós povo, que trabalhamos é que nos exigem muita coisa!

Chega de lambe botas!!!

Chega desta cambada PS nos andar a chular!
Andamos nós a descontar para esta cambada viver à nossa custa!

domingo, 5 de abril de 2009

Fernando Pessoa sobre a I República e Salazar

A editora Angelus Novus publicou por estes dias o volume «Contra Salazar», que reúne a prosa e a poesia de Fernando Pessoa a criticar o fundador do Estado Novo. Convém esclarecer a matéria. O apanhado compõe-se sobretudo de poemas menores, com erros estilísticos e de construção, daqueles que o poeta gatafunhava à mesa do Martinho - sem dar aos mesmos a importância que os vindouros agora lhes atribuem. Falemos claro. Pessoa criticava Salazar porque estava bem mais à direita do que o estadista. O poeta foi sempre um adepto das soluções de força. Esteve com a ditadura do general Pimenta de Castro, apoiou Sidónio Pais, entusiasmou-se com o modernismo fascizante, aplaudiu a revolução de Maio. Se criticava Salazar é porque este lhe sabia a pouco. Não lhe bastava viver habitualmente; queria viver intensamente - perigosamente até. A vida passa a correr para alguns bardos de mão cheia. O último acto público em que esteve presente, antes de ser internado para morrer no Hospital de S. Luís dos Franceses, foi um jantar de nacionais-sindicalistas. É importante esclarecer estes assuntos não vá a inteligência lusa empareceirá-lo com o Bento Gonçalves e o José de Sousa na resistência ao fascismo. (Já não digo com o Júlio Fogaça, que esse tinha pelo menos um rabo de palha.)

Se este volumezinho alcança justificação com o aniversário de Salazar, sugiro à novel editora - que até já tem a mão na massa, isto é, na obra do Pessoa - que abrilhante em 2010 o centenário da República com a edição de mais textos pessoanos. Deixo aqui um cheirinho do que seria o precioso volume. A palavra ao talassa:

"Bandidos da pior espécie [...], gatunos com seu quanto de ideal verdadeiro, anarquistas-natos com grandes patriotismos íntimos - de tudo isto vimos na açorda falsa que se seguiu à implantação do regime".

"Vem o Sr. Afonso Costa... Aquilo é que é uma besta!"


"Não podendo [Afonso Costa] fazer mais nada, é homem para mandar assassinar. Tudo depende do seu grau de indignação".


"Bernardino Machado, no discurso do Porto, mostra-se tão ignorante de como se é subtil, tão brutamontes no cá-estou-eu, tão labrego no insinuar, tão indecentemente saracoteador da sua candidatura, que qualquer meio-juízo compreenderia o que de anti-diplomático, não-frio e nada-esperto aquele espírito é".


"Mas Costa! Este é um piolho da [...] política [...] Era possível odiar Franco. A este esfregão nem isso é possível".


"Franco seria um tirano de merda; este [Afonso Costa] é um tirano de caca."


"Afonso Costa é um dos maiores bandidos que têm aparecido à superfície da política lusitana."


"Alexandre Braga é um aborto de um imaginativo conservado em álcool."


"Esta opressão, que todos nós sentimos, esta vergonha de estarmos sendo governados por bacalhoeiros da política, que roubam no peso da própria retórica [...]"


"[...] este domínio de carbonários e de ladrões, de arruaceiros e de gatunos, que lá vai para cinco anos nos conturba."


"[...] partidos políticos: eles não são mais que aquelas «quadrilhas de ladrões» de que José Dias Ferreira falava."


"[...] a estrangeirada atitude a que estes bandalhos da República chamam «patriotismo»."


Do blog Nova Frente, 30.3.2009

terça-feira, 31 de março de 2009

Perguntas

Porque é que o cidadão José Sócrates ainda não foi constituído arguido no processo Freeport?

Porque é que Charles Smith e Manuel Pedro foram constituídos arguidos e José Sócrates não foi?

Como é que, estando o epicentro de todo o caso situado num despacho de aprovação exarado no Ministério de Sócrates, ainda ninguém desse Ministério foi constituído arguido?

Como é que, havendo suspeitas de irregularidades num Ministério tutelado por José Sócrates, ele não está sequer a ser objecto de investigação?

Com que fundamento é que o procurador-geral da República passa atestados públicos de inocência ao primeiro-ministro?

Como é que pode garantir essa inocência se o primeiro-ministro não foi nem está a ser investigado?

Como é possível não ser necessário investigar José Sócrates se as dúvidas se centram em áreas da sua responsabilidade directa?

Como é possível não o investigar face a todos os indícios já conhecidos?

Que pressões estão a ser feitas sobre os magistrados do Ministério Público que trabalham no caso Freeport?

A quem é que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público se está a referir?

Se, como dizem, o estatuto de arguido protege quem o recebe, porque é José Sócrates não é objecto dessa protecção institucional?

Será que face ao conjunto de elementos insofismáveis e já públicos qualquer outro cidadão não teria já sido constituído arguido?

Haverá duas justiças? Será que qualquer outro cidadão não estaria já a ser investigado?

Como é que as embaixadas em Lisboa estarão a informar os seus governos sobre o caso Freeport?

O que é que dirão do primeiro-ministro de Portugal?

O que é que dirão da justiça em Portugal?

O que é que estarão a dizer de Portugal?

Que efeito estará tudo isto a ter na respeitabilidade do país?

Que efeitos terá um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates no rating de confiança financeira da República Portuguesa?

Quantos pontos a mais de juros é que nos estão a cobrar devido à desconfiança que isto inspira lá fora? E cá dentro também?

Que efeitos terá um caso como o Freeport na auto-estima dos portugueses?

Quanto é que nos vai custar o caso Freeport?

Será que havia ambiente para serem trocados favores por dinheiros no Ministério que José Sócrates tutelou?

Se não havia, porque é que José Sócrates, como a lei o prevê, não se constitui assistente no processo Freeport para, com o seu conhecimento único dos factos, ajudar o Ministério Público a levar a investigação a bom termo?

Como é que a TVI conseguiu a gravação da conversa sobre o Freeport?

Quem é que no Reino Unido está tão ultrajado e zangado com Sócrates para a divulgar?

E em Portugal, porque é que a Procuradoria-Geral da República ignorou a gravação quando lhe foi apresentada?

E o que é que vai fazer agora que o registo é público?

Porque é que o presidente da República não se pronuncia sobre isto?

Nem convoca o Conselho de Estado?

Como é que, a meio de um processo de investigação jornalística, a ERC se atreve a admoestar a informação da TVI anunciando que a tem sob olho?

Será que José Sócrates entendeu que a imensa vaia que levou no CCB na sexta à noite não foi só por ter feito atrasar meia hora o início da ópera?

Mário Crespo, Jornal de Notícias, 30 de Março de 2009