quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

«Não é possível combater o islamismo
com ideias vindas da Europa»

                           "Não é possível combater o islamismo com ideias vindas da Europa"

                                                                                              Citizen Times

Entrevista a Daniel Pipes realizada em Berlim
em 27 de outubro de 2010

Citizen Times: Sr. Pipes, o senhor dirige várias organizações que se interessam pelo Oriente Médio e pelo Islã e é um dos melhores escritores americanos sobre esse tema. Como tudo isso começou?

Daniel Pipes: Eu sou um historiador do Islão com interesse especial no seu papel na vida pública. Eu obtive o meu Ph.D. em 1978, na mesma época em que o Aiatolá Khomeini apareceu. Pela primeira vez na história moderna, o Islão conquistava um papel importante e notável na vida pública ocidental. O que era um interesse abstracto nos anos 70 do século passado tornou-se muito funcional. Subsequentemente, as questões islâmicas tornaram-se muito actuais. Isso estimulou-me a passar da história medieval para os eventos actuais. Embora eu cubra muitos outros tópicos além do Islão, este permanece como o tema central dos meus interesses. Eu tenho uma perspectiva que espero seja útil para a compreensão do papel do Islão na política.

Citizen Times: E qual seria essa perspectiva?

Daniel Pipes: Que o Islão é extremamente importante na vida pública dos muçulmanos. Que o Islão é uma religião baseada em leis e essas leis são um tanto quanto permanentes e universais. Que elas não são sempre as mesmas em todos os lugares, embora o básico seja constante. Que há épocas de maior ênfase e épocas de menor ênfase, mas os muçulmanos voltam sempre para essas leis. Actualmente, é claro, estamos numa época de maior ênfase. As leis muçulmanas estão muito mais fortes do que quando eu entrei nesse campo há mais de quarenta anos. Como compreender essa mudança, como os muçulmanos a vêem e como o Ocidente lhe responde? Essas são algumas das questões que eu coloco em foco.

Citizen Times: O senhor enfatiza a diferença entre Islã e islamismo. Porquê?

Daniel Pipes: É um erro ver todo o Islão como islamismo. O islamismo é uma tendência dentro do Islão, no momento muito intensa. As pessoas que começam a interessar-se por esse tópico frequentemente inferem que o islamismo é o Islão por completo. Como eu venho acompanhando as questões islâmicas há quarenta anos, quando o islamismo mal existia, tenho uma perspectiva diferente. Além disso, muitos muçulmanos odeiam o islamismo. Portanto, é um erro igualar os muçulmanos aos islamistas, assumir que todos os muçulmanos concordam em aplicar a lei islâmica para se tornarem ricos e fortes ou atingirem a justiça social.

Citizen Times: O que significa  o islamismo significa para si? Trata-se apenas de uma forma tradicional do Islão ou a forma terrorista da Al-Qaeda ou a forma política do Islão como a Irmandade Muçulmana?

Daniel Pipes: A Irmandade Muçulmana é a mais importante organização islamista. No Egipto, Hassan al-Banna modernizou as ideias islâmicas nos anos 20 do século passado e adaptou-as ao modo de vida actual. Ele, assim como outros, transformaram o Islão tradicional numa ideologia. Nos anos 20 do século passado houve um período em que o totalitarismo parecia ser o futuro caminho na Alemanha, na Rússia e especialmente na Itália. Banna tomou as ideias básicas do totalitarismo e aplicou-as ao Islão. Inseriu o conteúdo islâmico na estrutura totalitária. O islamismo é moderno assim como o fascismo e o comunismo são modernos.
A Al-Qaeda vem de uma tradição completamente diferente, a Wahhabi originária da Arábia.

Citizen Times: Porque é que o Islão e o totalitarismo combinam com tanto sucesso?

Daniel Pipes: Durante décadas essa combinação não tinha esse sucesso. Agora ela predomina graças a muito trabalho de um grande número de islamistas por um longo período de tempo – além da carência e do desejo de concretizar essa expectativa. O grande desafio para os muçulmanos no período moderno é o de explicar o que esteve errado: Porquê os muçulmanos, que acreditam dever ser o povo mais próspero e mais poderoso, na realidade são os menos prósperos e os menos poderosos? O que esteve errado? Especialmente a partir dos anos 70 do século passado, o islamismo apresentou uma resposta muito convincente e amplamente aceite para essa questão: Se quiser ser próspero, diz a resposta, então aplique a lei islâmica. Viva de acordo com a lei. Difunda a lei.

Citizen Times: Mas essa visão é bem semelhante a judaica. E os judeus não são de maneira alguma um perigo para o mundo…

Daniel Pipes: O Islão e o judaísmo são semelhantes no tópico em que ambas se baseiam em leis, diferente do cristianismo. Porém a lei judaica, conforme compreendida nos últimos 2000 anos, está limitada ao direito privado. Em comparação, a lei islâmica é tanto pública quanto privada. Não existe lei judaica para tratar da guerra; mas há uma lei islâmica para a guerra.

Citizen Times: O Islão é uma religião?

Daniel Pipes: É, o Islão é uma religião monoteísta como o judaísmo e o cristianismo. O islamismo é uma ideologia utópica radical como o fascismo e o comunismo.

Citizen Times: Nós derrotámos o fascismo e o comunismo através das guerras. Há a possibilidade de se derrotar o islamismo e ficar apenas com Islão, a religião?

Daniel Pipes: Há. A Segunda Guerra Mundial acabou com o fascismo como força mundial; não tem sido um fenómeno sério desde então. A Guerra Fria efetivamente acabou com o comunismo. O desafio islamista precisa de ser derrotado de maneira semelhante. 1945 foi o resultado de sangue e aço; 1991 foi o resultado de factores complexos, mas os seus estágios finais não foram violentos. Esses são os pontos finais, violência total e quase sem violência. O caminho da vitória contra o islamismo certamente cairá em algum ponto entre os dois.

Citizen Times: O que isso significa na prática? Temos que guerrear no Iraque, Afeganistão ou no Irão para levar-lhes a democracia e para no final parar com o islamismo?

Daniel Pipes:  Em princípio, sim para a democracia, mas actualmente é bom ir devagar, devagar, devagar, porque, ironicamente, no presente momento, a democracia fortalece o islamismo. Eu concordei com a mudança na política de George W. Bush em 2003 de se concentrar na formação da democracia, mas avisei então sobre a necessidade em ir com cuidado. Ele não foi cuidadoso, portanto acabou criando novos problemas.
Derrotar o islamismo requer o uso desde bombardeios até rádios, de travar a guerra quente até ao confronto na guerra cultural. Devemos usar a economia, a diplomacia e tudo mais. As guerras já não são travadas literalmente apenas no campo de batalha mas frequente e principalmente no campo das ideias. Converge-se muito na violência, especialmente na violência terrorista. As pessoas tendem a reduzir o problema a "guerra contra o terror". É claro, o terrorismo faz parte dela, mas não de toda ela.

Citizen Times: Não é necessário o terror para fomentar o islamismo?

Daniel Pipes: De maneira alguma. Os registros mostram que os islamistas tiveram mais sucesso com meios não violentos do que com meios violentos. O Primeiro Ministro Recep Tayyip Erdoğan na Turquia e as organizações islamistas no Ocidente tiveram mais sucesso do que Khomeini ou a Al-Qaeda. Eles alcançaram mais operando através do sistema político, escolas, media e tribunais de justiça do que os seus colegas por meio das explosões. Como é possível chegar ao topo matando pessoas sendo tão fraco como os islamistas o são? Por outro lado, não é difícil compreender como operar através do sistema o levará ao topo. Eu observo com fascínio e horror como esse processo funciona no Ocidente e com maior rapidez no Reino Unido. A Turquia e o Reino Unido são países especialmente importantes a observar.
Assumindo que os iranianos não adquiram ou não explodam bombas atómicas, a Turquia é uma ameaça maior a longo prazo, digamos em 20 ou 30 anos. O Irão não será um problema de tão longo prazo porque os iranianos resistem ao islamismo. A Turquia é o maior problema em desenvolvimento porque lá os islamistas estão a operar através do sistema e estão a trabalhar bem. Nota: Não há terrorismo vindo da Turquia.

Citizen Times: Mas como podemos vencer essa guerra de ideias nos nossos países? Nós mostramos a nossa vida livre todos os dias às comunidades muçulmanas, mas elas parecem distanciar-se mais e mais.

Daniel Pipes: São necessários dois passos para se vencer essa guerra. Primeiro, os não muçulmanos devem utilizar os diversos meios de que dispõem. Segundo, os muçulmanos devem oferecer uma alternativa ao islamismo. Precisamos de um Adenauer, de um Yeltzin, para apresentar algo melhor. Essas analogias não são perfeitas, mas dão uma ideia do que eu quero dizer. Não é suficiente derrotar o regime totalitário; alguém precisa apresentar uma visão alternativa. É aí que os muçulmanos reformistas desempenham um papel crucial. Eles estão apenas no começo desse trabalho e ainda irá demorar muito até que tenham um programa completo para oferecer. É crucial que eles obtenham ajuda e encorajamento dos não muçulmanos.

Citizen Times: O senhor discorda da Ayaan Hirsi Ali, que se opõe aos muçulmanos reformistas, porque acredita ele, eles misturam tudo e pioram ainda mais as coisas?

Daniel Pipes: Eu respeito-a muito, porém também discordo dela nesse ponto. Necessitamos de uma política que coloque o Islão na nossa direcção. Condenar o islamismo não é o suficiente; necessitamos de um programa para derrotá-lo, um mecanismo que nos leve à vitória. Os críticos do Islão como Ayaan Hirsi Ali não apresentam um programa desse tipo.
Todas as religiões têm história, o que significa que elas mudam com o passar do tempo. Eu vi isso na minha própria carreira, porque o islamismo era praticamente inexistente quando entrei no campo de estudos islâmicos no final dos anos 60 do século passado. Hoje ele domina. Se o islamismo pode ascender, também pode cair. Em contrapartida, Hirsi Ali vê o Islão como permanentemente estático e imutável.

Citizen Times: Ela diria que seu programa é educação: Educação sobre o estado secular e os valores humanistas. Isso não é um programa?

Daniel Pipes: Dois pontos: Primeiro, ela está repetindo em parte o que eu digo sobre o Islão reformista. Ensinar humanismo aos muçulmanos em última análise significa reformar o Islão. A propósito, essa era a situação que predominava no "período liberal" muçulmano entre 1800 e 1940.
Segundo, a ideia islamista é tão poderosa que a educação secular ocidental não obtêm êxito. Vemos isso na Europa, onde as escolas estaduais ensinam secularismo, mas na maioria das vezes fracassam em convencer os estudantes muçulmanos que acreditam ter uma ideia superior, na realidade uma civilização superior. "Não é possível combater o islamismo com ideias vindas da Europa". Apenas algo vindo de dentro do Islão poderá derrotá-lo; ideias vindas dos muçulmanos deverão debater ideias vindas de muçulmanos. Trata-se de uma guerra civil muçulmana, sem que um lado ainda tenha mobilizado tropas dando a ela uma dimensão desproporcional.

Citizen Times: Isso significa que Geert Wilders está errado quando diz que o Islão é imutável?

Daniel Pipes: Sim. Eu o considero uma personalidade heróica e escrevi que ele é o político mais importante na Europa. Ele e eu estamos na mesma trincheira. Estamos combatendo os mesmos inimigos. Porém entendemos de forma diferente o futuro do Islão. Não vejo que ele tenha um programa viável dentro do contexto de uma democracia liberal. Não se pode, e eu não quero, jogar fora tudo que alcançamos para lidar com os islamistas. Quero lidar com eles de maneira condizente com o que somos.
Os muçulmanos têm os mesmos direitos e as mesmas responsabilidades de qualquer outro. Eles só não possuem direitos especiais. Quero que sejam cidadãos normais, nem em condições piores nem em condições melhores. Temos o poder legislativo porque as coisas mudam. Não é possível ter leis que não mudam nunca. Estou perfeitamente disposto a adaptar-me aos muçulmanos e ao Islão de maneira razoável. Contudo, não estou disposto a aceitar mudar basicamente o que nós somos. Quando os muçulmanos vêm para o Ocidente, eles devem aceitar os costumes ocidentais. Eles podem postular uma adaptação razoável ao sistema existente; eles não podem mudar o próprio sistema. Os islamistas estão a tentar mudar o sistema. Temos que fazê-los recuar e dizer não, de maneira nenhuma.

Citizen Times: O número de criminosos muçulmanos na Europa é maior do que o da população local, têm menos emprego e são mais dependentes dos programas de bem estar social.

Daniel Pipes: Os muçulmanos na Europa estão repletos de patologias: miséria, desemprego, crimes violentos, tráfico de drogas e assim por diante. Sim, os muçulmanos são parcialmente responsáveis por esse conjunto de problemas, mas francamente, também é o resultado de acções praticadas pelos europeus nativos. Os europeus frequentemente resistem em aceitar, empregar e negociar com os muçulmanos de igual para igual. Günter Wallraff, jornalista alemão, fez-se passar por um turco em 1985 e dessa forma demonstrou os transtornos pelos quais passa um trabalhador estrangeiro. Eu não gostaria de procurar trabalho na Alemanha, nem naquela época nem hoje, com o nome de Maomé.

Citizen Times: Quanto a procurar um trabalho com um nome muçulmano: Os alemães sempre rejeitaram essas pessoas em virtude da xenofobia ou rejeitaram-nas devido a todos os problemas relacionados aos funcionários muçulmanos?

Daniel Pipes: Ambos: A situação resulta do preconceito e do comportamento dos muçulmanos.
A título de comparação, observe os Estados Unidos, onde as patologias sociais mal existem entre os muçulmanos. Os Estados Unidos têm problemas com os extremistas, sem dúvida. Contudo, lá, em geral, não existe um "problema muçulmano". Não foram desenvolvidas áreas de concentração geográfica muçulmana, apenas uma ou duas excepções, sendo que essas não são particularmente problemáticas. Os americanos aceitam e empregam os muçulmanos com mais facilidade. Além disso, o sistema de bem estar social menos abrangente nos Estados Unidos faz com que os muçulmanos sejam menos dependentes das benesses do governo e mais empreendedores. A combinação de preconceito e bem estar explica muito sobre a situação difícil dos muçulmanos na Europa.

Citizen Times: O jornalista americano Christopher Caldwell escreveu um livro intitulado On the Revolution in Europe no qual sustenta que a imigração muçulmana mudará a Europa a partir de suas raízes.

Daniel Pipes: Concordo e acredito que a Europa enfrenta grandes problemas e opções sombrias. Eu vejo um desses dois prováveis futuros complicados para a Europa. Um deles está resumido pela palavra Eurábia, significando a extrapolação das tendências dos últimos 55 anos: mais muçulmanos, mais Islão, mais leis islâmicas e mais islamização, conforme simbolizado pela Mesquita de Notre Dame em Paris. O outro futuro envolve resistência à islamização, conforme representado pelo seu mais novo partido político, Die Freiheit.
Na realidade, a última está aumentando com mais rapidez. Se for feito um gráfico dos muçulmanos e do Islão a partir de 1955, ele sobe gradualmente. Mas se for feito um gráfico do anti-islamismo desde 1990, a ascendência é mais rápida. Em todos os lugares que você olhar há um aumento nos sentimentos anti-islâmicos.
Eu preocupo-me em ambos os casos. Não gosto da Eurábia e temo que os sentimentos anti-islâmicos levem ao populismo, fascismo, insurreição civil e violência. A ampla relutância dos líderes em cuidar desse tópico só pioram as coisas.

Citizen Times: Então, esse movimento anti-islâmico é apenas uma nova forma de fascismo ou xenofobia ou realmente existe um perigo no Islão?

Daniel Pipes: A realidade inspira sentimentos anti-islâmicos, mas eu preocupo-me a esse respeito. Espero muito que os europeus ajam com responsabilidade. Agora mesmo, há relutância em lidar com partidos políticos críticos ao Islão. Actualmente há uma crise política na Suécia devido a isso. Quando Jörg Haider era primeiro ministro, a Áustria era tratada como a Rodésia. Não me importo com Haider, porém há a necessidade do reconhecimento dos temores que ele representa.
Quanto mais os partidos antigos ignorarem esses temores tanto mais extremadas se poderão tornar suas manifestações. Os partidos antigos têm a responsabilidade de reconhecer esse conjunto de questões e incorporá-los, legitimá-los para que não se radicalizem. A Holanda é provavelmente o país chave devido ao facto de estar mais adiantada nesse processo. O que Geert Wilders irá fazer? Qual será a reação a ele? Trata-se de um importante precedente para a Europa.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Toda a Noruega se encontra em estado de choque

Nem sequer durante a II Guerra Mundial havia ocorrido coisa semelhante em Oslo. 50 mil manifestantes islâmicos foram à rua lançando bombas Molotov, atacando os noruegueses e convertendo todo o centro de Oslo num mar de chamas!

A polícia travou a maior batalha na história da Noruega!

A Noruega deu milhares de milhões de dólares à OLP (Organização para a Libertação da Palestina). Noruega fez todo o possível para apoiar a OLP e o Hamas. Depois de apoiar Noruega com vários Planos Marshall, a Noruega recebe hoje a sua paga. Os islâmicos desejam que o Ocidente os ajude... para a seguir impor-lhes a sua religião e as suas leis.

O país tem já, só em 10 anos, cerca de 20% de população islâmica, mas essa população islâmica come 70% de todo o orçamento social.

Como os islâmicos são extremamente violentos, não integrados, odeiam a sociedade ocidental e os seus costumes, quase todos os prisioneiros nas cadeias são islâmicos jovens.

Detestam a sociedade ocidental, detestam que as suas mulheres frequentem as universidades e vistam roupas ocidentais e não usem burkas.

Como agradecimento à ajuda da Noruega, houve a primeira grande batalha do Islão contra a sociedade da Noruega, o primeiro movimento contra a cultura ocidental.

Todo o Oslo está aterrorizado neste momento, em estado de choque. Os socialistas, perante a fúria dos islâmicos, tremendo, acabaram de dar 30 milhões ao Hamas, para acalmá-los! Estúpidos europeus...

Isto não é mais do que um começo!

Todos estes islâmicos na Noruega vivem de ajuda social, não trabalham, roubam, atacam as mulheres, ameaçam toda a população, criam o terror e são já em grande número.

Estão armados com metralhadoras, bombas Molotov, endoutrinados nos seus centros e mesquitas por ímanes islâmicos trazidos do Irão e Egipto e são lançados na Guerra Santa contra o Ocidente.

Um desses ímanes deu ordem de matar todas as norueguesas acusando-as de prostitutas e infiéis por não usarem o véu!

O número de violações contra norueguesas por imigrantes islâmicos aumentou num ano em 4000 %. Pegam as mulheres em plena rua, à saída das discotecas.

Os governos socialistas desmantelaram a polícia, e os juízes humanistas não defendem os noruegueses, no defendem as vítimas, defendem os agressores!



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O fado português

Fernando Sobral, Jornal de Negócios

Fernando Pessoa não era um adepto militante do Fado. Mas as suas palavras ainda pesam: "O fado é o cansaço da alma forte, o olhar de desprezo de Portugal ao Deus em que creu e também o abandonou. No fado os Deuses regressam legítimos e longínquos. É esse o segredo sentido da figura de El-Rei D. Sebastião". Os portugueses sentem-se abandonados. D. Sebastião está em parte incerta. Os deuses da UE em que acreditou abandonaram-no, como mostram dia sim, dia não, os responsáveis alemães que ajudam a subir a fasquia para 7%. E sentem-se abandonados pela sua classe política. Em Portugal estamos a assistir à passagem da idade do Fado para a idade do Rock, a música dos tempos de crise, onde as energias se libertam. Por detrás da crise financeira assiste-se à implosão do sistema político, económico e social. Os grandes líderes surgem nas crises para indicar o caminho da esperança. Os nossos clamam por cortes e impostos mas não estão dispostos a dar nada em troca.

É assim que os sistemas implodem: quando já ninguém acredita na integridade de quem dirige os seus destinos. O modelo de sociedade que foi oferecido aos portugueses, o de consumo, está a ser trucidado pela crise. E nenhum outro, alternativo, está a ser oferecido a uma classe média que perece, afogada nas suas dívidas. O drama é que a classe média é a espinha dorsal dos sistemas democráticos. O seu clamor, cada vez mais audível, deveria ser escutado por uma classe política que governou para si própria. E que ainda não percebeu que os cidadãos não afogam para sempre as suas misérias no Fado.







segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A saúde mental dos Portugueses

Pedro Afonso, Público

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.


 


A polícia e os desconchavos do Governo

João J. Brandão Ferreira

A coisa passou-se assim: na semana em que foi público que os orçamentos dos países da UE (não sabemos se todos ou só alguns), terão que ser escrutinados por Bruxelas e só depois pelo parlamento português, um sindicato da PSP anunciava a intenção de fazer greve durante a cimeira da Nato, em Novembro próximo. Grande sururú, rapidamente esbatido...

Passados uns dias os sindicatos da PSP (já vão em nove!), marcavam uma manifestação para o Terreiro do Paço. Motivo, a progressão nas carreiras e mais umas coisas que aparecem ininteligíveis ao vulgo, não sei se por deficiente comunicação, se por medíocre trabalho jornalístico, se por ambos.

Chegou o dia e cerca de uma centena e picos de agentes (os números variam sempre), despidos de fardas, ou semi despidos, ou sem crachás, ou sem armas (vá-se lá saber as regras!), seguramente vestidos de manifestantes, lá foram para a frente do MAI – o que se está a tornar um hábito – devidamente espreitados pelos colegas de serviço, esses sim com a parafernália toda.

Passadas umas horas veio a notícia: o governo lá acedeu a desbloquear as verbas necessárias às promoções em atraso e os ditos cujos lá desmobilizaram, contentes, à excepção de dois dos sindicatos, que dizem que a luta continua pois não está tudo resolvido.

Isto parece uma ópera bufa.

É lamentável que os governantes passem a vida a fazer figuras tristes e ainda por cima escusadas. Senão vejamos:

Os polícias têm, neste caso, toda a razão; ora tendo os polícias razão devia-se ter resolvido o problema atempadamente – e esperemos que a cadeia hierárquica da PSP os tenha defendido, em primeira – mão, assim como os deve castigar quando se portam mal – evitando-se, desse modo, mais esta trapalhada.

Mas, pergunta-se, não tendo os grevistas ou manifestantes razão, o (s) governo (s) procedem de modo diferente? Pois parece que não. Da última vez, por ex., que os pilotos da TAP ameaçaram fazer greve (onde não tinham razão alguma), o governo cedeu, dando umas desculpas esfarrapadas e pagando-lhes por “baixo da mesa”. Quando foi dos professores, que tinham razão em muita coisa e muito pouca noutras, fizeram braço de ferro, negociaram, avanços, recuos, ameaças, confusões e, no fim, cederam em toda a linha. Ou seja, cedem sempre. Então para que serve todo este folclore?

Às vezes, como parece ser o caso, fazem ainda pior: prometem, legislam e depois “esquecem-se” de cumprir…

Em todos os casos existe, porém, uma constante: uma evidente falta de princípios, clareza e lealdade.

O caminho ficou, agora, aberto às mesmas manifestações por parte da GNR e Guardas Prisionais, de resto já anunciadas. Ficaram, pois, alguns sindicatos da PSP, a lembrar o que falta fazer, e não é que também têm razão?!

O que falta é “apenas” isto: em Fev. de 2008, o governo aprovou uma lei em que fazia a integração do novo regime remuneratório para a Função Pública – a “tabela remuneratória única” – que englobava as forças de segurança e os militares. A lei devia entrar em vigor em Jan. de 2009, o que não sucedeu pois necessitava de regulamentação. Passou, assim, para o ano seguinte.

A longo dos primeiros meses de 2010, as chefias militares puseram em execução a nova legislação (embora falte harmonizar e orçamentar várias coisas) mas, vá-se lá saber porque bulas, o mesmo não aconteceu no MAI e ainda hoje está por fazer, com o facto caricato dos oficiais do Exercito em serviço na GNR, estarem a ganhar menos que os seus camaradas dos Ramos. Agora imagine-se os milhões que irão ser necessários para retroactivos…Será que todos estes ajustamentos não foram coordenados com o ministério das Finanças?

Outro assunto pendente é o aumento do “subsídio” de fardamento que ainda não foi pago na PSP (mas já o foi na GNR!), acrescido de mais um pormenor caricato: como havia um subsídio antigo que ia ser substituído por um novo, não tendo este sido pago, deixaram de pagar o antigo! A ópera deixou de ser bufa, para ser cómica.

Entretanto o MAI tinha entendido atribuir suplementos a algumas especialidades de maior risco ou complexidade, havendo a maior nebulosidade sobre quem já recebeu ou falta receber e a partir de quando – sabendo-se, que alguns destes subsídios foram pagos em Set., na GNR.

Por último, existe uma injustiça flagrante relativamente a polícias e guardas que, desde a gerência anterior, viram os cônjuges perder o direito à assistência na doença. Esta injustiça merece ser reparada urgentemente, pois a ópera de cómica passou a dramática.

Finalmente a cereja em cima (deste) bolo, foi o anúncio da compra de seis blindados para a PSP, com a desculpa de serem necessários para a protecção da cimeira da NATO, o que irá custar mais um milhão (?!) de euros, numa altura em que não há dinheiro para nada.

Ora isto, salvo melhor opinião, é uma verdadeira aberração. Em primeiro lugar porque não são necessários, pois a GNR dispõe de 20 viaturas aptas para a função – aliás uma das razões para a existência da Guarda é, justamente, a de poder actuar em cenários de ameaça mais elevada; depois porque os blindados que se pretendem adquirir (é curioso verificar como aparece dinheiro fresco para estas coisas), têm muito mais características militares do que anti motim, o que não colhe bem numa policia estritamente civil (e que faz gala nisso!); finalmente se os meios da GNR não chegassem (?), ainda se pode lançar mão dos meios militares, a célebre trilogia de antanho: a polícia serve para levar pancada, a GNR para dar e levar e o Exército só para dar…

Dá ideia que andamos todos de cabeça perdida…

Enfim, tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Henrique Neto:

«Sócrates está no topo dos que dão cabo disto»


Ler em



Portugal, a NATO, o Atlântico Sul e o Brasil

João Brandão Ferreira

Decorreu, recentemente, no Instituto de Defesa Nacional – casa onde não se discute futebol, novelas ou rock and roll, mas coisas sérias que interessam ao futuro do país – um seminário sobre o futuro conceito estratégico da Nato a que não é, certamente, estranha a próxima cimeira daquela organização, em Lisboa, em Novembro próximo.

O debate foi encerrado pelos ministro da defesa (MDN) português e pelo seu homólogo brasileiro, que estava de visita à terra de onde partiu um tal de Cabral, que haveria de arribar a Porto Seguro, por alturas da primavera de 1500.

Só por ter ouvido o ministro brasileiro valeu a pena a deslocação, mas já lá iremos.

Sem pretender tocar em tudo o que se debateu, direi que a focalização das intervenções se centrou na importancia que o “mar” parece ter voltado a ter para Portugal – e não só como projecção de poder, mas como exploração de recursos – e no “subito” interesse que o governo português passou a ter em mostrar a importancia que o Atlantico Sul deve ter para a Nato.

O que se passou, naquele ambito, naquele dia, mostrou à saciedade como, em politica, não se pode ter razão, infelizmente, antes de tempo. Mas, em Estratégia, pode e deve-se.

Expliquemo-nos: hà cerca de 50 anos, o governo português da altura,defendeu que a NATO se deveria estender ao Atlantico Sul, pois era necessário defender a Àfrica do ataque comunista e garantir a liberdade de comunicações maritimas, sobretudo a Rota do Cabo, por onde passavam (e passam!), a maioria dos abastecimentos para o mundo ocidental. Na altura, é claro, ninguém deu ouvidos ao que disseram os governantes em Lisboa. Nem a Nato, nem a CEE, nem os EUA nem, tão pouco os Ibero-Americanos, Brasil incluído. Se alguns politicos de nomeada – e havia-os – acharam a ideia boa e pertinente, mantiveram a prudencia do recato, face ao politicamente correcto – uma constante de sempre.

Na altura pretendeu, ainda, o governo português lançar e desenvolver a “Comunidade Luso- Brasileira”, que poderia ter sido um instrumento de grande alcance para a segurança,desenvolvimento e aproximação das duas nações irmãs, que até há menos de 200 anos tinham sido uma só realidade politica. O projecto gorou-se para além das palavras de circunstancia, sobretudo por manifesto desinteresse do Brasil que preferiu apostar no seu “dolce farniente”tropical, baseado no samba, futebol e carnaval, sustentado pelo que colhe no seu úbere solo e subsolo. E, ainda, por causa da aposta que fez em nos substituir em Àfrica, acaso a Ideia portuguesa do Minho a Timor claudicasse, como veio a suceder.

Acontece que os povos podem viver nos mais diferentes regimes politicos ou ter da democracia a ideia mais díspare, mas vivem – normalmente sem darem conta – numa verdadeira ditadura geográfica. Ou seja a Geografia acaba sempre por se impôr à Politica e não esta àquela.

Sem embargo, um lance politico-social em que a história dos povos é pródiga, fez com que uns “adiantados mentais” tomassem de assalto o Terreiro do Paço e tivessem decretado que o Infante D. Henrique, o D. João II, mais o Bartolomeu Dias, o Diogo Cão, o Vasco da Gama e um rol extenso de outros de semelhante coturno, eram gente pouco estimável, quiçá responsáveis pelas desgraças da Nação – os outros, piores ainda, eram os seus herdeiros mais modernos.

Estas ideias peregrinas tiveram como consequencia que o país voltasse costas ao mar.

Passados mais de 30 anos após este erro trágico, a força das circunstancias (e da Geografia...),está a fazer com que os responsáveis politicos actuais estejam a rever os erros (grosseiros) efectuados. A proposta de extenção da Plataforma Continental - que tão bem tem sido conduzida- aparece, assim, como uma espécie de “milagre” da N. Sª de Fátima!

Vamos a ver se em vez de reverter a nosso favor não vai ser pasto dos tubarões europeus...

O Brasil, por sua vez, só acordou há poucos anos da sua letargia, foi desenvolvendo indústrias de ponta e de grande mais valia económico/financeira; tornou-se autosuficiente em energia – que era a sua grande vulnerabilidade – e, de uma potencia regional centrada no seu umbigo, sem qualquer espirito maritimo, de repente aparece a crescer brutalmente, a querer um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU e a promover acordos nucleares com o ... Irão!

Em Portugal, os politicos ofuscados pela Europa – de onde, no passado, quase nunca nos veio proveito algum – deram uns passos timidos junto de quem falava português no mundo e criaram, em 1996, a CPLP, cujo maior cultor foi o embaixador brasileiro José Aparecido de OLiveira que, só por isso, já merece ficar na História.

Esta organização tem tido um desenvolvimento muito periclitante em parte pelo pouco empenhamento português, desinteresse brasileiro e fragilidades de toda a sorte, de que sofrem os antigos territórios portugueses vitimas da malfadada “descolonização”.

Chegámos a 2010, com uma crise económico-financeira grave no mundo e outra pior em casa; com a UE cheia de problemas; sem peso especifico em nenhuma organização internacional de que Portugal é parte; endividados até ao tutano; com os partidos politicos em guerra civil permanente; a perder soberania e capacidades quase diàriamente para Bruxelas (e Madrid) - muitos até gostam!, etc,

Com este pano de fundo, os politicos do retangulo dão-se, finalmente, conta dos erros feitos relativamente à “maritimidade” e o governo acorda para a realidade da Nato querer fechar o comando que a Aliança tem em Oeiras, faz muitas décadas. Realiza, também, que tem que diversificar opções e mercados. O tempo que se perdeu!...

O Brasil e o mar aparecem, deste modo, como alternativas óbvias e válidas. Estando o ministro Jobim, de visita a Portugal e a assinar negócios, pareceu ao governo luso ser boa altura para lhe pedir um acordo que ajudasse à manutenção do comando da Nato em Oeiras, alegando-se uma parceria (“um olhar”), para o Atlantico Sul. A jogada foi bem vista e permitia, ainda, a Portugal aumentar a sua importancia junto daquela organização de Segurança e dar um ar da sua graça.

Só que o ministro brasileiro, em resposta ao MDN português estragou, ainda por cima com uma franqueza brutal, a bem delineada jogada de poker portuguesa.

O discurso do ministro Jobim valeu pela substancia mas, também, pela clareza e pela determinação que colocou nas ideias que defendeu. Nada , mas mesmo nada, usual num politico. Também denotou alguma arrogancia, sinal claro de que o aumento do poder real do Brasil, logo funcional, lhes está, já, a subir à cabeça (cabe aqui referir que um orador brasileiro que falou no painel anterior, querendo salientar a importancia do mar para o Brasil referiu que o único ataque que o seu pais sofreu veio por mar – o ataque ao Rio de Janeiro, por parte de franceses; ora a verdade é que o Brasil nunca sofreu qualquer ataque por mar, já que na altura do conflito, a terra de Vera Cruz pertencia à corte portuguesa...).

Durante a sua intervenção o MDN do país irmão – onde os portugueses são um dos pratos fortes do anedatório nacional – referiu a continuada fraqueza dos paises europeus da Nato, face aos EUA; condenou a expanção a leste; idem para a tentativa de colocar misseis americanos em alguns desses países (no que tem razão), bem como a alteração dos limites de actuação do artº 5º- que afirmou apenas servirem interesses dos EUA – no que também, penso, tem razão, etc.

No fundo defendeu que a Nato já não tem razão de existir, pois já não existem as razões que levaram à sua fundação ( no que está claramente enganado). Pelo meio desferiu uma tremenda catilinária sobre os EUA, que deve ter deixado o adido mlitar daquele país com as orelhas a arder, e o ministro Santos Silva com um sorriso de circunstancia...amarelo.

Bom, a Nato para o Brasil tem apenas um interesse residual e talvez lhes escape que os europeus desenvolveram-se extraordináriamente à sombra do guarda chuva convencional e nuclear americano. E, seguramente, não fazem ideia do que é ter 150 divisões sovieticas do outro lado da fronteira...

Andar para leste foi o corolário natural dos russos terem perdido a “guerra” e a União Sovietica ter implodido. E se houve algum acordo com o sr Gorbachev, sobre isso, não se sabe publicamente. Humilhar ou despertar ameaças na grande nação russa é que já parece ser politicamente insensato e aí tem o sr ministro razão.

Que o Brasil possa ter razões de queixa dos EUA, por causa de muita politica de canhoneira por parte daqueles no Hemisfério Centro e Sul Americano, é razoàvel; que os critiquem sobre as diatribes do Tio Sam sobre a Amazónia, também se aceita; e que vá passar a haver mais choques agora que o Brasil aspira a ser uma (super)potencia é, outrosim, natural. O facto do ministro pertencer ao Partido dos Trabalhadores é apenas uma contingencia ideológica, que ajuda a alguma radicalização do discurso.

Que tudo isto deva interferir com a posição portuguesa é que já é discutivel.

Vejamos mais em detalhe:

A proposta de Lisboa não é geopoliticamente despropositada, nem ofende quaisquer interesses ou brios brasileiros. Permite uma eventual parceria que seria útil a ambos os paises e oferecia-lhes uma posição reforçada, para quando os EUA quisessem unilateralmente e fora do ambito da Nato, instalar um comando qualquer que lhes permita operar no Atlantico Sul e em Àfrica. Dizer o sr ministro Jobim que não quer paises estranhos à região, por lá, pode ser uma tirada grandiloquente, mas que não colhe no campo prático, já que as àguas internacionais são livres e nada obsta a que paises terceiros façam acordos entre si.

Porém, acredito que uma outra abordagem ao problema teria sido preferivel, por parte do governo português: a de lançar a ideia de que o estabelecimento de uma zona de paz e segurança para a àrea em questão, dever constituir o esteio politico-doutrinário da CPLP – onde parece que que o Brasil não se quer empenhar ,vidê o recente acordo que fez com a CEDEAO . E Portugal não é estranho ao Atlantico Sul, andámos por lá uns cinco séculos e nas costas brasileiras 322 anos – mais do que aqueles que o Brasil leva de vida própria...

Ora estando a CPLP estruturada neste sentido, já seria mais fácil ao Brasil aceitar uma parceria com a Nato.

Mas agora só se pode pensar nisso para a próxima cimeira.




 


O que é o islão?

Ler em
http://moldaraterra.blogspot.com/2010/11/what-is-islam.html

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Integração dos imigrantes na Europa:
Um problema muçulmano

Sarrazin provoca uma tempestade na opinião pública alemã

António Justo

As turbulências em torno da pessoa de Thilo Sarrazin e do seu livro“Deutschland schafft sich ab” (A Alemanha abole-se a si mesma) não parecem querer amainar. Sarrazin, ex-ministro das Finanças do Estado Federado Berlim, trata, no seu livro o tema da integração dos muçulmanos nas sociedades para onde emigram, de maneira demasiado clara e indiplomática. Um assunto mantido tabu pela classe política, pela opinião publicada e pelos intelectuais vem manifestar a divisão dos alemães.

As Teses de Sarrazin

Os problemas da integração “situam-se exclusivamente nos migrantes muçulmanos… e isto deve-se ao fundo cultural islâmico”; situa-se “ evidentemente na cultura do Islão”.



É de opinião que a sociedade alemã se estupidifica mais, nas próximas gerações, pelo facto da classe alemã alheia à cultura e dos muçulmanos migrantes gerarem mais filhos, diminuindo assim o potencial intelectual da sociedade anteriormente liderado pela classe média.

Segundo o autor “os turcos na Alemanha geram o dobro das crianças do que corresponderia à sua percentagem na população”. “Os Turcos invadem a Alemanha tal como os ‘kossovares’ invadiram o Kossovo: através duma quota de natalidade superior”.

Vê na procriação muçulmana fecunda “uma ameaça ao equilíbrio cultural da Europa…e representa um risco para o modelo cultural europeu”. Segundo o relatório 2010 da Conferência dos ministros da educação dos estados federados da Alemanha, nas grandes metrópoles Frankfurt, Munique, Colónia e Estugarda, mais de metade de todas as crianças até aos três anos tem base migrante.

Sarrazin lamenta a baixa quota de turcos dispostos a aprender bem a língua alemã prejudicando assim a própria carreira escolar que se reflecte no facto de 54% dos turcos entre os 25 e os 36 anos não terem concluído a formação profissional. Os resultados das escolas alemãs nos estudos comparativos de PISA baixam devido ao insucesso escolar dos turcos na Alemanha. Sarrazin receia assim a diminuição do quociente médio de inteligência da sociedade alemã baseada na vontade procriadora da classe mais baixa. Parece desconhecer porém os factores ambientais. Os turcos certamente não serão mais estúpidos que os outros imigrantes. Estudos provam um nível intelectual inferior das crianças turcas mas não que sejam mais estúpidas.
Com montes de estatísticas apresenta a tese de que os turcos, com muita emigração para a assistência social alemã, “certamente não contribuíram para o nosso bem-estar”. Atesta que “em todos os países da Europa, os migrantes muçulmanos custam mais do que a mais valia económica que trazem”. (Redução da pessoa ao valor económico!)
O autor best-seller atesta e testemunha com números o que o povo pensa.
Contrapõe o direito do Estado “a decidir ele mesma quem quer receber no seu país ou na sua sociedade” ao abandono deste direito aos partidos.
O tema da integração muçulmana (sua resistência à integração) passou a dominar a floresta das folhas dos jornais. Uma Alemanha, que integrou milhões de polacos nos finais do século XIX e 12 milhões de desterrados depois da segunda guerra mundial, sente-se impotente perante 4 milhões de muçulmanos no país. Atrapalha a Alemanha o facto destes parecerem, na sua grande maioria, contentar-se com a aliança da religião e o vínculo familiar, levando uma vida em contraposição e à margem do país acolhedor. O facto dos problemas da França com os seus 5,5 milhões de muçulmanos é visto pelos alemães como um problema consequente da colonização francesa. Cala-se que a economia moderna explora de maneira agressiva os autóctones da classe média e baixa e os migrantes.
O pluviómetro da excitação atingiu alta densidade e não parece haver lugar para uma aberta. Uma opinião pública pautada pela norma da boa educação correcta e pelo tabu social, em que “sobre estrangeiros ou se fala bem ou não se fala”, acorda estremunhada e revela não ter resultado contra o medo sub-reptício da balcanização da sociedade.

Reacção da classe política ao livro de Sarrazin

As elites reagiram com nervosismo e irreflexão: exigiram a sua expulsão da direcção do Banco Alemão e a sua expulsão do partido SPD. A liberdade de opinião é um bem a cultivar enquanto se não se pertence à classe privilegiada!... A direcção do partido quer expulsá-lo mas a base compreende-o e mais de 2.000 cartas foram recebidas na central do partido. 90% eram a favor de Sarrazin.
Os políticos temem o escândalo duma realidade que se quer silenciada. Não admitem que um dos seus questione o pensar correcto que é o dogma hodierno das classes dirigentes. Daí a necessidade destas em desacreditá-lo e em declará-lo como apóstata. Conseguiram afastá-lo da direcção do Banco Alemão mediante a sua indemnização duma pensão vitalícia farta, evitando assim perder um processo em tribunal.
O Povo apoia-o e as chefias dos partidos atacam-no. Com a sua crítica, ele atinge o sistema partidário que em vez de o discutir o ataca a nível pessoal. Na sua repulsa primária, a política distanciou-se ainda mais do povo já em dissidência da política (por este andar, o partido dos não votantes atingirá os 40%). Na Europa, cada vez mais se assiste a reacções histéricas entre políticos e povo. Numa sociedade em que as elites se desintegram cada vez mais do povo, estas não querem reconhecer Sarrazin nas suas fileiras nem um povo que exige vontade de integração aos muçulmanos.
A má consciência política relativamente ao problema da imigração faz-se sentir numa campanha concertada contra Sarrazin, uma crítica virada apenas contra o seu estilo e ignorando a realidade do conteúdo. Mais uma vez se misturam alhos com bugalhos.
Na espiral dum silêncio político envenenado surgem fendas que se tornarão munição para campanhas eleitorais. Segundo prognósticos estatísticos, se Sarrazin fundasse um partido receberia 20% de apoiantes.
As teses provocantes através das quais Sarrazin escreve no álbum dos partidos o fruto da sua negligência no que toca à imigração turca, que sob o manto da reunião familiar passou de 750 mil turcos para três milhões, deixarão rasto profundo na sociedade. 3 milhões de turcos, em grande parte, vivendo em guetos e em torno das suas mesquitas, com os piores resultados escolares em termos comparativos com outros migrantes e com manifesta falta de vontade de integração metem medo a muito alemão que se sente atraiçoado pela política e vive com a impressão que a classe política não protege o próprio país nem a própria cultura e se coloca ao serviço de egoísmos e oportunismos individualistas ou de classe.
O medo e o oportunismo têm muito poder numa sociedade habituada a varrer para baixo do tapete o lixo que produz e os problemas não resolvidos desde os anos 60. Assim o CDU/CSU e Liberais fecharam sempre os olhos aos problemas, no que tocava aos estrangeiros, vendo-os apenas como mão-de-obra barata que vinha solucionar os problemas duma economia em expansão. Os Verdes cresceram sob a bandeira dos estrangeiros e o SPD apenas se preocupou em integrá-los no partido, atendendo ao potencial que significam em termos de votos para o futuro.
Sarrazin, embora político, não gosta do jogo preferido dos políticos: o Pingue-pongue; gosta mais de futebol! Quer ver a bola na baliza ao exigir medidas vinculativas para a integração dos muçulmanos no país.
Do facit da discussão fica a impressão que os alemães preferem continuar a falar alemão macarrónico com os estrangeiros, não tolerando que Sarrazin, o povo, fale alemão claro. Este descreve um estado de facto mas num tom exaltado e metendo, por vezes o pé na poça. E os seus críticos abusam do moralismo ‘multiculti’ para encobrir os próprios erros e para disciplinar ideias da direita. O problema em aberto é que os políticos passam e os problemas ficam.
Depois da campanha contra Sarrazin os partidos parecem voltar à normalidade começando agora a pronunciar-se por uma discussão aberta e falando da necessidade de integração.

Europa em efervescência

Thilo Sarrazin provoca na Alemanha uma discussão que já se vai fazendo sentir noutros países europeus. A Holanda que nos anos 80 era modelo nas medidas de acolhimento e apoio aos imigrantes manifesta agora com reacções xenófobas que o seu latim chegou ao fim.
Por toda a Europa se sente um fervilhar inquieto no povo. Este vê a pobreza a imigrar para a Europa e sente-se mais depauperado pelos próprios Estados onde as leis e os impostos asfixiam cada vez mais o cidadão. Uma insatisfação cada vez mais explícita contra o agir da classe política estabelecida terá como consequência a formação de novas forças políticas. A crise económica e financeira leva os perdedores da sociedade a revoltarem-se contra as elites que cada vez mostram mais desprezo pelos de baixo.
As camadas média e baixa da sociedade sentem-se inseguras num momento em que a União Europeia, as famílias partidárias e a sua burocracia se tornam mais fortes.
Os problemas económicos cada vez mais reais, a esterilidade das mulheres europeias e a resistência muçulmana à integração e correspondente vontade procriadora levam muita gente a sentir o Islão como uma ameaça à própria cultura.
Muitos constatam que os explorados de ontem reagem agora – via imigração e procriação – explorando as leis existentes, a liberdade de religião e a providência social, levando uma vida em gueto em torno das suas mesquitas e afirmando-se contra a sociedade acolhedora. Emigram para fugirem à desumanidade social dos países de origem mas temem os valores da nova sociedade.
Entretanto o estrato social inferior autóctone descobre-se como parte da classe social multi-étnica precária entregue a uma concorrência selvagem. Por outro lado uma classe secular vê na atitude muçulmana contra a emancipação, contra o indivíduo e contra o iluminismo uma ameaça às conquistas republicanas. Vê-se confrontado com uma religião eminentemente política sem política que a confronte. A força ideal reage e aproveita os fracos do poder económica.
A raiva do povo nunca foi boa conselheira mas a incúria política não pode continuar a ser a resposta a problemas a resolver agora, em termos bilaterais.
Os “populistas” terão sucesso porque os nossos políticos revelam menos inteligência do que o Povo em geral.
“Deutschland schafft sich ab” é um livro incómodo para alemães e muçulmanos. O livro reflecte a opinião do povo, a opinião dos que mais sentem os ventos fortes e frios do turbo-capitalismo. Em relação aos outros estrangeiros e seus descendentes concorre para uma discussão mais adequada, uma vez que a imprensa alemã estava habituada a tratar os problemas especificamente turcos sob o manto de “problemas dos emigrantes e seus descendentes”.
Ressentimento por um lado e arrogância pelo outro não resolvem o problema. A integração do mundo turco e árabe na Europa é demasiado complexa para se poder solucionar com simples posições de pró e contra.
Nem a xenofobia nem a arrogância das elites resolverão os problemas de pessoas oprimidas económica e/ou culturalmente. Em tempos de crise todos tendem a sobre-reagir! Na casa em que não há pão todos ralham mas ninguém tem razão!
Na nossa sociedade em ebulição é de preferir um inimigo verídico do que um amigo falso.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Isabel Alçada é muito boazinha

Imigração ilegal

Vasco Graça Moura, DN

A livre circulação de pessoas no espaço da União Europeia e, muito em especial, no espaço Schengen, tem sem dúvida trazido inegáveis vantagens no que respeita à grande maioria dos cidadãos; mas tem também graves inconvenientes, no que toca à circulação do crime, uma vez que as autoridades policiais dos países envolvidos não conseguem prevenir com eficácia todas as situações que justificariam essa prevenção. E, se acaso conseguem, surgem logo activistas de uma esquerda-qualquer-coisa a falar em direitos humanos para cima e direitos humanos para baixo e a empastelar ou mesmo a inviabilizar actuações perfeitamente legítimas.

Há também gente que esquece o regime especial de condicionalismos e restrições adoptado para a entrada da Roménia e da Bulgária na União Europeia e que finge não perceber que o território desta não pode ser um espaço de importação de miséria e conflitualidade social, por via de entradas clandestinas ou ilegais. Viu-se o que tem acontecido com os africanos nessa situação. Agora, pelos vistos, os ciganos romenos (ou povo roma para usar o mesmo politicamente correcto que faz com que os esquimós tenham passado a chamar-se inuits) em Portugal até seriam indesejados pela própria etnia a que pertencem, como se pode deduzir das declarações de Carlos Miguel Soares, presidente da Câmara de Torres Vedras e cigano, ao Expresso de 18 de Setembro: "os ciganos portugueses vêem com apreensão a chegada dos 'novos ciganos'. Sentem que os seus comportamentos desviantes ou bizarros podem pôr em causa a integração, fragilizar as conquistas já alcançadas".

A propósito do caso francês, imagino que no Parlamento Europeu tenha havido um daqueles alvoroços dos dias grandes, em que a esquerda se esganiça nos mais desvairados decibéis enquanto a direita se encolhe toda, a dizer tremulamente que não, que não é bem assim, e a tentar negociar soluções de compromisso...

Mas também alguma direita mete a sua colherada: mesmo na Comissão Europeia, a senhora Reding, que não tem ofuscado os areópagos internacionais, nem pela argúcia política nem por qualquer outro atributo, no exercício dos cargos de comissária europeia que vem desempenhando ao longo da última década, teve de engolir lestamente o seu comentário precipitado quanto ao que se passa em França e de pedir desculpa por ele.

Houve gente da Igreja que disse identicamente umas parvoíces lamentáveis e falou no Holocausto, esquecendo-se de que o Holocausto conferia um passaporte para as câmaras de gás, enquanto a repatriação dá a cada repatriado umas centenas de euros para voltar ao seu país, nem sequer havendo garantias de que muitas das pessoas nessa situação não regressem a território francês na primeira oportunidade. (Isto também quer dizer que se está numa Europa tão pouco convencida de si mesma que a própria ilegalidade dá lugar a um rendimento oficialmente atribuído).

Talvez as autoridades francesas devam marcar melhor que a questão não tem nada a ver com questões étnicas mas com imigração ilegal. Mas percebe-se que seja premente a necessidade de devolução à procedência dos imigrantes ilegais que vão entrando no seu território. Trata-se de assegurar melhor algumas das obrigações próprias do Estado democrático: zelar pelo cumprimento das leis, pela segurança de pessoas e bens e pela manutenção da ordem pública. Se isto for conseguido - e oxalá o seja! - é provável que a tranquilidade volte às banlieues onde tem sido tão perturbada. Alguém duvida de que a maioria dos franceses vai aplaudir essas medidas?

Desde que se trate dos Estados Unidos ou dos países ocidentais que suspeitem de pró-americanos, a esquerda está aí para as curvas. Agora, o anunciado envio para o olho da rua de 500 mil funcionários públicos cubanos não suscitou nenhuma reacção dos mesmos sectores que soíam embevecer-se com as excelências do castrismo. Nas últimas décadas tem sido sempre assim: quando lhes convém, há criaturas que são acometidas de uma súbita mudez. O que, evidentemente, não as impede de gritar aqui-d'el-rei, num clamor indignado, pelo facto de as autoridades francesas estarem a recambiar imigrantes ilegais para os seus países.




domingo, 10 de outubro de 2010

Onde é que se corta?

Onde é que se corta? Luís Marques mendes responde.

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As mordomias automobilísticas da classe política

"As pessoas precisam de entender que estão a ser burladas.
O País não pode continuar a ser dirigido por trafulhas..."
Medina Carreira



domingo, 26 de setembro de 2010

A Europa dos tansos

(Certas frases estão traduzidas à letra mas percebe-se.)

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O vídeo que apresentamos mostra um famoso e escandaloso caso passado em França. O indivíduo acabou por ser expulso de França em 2004, mas enquanto durou a estadia, não foi nada mau... Entretanto, de um modo mais discreto, milhares de outros casos, em maior ou menor grau de parasitismo, continuam.

sábado, 25 de setembro de 2010

Sarkozy: «Vou reabilitar o trabalho.»

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A grave situação demográfica em França, a ordem pública e a segurança

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Contra fotos não há argumentos

A barbárie nazi hoje negada pelos islamistas

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Jornalismo de "serviço"

Manuel António Pina
A entrevista "non stop" que, desde que foi condenado, Sua Inocência tem estado ininterruptamente a dar às TVs teve o mais respeitoso e obrigado dos episódios na RTP1, canal que é suposto fazer "serviço público".

Desta vez, o "serviço" foi feito a um antigo colega, facultando-lhe a exposição sem contraditório das partes que lhe convêm (acha ele) do processo Casa Pia e promovendo o grotesco julgamento na praça pública dos juízes que, após 461 sessões, a audição de 920 testemunhas e 32 vítimas e a análise de milhares de documentos e perícias, consideraram provado que ele praticou crimes abjectos, condenando-o à cadeia sem se impressionarem com a gritaria mediática de Suas Barulhências os seus advogados, o constituído e o bastonário.

Tudo embrulhado no jornalismo de regime, inculto e superficial, de Fátima C. Ferreira, agora em versão tu-cá-tu-lá ("Queres fazer-lhe [a uma das vítimas] alguma pergunta, Carlos?"). O "Prós & Contras" só não ficará na História Universal da Infâmia do jornalismo português porque é improvável que alguém, a não ser os responsáveis da RTP, possa chamar jornalismo àquilo.



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